X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Status da vacina, a nova etiqueta sexual https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/13/status-da-vacina-a-nova-etiqueta-sexual/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/13/status-da-vacina-a-nova-etiqueta-sexual/#respond Tue, 13 Jul 2021 15:16:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3187 Por Carmen

E não é que um aplicativo de relacionamento recém-incorporou um campo para indicar a condição de imunização de seus usuários! Pois um amigo me contou a novidade, e eu já quis saber os detalhes…

Funciona assim: além das informações básicas do perfil, como nome, idade, profissão e altura, os usuários podem incluir o ícone de uma seringa junto da frase “Status da vacina de fulano(a)”. O espaço, reservado logo abaixo da foto do contatinho ainda pode informar quantas doses a pessoa já tomou, e no caso dos ainda não imunizados, se pretendem (ou não) receber a vacina contra a Covid-19. Jogo limpo, papo reto. Novo normal.

Espiei no celular do meu camarada a foto de uma menina linda de 35 anos, com uma faixa cor de rosa e o tal status de “Vacinada”. Ele saiu com ela na noite anterior. O relato nas próximas linhas…

 

Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

“Fazia algum tempo, não entrava no Inner Circle, talvez pela preguiça de encarar mais uma conversa sem a chance da finalização… Saí pouco durante a pandemia, para não correr o risco de me contaminar novamente – infelicidade do destino. Enfim, entrei sem muita pretensão. E para minha surpresa, me deparo com uma morena linda, peitos fartos, cabelos longos, e um aviso acima de todas as informações secundárias: ‘Vacinada’.

Pausa. Atualizei meu status, corri pro abraço. Mandei mensagem dizendo que ela era a mulher mais linda que vi nos últimos meses. Ela fez algum charme, entretanto, quis saber da minha vacina… Nunca pensei que o tema renderia a cantada ideal! Falamos da vida de agora, trocamos nossas experiências sobre o laboratório dos desejos, a espera, o alívio de estarmos mais protegidos, o susto que tive no início da quarentena – e a minha imunização dupla, ‘pode confiar’.

Ela, uma psicóloga gostosa. Eu, um paciente cheio de tesão. Pulsão de vida, diria Freud. Não demorou 24 horas, confessamos nosso desejo latente de fazer sexo sem medo, sem drama, sem frescura, sem amanhã… Marcamos o encontro no meu apartamento, mais seguro que um lugar público (quem diria), e sem toque de recolher.

Pontualmente, ouvi o dim-dom. Abri a porta, e a visão era ainda mais perfeita que nas fotos. ‘A sorte mudou’, pensei, mirando um casacão sobre o vestidinho de renda. Ofereci um vinho, e mal servi a taça, aquela gata me puxou com vontade, enfiou a língua na minha boca; com um gosto doce de quem sabe o que quer.

Entendi o recado. Tirei o casaco dela, depois a calcinha. Deixei os peitos à mostra e somente as botas sobre aquelas pernas sem fim. Beijei-a com vontade. Mais afoito, mais tranquilo, nos lábios, atrás da orelha, descendo até o pescoço, entre os seios. A doutora abriu as pernas, eu compreendi. Coloquei o pau pra fora e meti ali mesmo (estou duro só de lembrar). Gememos, trocamos todo tipo de fluido, sorrimos, gozamos no sofá; entre vírus, bactérias e anticorpos. E se conselho for bom, te digo: ‘Fura logo teu braço e diz que me ama’…”

 

 

 

 

 

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Sexóloga fala sobre tesão (ou a falta dele) na quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/#respond Fri, 05 Jun 2020 01:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2950 Por Dolores

Talvez nunca se tenha falado tanto de sexo e se feito tão pouco sexo na história da humanidade quanto agora, durante a quarentena. Isolados em nossas casas, às vezes acompanhados, às vezes sós, temos pensado muito nas maravilhas da cama, mas desfrutado bem menos delas – afinal, como é que faz para o tesão resistir às inseguranças, medos e frustrações causadas pela pandemia?

A sexóloga Carla Cecarello, porta-voz da K-Y no Brasil, explica por que nos sentimos desse jeito, e ajuda a entender se o que tem acontecido entre nossas quatro paredes é esquisito ou esperado. Leia a entrevista com ela.

É normal que casais que morem juntos queiram fazer menos sexo durante a quarentena? Por que isso acontece?

Isso pode acontecer sim. No início essa não era a realidade em maior parte dos casais, pois uma grande parte deles estava considerando a quarentena uma grande oportunidade de fazer mais sexo e experimentar novas práticas, adquirindo produtos no mercado erótico. Com o passar da quarentena, onde muitas pessoas ficaram mais atribuladas, com mais trabalho e mais preocupadas com o futuro extremamente incerto, algumas passaram a não dormir bem e a desenvolver um alto índice de ansiedade, o que consequentemente fez o sexo ficar em segundo plano. Devido a isso, muitos casais não estão querendo ter uma frequência sexual razoável na quarentena. Alguns casais até começaram a entrar em conflito, e a gente sabe que em outros países, como China, França e Itália, o índice de divórcios aumentou pós quarentena.

Há algo que os casais possam fazer para ter mais vontade e, consequentemente, aumentar essa frequência?

Sim! Sempre há algo que os casais podem fazer, basta que ambos queiram fazer. É necessário que eles percebam que a coisa não está legal, que a frequência diminuiu ou que a cabeça está em outro lugar e não no relacionamento. De alguma forma, os casais precisam perceber que precisam fazer essa melhora. Isso é muito importante. O primeiro passo a ser dado é conversarem sobre, dividindo suas angústias. Posto isso, o casal pode começar a promover novas possibilidades e pensar em sex toy para despertar a relação. Caso o casal nunca tenha utilizado brinquedinho, creminho, gelzinho ou coisa do tipo, eles podem começar com algo mais tranquilo, e juntos encontrarão algo.

Como lidar com a culpa quando um parceiro quer mais ou menos que o outro?

Quando um parceiro quer mais ou menos que o outro, e isso começa a gerar uma culpa, não há muito o que fazer além de conversar a respeito. É necessário expor suas angústias e expectativas, pois isso poderá ajudar a acertar os ponteiros.

Por outro lado, alguns casais têm aproveitado o momento para se relacionar mais intimamente. Pode ser legal experimentar coisas novas? Quem nunca fez sexo anal, por exemplo, agora é um bom momento pra testar?

Sim. Esse momento fez com que muitos casais resolvessem dar uma atenção especial ao sexo. Então, com um tempo maior juntos, é possível se aventurar em novas práticas. É muito legal experimentar coisas novas, mas é importante que o outro também queira. Não adianta o desejo ser só de um lado, ele precisa ser de ambos. Antes de começar uma nova prática, a conversa é necessária. Estamos vivendo um momento onde os sentimentos estão potencializados e isso pode gerar um certo conflito. Quem nunca fez sexo anal, esse pode ser um ótimo momento, pois essa é uma prática que exige um certo tempinho e uma adaptação, pois não é de primeira que vão conseguir.

empty bed - Well of Life Center

Por falar em sexo anal, esse é um tema bem recorrente aqui. Quais são suas dicas para quem está começando?

O casal precisa se informar e até mesmo assistir algum vídeo. Eu mesma tenho um vídeo no YouTube onde explico o passo a passo para fazer o sexo anal. Essa é uma prática que exige uma grande entrega, e é possível sentir muita dor. Então, é preciso realizar com calma. Também é necessário lubrificar bastante o ânus para poder fazer a penetração deslizar bem. O gel lubrificante vai ajudar a deslizar melhor. Tem que iniciar a prática com o dedo para depois iniciar a prática com o pênis. Então, é necessário que o casal tenha tempo e tranquilidade para poder realizar o sexo anal, por isso a quarentena é um ótimo momento, já que os casais estão juntos 24h. Trazer novidades para a relação pode ajudar muito, mas o diálogo é muito importante antes de qualquer prática.

Os solteiros têm brincado muito nas redes sobre estarem quase desesperados para transar com alguém. Você acha que é possível estar assim com essa libido tão aflorada após dois meses e meio sem sexo? O ser humano não consegue ficar esse tempo sem transar, ou pode ter alguma relação com a necessidade de passar para os outros a imagem de alguém muito cheio de tesão o tempo todo?

Realmente é muito difícil, principalmente quando se é mais jovem, pois há uma necessidade maior, até por conta da parte hormonal. Além disso, eles sentem uma necessidade de “não perder tempo”, de ter um maior conhecimento das situações, principalmente para quem já tinha uma prática sexual. Existe mais vontade de querer estar junto com alguém, ter a pele com pele, e também a vontade de querer seduzir. Eu vejo que os solteiros estão aderindo às conversas em sites e aplicativos de relacionamentos para conversarem com as pessoas e trocarem conversas picantes. Alguns estão se masturbando um pouquinho mais, para poder ter uma satisfação por enquanto com aquilo que se tem. Existem, sim, as pessoas que querem passar a imagem de que são cheios de tesão o tempo todo, mas eu realmente vejo que isso não é o caso de muitos jovens solteiros que estão passando por esse momento.

Para quem está nessa situação, sozinho em casa: muita masturbação pode viciar?

Para quem está sozinho a masturbação tem sido a grande saída. Pode acontecer de viciar sim, mas aí nós vemos que a pessoa já tinha uma tendência a não se expor muito. Geralmente ela é uma pessoa mais tímida, e que já tem uma certa dificuldade para se aproximar do outro, então a masturbação nesse momento pode intensificar esse tipo de traço de personalidade. Agora, para as pessoas que gostam de estar com o outro, gostam de pele com pele, e gostam do jogo de sedução, a masturbação não vicia. Ela pode aumentar a frequência, mas não viciar.

E como variar a masturbação, para que ela não se torne monótona ou mecânica?

A masturbação pode ser variada com alguns produtos que estão no mercado erótico, como os masturbadores. Existem opções femininas e masculinas. O gel lubrificante que esquenta também é uma ótima alternativa para trazer um diferencial para a masturbação. A minha única preocupação no caso das mulheres que nunca se masturbaram, e que estão precisando se masturbar no momento, pela falta de uma parceria, é que alguns vibradores e masturbadores vão oferecer a ela uma frequência, uma pressão e um ritmo que nenhum dedo ou boca poderá fazer depois. O cérebro registra um certo ritmo que uma pessoa ao vivo e em cores não vai oferecer. Então, quando ela estiver com outra pessoa, será desmotivador. Por isso é importante tomar um pouco de cuidado.

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Dicas, truques e ideias para o sexo virtual https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/11/dicas-truques-e-ideias-para-o-sexo-virtual/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/11/dicas-truques-e-ideias-para-o-sexo-virtual/#respond Mon, 11 May 2020 19:02:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2930 Por Carmen

Mensagens, áudios e vídeos – se é o que temos para hoje, vamos fazer o melhor uso deles. Para muitos, o sexo virtual não é novidade, e são esses bons camaradas que estão compartilhando suas dicas mais preciosas com quem está conhecendo o deleite que a tecnologia proporciona somente agora, quando a situação pediu.  Os novatos, claro, vão descobrindo tudo rapidinho e acrescentando colaborações à lista (mande a sua para falecomxdesexo@gmail.com).

 

nude
Crédito da foto Pinterest

 

Como entrar no clima nesses momentos de prazer à distância? Como tirar o melhor proveito dos encontros pela internet? Como provocar e se excitar sem contato físico? Como se proteger de vazamentos indesejados de vídeos ou de mensagens?

Dicas práticas

– Nas mensagens, capriche nos adjetivos e em palavras criativas para descrever posições e sensações, saia do lugar-comum do sexting.

– Básico para bons nudes: luz natural é tudo! Tire as fotos durante o dia – por do sol é um ótimo momento. Outro detalhe importante, você precisa estar no clima, quanto mais excitado(a), mais excitante será sua foto!

– Na foto ou no vídeo, capriche no cenário e no figurino – escolha bem a roupa íntima, leve as luzes indiretas, as velas e o uso de tecidos fluidos – lençóis, echarpes e camisetas – a sério. Tire de cena a bagunça do dia a dia.

– Use um aplicativo de mensagens instantâneas apenas para sexting, assim você mantém os amantes virtuais longe da família.

– Não quer seus vídeos vazados? Faça sexo virtual por aplicativos que notificam se a outra pessoa acionou a gravação, como Skype e Zoom.

Preliminares

– Podemos sempre começar com aquela foto provocante e em seguida perguntar: “o que faria comigo se estivesse aqui?”

– Provocar, inclusive, é a palavra-chave. Vá revelando aos poucos nos nudes, fazendo o outro implorar por uma espiadinha a mais.

– Gifs são um ótimo jeito de provocar — digamos que tem um movimento interessante.

– Você geme na hora do orgasmo? Envia um áudio desse momento para aquela pessoa que vai reconhecer na hora do que se trata essa maravilhosa trilha sonora.

– Enviar uma foto que dê a entender que você acabou de se masturbar é uma ousadia que pode funcionar. Siga o seu instinto!

Joguinhos sexuais

– Mostre seus apetrechos sexuais e peça para escolher qual ele(a) quer que você use.

– Recordem juntos momentos quentes que passaram juntos.

– Narre uma fantasia sua para vivenciarem no sexo virtual. Depois é a vez dele(a).

– Que tal jogar verdade ou consequência? Alternem as jogadas. Deu verdade, revele uma fantasia. Na consequência, deve mandar uma foto bem caliente ou, no caso de vídeos,  tirar uma parte da roupa.

– Encenar trechos das suas histórias ou vídeos eróticos preferidos

– Hora da gincana: desafie a te mandar um nude por hora pelas próximas cinco horas.

 

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Quem é você na quarentena quando o tesão bate? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/27/quem-e-voce-na-quarentena-quando-o-tesao-bate/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/27/quem-e-voce-na-quarentena-quando-o-tesao-bate/#respond Mon, 27 Apr 2020 15:21:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2921 Por Carmen

A brincadeira começou no Instagram, foi pro Whatsapp e terminou, animada, no Zoom. Todo mundo confessando como tem feito para lidar com a vontade de transar, quando as opções (de personagens, cenários, roteiros)  se limitaram tanto.

Afinal, quem você tem sido quando o tesão bate nestes dias de confinamento?

 

sexting
Crédito da foto Pinterest

 

  1. Tenho ido atrás de ex.
  2. Não paro de escrever nas redes sociais como sente falta de sexo.
  3. Troco mensagens sexuais com umas cinco pessoas ao mesmo tempo.
  4. Arrumei namoradx virtual no Tinder.
  5. Me masturbo às duas da tarde de uma quarta-feira (e outras várias vezes ao longo do dia).
  6. Ando cansado demais pra transar.
  7. Estou transando muito mais que antes.
  8. Estou comprando online compulsivamente brinquedos sexuais.
  9. Fiz ensaios caprichados de nudes aproveitando as tardes de por do sol incrível.
  10. Avancei além do sexting e passei para uma live.
  11. Descobri o mundo X dos vídeos.
  12. Procurei por todas as séries e filmes que têm cenas calientes.

E você? Rolou identificação com algum comportamento? Quer contribuir para a lista?

Queremos saber, responda para o falecomxdesexo@gmail.com

 

 

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Proibiram a berinjela https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/proibiram-a-berinjela/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/proibiram-a-berinjela/#respond Wed, 06 Nov 2019 17:04:02 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2782 Por Dolores

Acompanhada de uma carinha de espanto, com a boca aberta e os olhos arregalados, um amigo compartilhou a notícia: o Instagram começou a banir emojis de conotação sexual em postagens na rede. Em termos práticos, ninguém mais vai poder anexar uma berinjela aos comentários ou legendas das fotos daquele gostoso de sunga. Como viver a partir de agora?

A conversa sobre o problemão se deu no WhatsApp, onde meu amigo (um gostoso quase sempre de sunga) e eu ainda pudemos ilustrar o debate com todos os emojis desejados, os mais adequados, censura zero.

Além da expressão do choque, usufruímos, por exemplo, do nosso direito de apertar os ícones do fantasma (afinal estamos mortos com a notícia), o cocô (porque achamos a decisão uma merda), o boneco de neve (já que em resumo é tudo um grande balde de água fria), e a tesourinha (sinal claro de coisas corta-clima).

Sim, a gente sabe que nenhum desses emojis está proibido em lugar nenhum. Mas a simples ideia de que nossa forma ridícula de linguagem possa ser podada em ainda mais instâncias nos deixou em pânico, e brutalmente dispostos à verborragia cínica típica dos adolescentes contrariados.

Aliás, é a eles que Facebook e Instagram tentam proteger com a medida – os adolescentes em geral, contrariados ou concordantes, tanto faz. A ideia é bloquear “propostas implícitas ou indiretas de solicitação sexual”. Para as plataformas, “emojis ou cadeias de emojis de caráter normalmente sexual e contextualmente específicos” são um problema a ser contido.

Emoji de estrela, emoji de caixãozinho. A clássica representação do “preferia estar morta”.

Resultado de imagem para emoji berinjela

Oras, Zuckerberg, você acha mesmo que, ao banir os pêssegos, gotinhas e garrafas de champanhe, está mesmo salvando o mundo do assédio virtual? Que, agora que aquele mala escroto não pode mais comentar com um donut meu nude de costas, eu estou protegida das investidas dele?

Não, Mark Elliot. Tudo que você vai conseguir com essa decisão é limitar – e encaretar – as interações entre amigos, amigas, crushes e crushas. Óbvio que a proibição vale para todos, e os sem-noção da internet terão uma ferramenta a menos para encher o saco. Mas é nas conversas e tirações de onda entre quem se conhece, e se gosta, e se paquera, e se provoca, que você vai meter seu bedelho acima de tudo.

Vamos deixar de poder brincar, enquanto quem usa a internet para inconveniências (e crimes, vai saber) vai ser pifiamente afetado. Parabéns.

Mas deixe estar, censores, que os nossos pulos a gente dá. Se não temos mais berinjela, algum jeito a gente encontra. Que seja a criação de stickers iguais aos do WhatsApp para comentários nas redes, que seja simplesmente escrever “aqui havia um legume roxo, comprido e duro, igual àquilo que eu sei que você tem para botar na minha boca”.

Engole essa.

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Em tempo de apps, o sexo virtual vive nas salas de bate-papo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/01/31/em-tempo-de-apps-o-sexo-virtual-vive-nas-salas-de-bate-papo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/01/31/em-tempo-de-apps-o-sexo-virtual-vive-nas-salas-de-bate-papo/#respond Tue, 31 Jan 2017 19:41:34 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1963  

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Nos primórdios da internet popularizada (segunda metade dos anos 1990) uma das principais atrações, aquela que deixava o pessoal ansioso pra conexão discada completar logo, eram as salas de bate-papo.

A ferramenta deu o pontapé em todo o potencial de socialização da rede e mudou a forma como as pessoas se conheciam, se relacionavam e faziam sexo (real ou virtual). Teclar, ou melhor, “quer  tc?” e “tem webcam, gata?” foram expressões que marcaram época.

Esse pode parecer um papo nostálgico em tempo de Tinder, Happn e OKCupid, mas é só dar um pulinho hoje no chat daquele grande portal para ver que as salas de bate-papo ainda bombam. Quando chequei às 16h30 de uma terça-feira, havia 71.763 pessoas online.

Ok, a tecnologia melhorou um pouco, tem versão mobile, e os “nicks” ganharam características mais atuais: Casado_Carente agora tecla com a Loira do Zap, e o NúSkype manda nudes para a Morena_SP. Mas o espaço agora é, acima de tudo, um ponto de encontro, para logo a conversa continuar em outras plataformas, como Whatsapp e Skype.

O chat voltou ao meu radar quando ouvi duas histórias: a primeira, de uma colega de trabalho que estava deixando aflorar seu desejo por meninas, mas ainda não se entendia totalmente lésbica. Recorreu ao bate-papo para, no anonimato e com a cautela que necessitava, testar essa vontade.  No fim, casou com uma garota que conheceu na sala Amizade LGBT.

A outra é de uma conhecida, mãe de dois filhos pequenos, com o casamento em crise. Sem sexo há anos, recebia conselhos das amigas para sair e flertar, mas achava que tinha perdido o jeito. Tinha medo dos apps que expõem as fotos e resolveu voltar à ativa de forma mais discreta.

Para esses perfis, a proteção que as salas proporcionam faz todo o sentido. Claro que tem todo o tipo de gente ali. Quem quer práticas sexuais consideradas heterodoxas com discrição, gente que ganha dinheiro com a indústria do sexo, pessoas entediadas, esquisitos de plantão e gente como eu e você, como minha colega e minha conhecida.

 

Quer tc? Manda e-mail para carmenfaladesexo@gmail.com

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10 minutos na casa do vizinho https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/26/10-minutos-na-casa-do-vizinho/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/26/10-minutos-na-casa-do-vizinho/#respond Sun, 26 Jun 2016 04:00:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1748 Fazia tempo que conversávamos durante a tarde, a noite, a madrugada. Sempre que um dos dois ficava sozinho em casa, mandava mensagem para o outro. Nunca dava certo o encontro, mesmo que o muro dele fosse o mesmo que o meu.

Eu estava numa reunião importante, porém chata, que duraria o dia inteiro. Era o meio da tarde, quando recebi uma mensagem inesperada dele. Ele estava à toa e sozinho. Como sempre, o desencontro: eu não estava disponível. Mas, diferente das outras ocasiões, ele não continuou com a conversa, nem me instigou a ter vontade de sair correndo e ir até ele. E quer saber? Isso me provocou mais do que se ele tivesse me mandado áudios safados.

Por algum milagre, toda a chatice importante terminou antes do previsto, levantei e fui embora. Estava muito cansada e só queria tirar aquela roupa e tomar um banho. Chegando em frente à minha casa, parei, olhei para o portão ao lado, repensei e não resisti: mandei mensagem. Eu só queria saber se ele ainda estava sozinho. “Sim, mas só por mais 10 minutos…”

Que pena, ou melhor, que saco! “Por quê?”, foi a pergunta seguinte dele, antes mesmo que eu começasse a digitar uma mensagem de descontentamento. “Acabei de chegar em casa”, eu contei. Foi só clicar em “enviar”, que o tique duplo do Whatsapp já ficou azul. “VEM ME CHUPAR”, foi o apelo dele.

Em 10 minutos? A ponto da mãe dele chegar em casa? Ele só podia estar me zoando… Minha cachorra começou a latir avisando à minha família que eu estava lá. Meu pai saiu para abrir o portão. Pensei rápido em uma desculpa esfarrapada, disse que já voltava e o observei até que entrasse novamente porta adentro. E me dirigi ao portão ao lado.

Ele me esperava na porta. Entrei e ele me perguntou como eu estava. “Enjoada de tanta reunião…” e ele me calou com um beijo. Me jogou no sofá e me beijou desesperadamente. Não sabíamos por onde começar. Eram só 10 minutos! E alguém poderia chegar!

Ele levantou minha blusa para ver meus peitos. Não acreditou. “Como você é gostosa”, ele me elogiou. Lambeu e chupou, mas não ficou muito tempo ali. Enquanto voltava para a minha boca, tirou o sexo já duro pra fora da calça. Era exatamente como nas fotos que ele tinha mandado.

Não pensei duas vezes. Comecei de baixo. Lambi até a ponta e abocanhei. Eu estava esperando por isso havia muito tempo. Estava com sede, com fome, com vontade, e chupei. Chupei gostoso, sem vergonha. E ele não acreditava. “Você veio me chupar em 10 minutos! Vou me casar com você!”.

Parei. “Não prometa nada.” Beijei sua boca para calá-la e voltei a sugar e me divertir. Olhando para ele, porque esta, para mim, era a verdadeira graça de tudo. Puxou meu rosto para me beijar e disse que iria gozar, mas não queria. O quê? Ele ia me negar seu orgasmo? COMO ASSIM? Estava louco? Aaaaah, não! Decidi enlouquecê-lo.

 

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Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Segurei seus braços com uma mão, com a outra massageei as bolas dele e com a boca chupei com mais ímpeto. Ele mexia o quadril em minha direção, se torcia, ofegava e gozou. E eu engoli. Tudo. Ele não acreditou. Me beijou, mas não conseguia se mexer. Não sei se de cansaço, de calor com a casa fechada ou de descrença.

Largamos nossos corpos no sofá por 30 segundos, até que ele se jogou em cima de mim e resolvi chupá-lo novamente. Dessa vez, teria de ser mais rápido, o nosso tempo estava acabando.

Ele não deixou, segurou minha cabeça puxando meu cabelo e disse que não daria pra ser tão rápido. Eu olhava para ele, lambia e mordia meus lábios enquanto ele fazia carinho no seu pau ainda duro e me olhava. Não aguentou. Voltei a chupar. Nosso tempo estourou.

Por fim, ele reclamou: “Você podia estar de saia. Estou louco para te chupar”. Respondi: “Fica para a próxima! Eu nem moro tão longe”, abri a porta, sai para a calçada, entrei na casa ao lado e me surpreendi satisfeita pelos 10 minutos que fizeram a semana valer a pena.

Esta história chegou no meu e-mail e eu não consegui esperar nem um dia para publicá-la. Mande a sua também pro carmenfaladesexo@gmail.com. 😉

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Menu de fetiches: o número 1 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/05/22/menu-de-fetiches-o-numero-1/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/05/22/menu-de-fetiches-o-numero-1/#respond Sun, 22 May 2016 17:38:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1695 A Melissa ficou entusiasmada ao ver sua história de masturbação mútua numa noite fria relatada no blog e quis contar outra experiência safada, que aconteceu pouco tempo depois do primeiro relato.

Havia uns dois meses, ela trocava e-mails provocantes com um colega de trabalho. Aos 20 e poucos anos, finalmente tinha desviado o foco dos insossos garotos de rostinhos bonitos. Estava nutrindo com muita siririca uma intensa paixão platônica por esse cara de 35 anos, anos-luz mais vivido, inteligente e sexy de um jeito nada óbvio.

Sexo aparecia nas conversas deles de um modo discreto e sedutor. Até que ela cometeu o erro (ou acerto!) de mencionar, de passagem, a palavra fetiche em uma mensagem. Eis a resposta que recebeu – e que a deixou sem ar:

 

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Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Fetiches, com certeza os nossos serão diferentes.
Afinal, somos de sexo, idades, experiências distintas, não?
Mas também não dizem: viva a diferença?

No fundo, gosto de sexo simples e prazeroso,
mas tenho um lado fantasioso, às vezes até mesmo hard, que não está disponível todo dia.
Diria que até raramente.
Mas vou em frente, te provocando, te testando.
Seria melhor menos sinceridade?

Meu primeiro fetiche é o velho e a mocinha, eu e você!
Sem rodeios: sexo anal, a fêmea sendo comida pelo macho.
Você na cama, nua, nádegas pra cima. A pele jovem, a bunda pequena.
Minha mão percorrendo tuas coxas, virilhas, os lábios do teu sexo molhado escorregadios. Fricção!
O polegar da outra mão força teu ânus, penetra, sai.
A língua desce, lubrifica.
Aproximo meu pênis, forço de novo, recolho teu gemido, um primor de momento!
Alargo tua carne, te amacio, soco, acaricio.

Não te deixo sofrer muito, só o que desejas, ou melhor, o que teu corpo deseja.
Avanço na tua nuca, orelhas. Lá embaixo te castigo.
Você já está aberta, arrombada, toda relaxada, entregue.
Te gozo, te encho de porra! Na minha mão, tu gozas.
E te olho nos olhos, toda aberta.”

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Ode ao pornô https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/08/29/ode-ao-porno/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/08/29/ode-ao-porno/#respond Sat, 30 Aug 2014 02:48:27 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=734 Por Diana

A noite ia tarde, mas ainda não era madrugada, quando comecei a ler este blog pela primeira vez. Rebeca, colega, amiga, irmã, me convidara a escrever aqui dias antes, e eu aceitei antes mesmo de checar o conteúdo. Quando me sentei -logo antes da madrugada- para esmiuçar XdeSexo, não foi, portanto, levada por inspiração nem excitação, e não fechei as enormes janelas de vidro do meu quarto, que exibem com fúria total a cama, a mesa, o closet, e meus movimentos para a cidade lá fora. O que, é óbvio, foi uma estupidez. Em dez minutos ou menos (quem está contando?) estava molhada, entretida, perdida entre as coxas de Lia, Ana e suas palavras, com a mão instintivamente colocada entre as minhas próprias coxas, e provavelmente dois ou três vizinhos acompanhando tudo do outro lado da rua. Só despertei do transe com o alarme de incêndio: além das janelas abertas, eu também esqueci de desligar o fogão, queimei tudo o que preparava e precisei explicar ao porteiro que não, não era fogo e ele podia já cancelar o chamado aos bombeiros.

 

Eu sempre gostei de pornografia. Ainda adolescente, muito antes de começar a transar, descobri certos livros (se é que posso chamá-los assim) no quarto de hóspedes da casa de uma tia, onde minha mãe me obrigava a ir a reuniões de família profundamente entediantes. Pois bem, nunca mais precisei ser convencida. Passava as tardes no quarto de hóspedes, mergulhada naquele tipo de pornografia barata que precedeu a pornografia (também barata, mas com ares de fina) de livros como 50 Tons de Cinza. Não ousava ainda me tocar. Se minha mãe abrisse a porta, me encontraria lendo placidamente, como uma estudada cara de paisagem que jamais denotaria as pulsões que sentia por baixo da calça jeans. Mas eu chegava a decorar passagens, e as repetia mentalmente, como um mantra, nas ocasiões mais impróprias.

 

O primeiro filme pornô foi uma atividade conjunta. Uma amiga do time de vôlei nos convidou a visitar sua casa, que não coincidentemente estava vazia, e roubou uma fita VHS do irmão para assistirmos, embasbacadas, a nossas primeiras imagens de sexo explícito. Ninguém falou, ninguém se tocou, ninguém se beijou, mas ficamos ali, as quatro, vidradas no videocassete, por pelo menos uma hora e meia. Desde então, vejo filmes pornô algumas vezes por semana. Certa vez, minha irmã me emprestou um video que disse ser “pornô para mulheres”: “não é aquele bate-estaca. Tem mais história, é mais delicado”, afirmou. Desculpe, irmã, mas não gostei. Pornô, para mim, é pornô. Não estou atrás de história, não me interessa como os personagens se conheceram e se seduziram, e só aguento 30 ou 40 segundos de lenga-lenga. Quando eu vou atrás de pornô, quero imagens, quero sexo explícito. Tenho preferências, claro. Não sou muito fã de amadores – gosto de vídeos produzidos, com atores bonitos, de preferência ménage, talvez um gang-bang, quem sabe um swing. Me acendo com a visão dos corpos nus, dos closes nas lambidas, penetrações, dos dedos em todos os orifícios, das estocadas firmes.

 

Nunca mais vi uma hora e meia de pornô, como fizemos na casa da minha amiga do time de vôlei. Em geral em um minuto e meio já gozei, e depois de relaxar naquela lentidão gostosa, desligo o filme, me levanto para limpar os fluidos que me lambuzam, e continuo com o meu dia. Pornô é um ótimo intervalo de trabalho.

 

Curiosamente, de todos os meus namorados, apenas um topou assistir comigo. Mas não durou muito. O video escolhido era um ménage com duas mulheres e um homem, todos lindos, em uma casa de praia iluminada pelo sol. Sofisticado para o padrão dos pornôs de internet, mas sem enrolação. Nos deitamos nus com o computador na cama, e eu comecei a acariciar sua virilha enquanto as duas mulheres na tela lambiam lentamente o corpo do parceiro. Eu sabia que essa era uma fantasia dele (nenhuma originalidade, mas vá lá), e enquanto a língua das atrizes subia pelas pernas do cara, comecei a provocá-lo com sussurros, narrando como seria nossa transa a três. Eu ia sugerindo enquanto minha mão circundava seu pênis, e também comecei a introduzir os dedos dele na minha vagina molhada. A brincadeira levou talvez quatro minutos, quando ele se ergueu, afastou o lap top, agarrou meus cabelos, e guiou minha boca até sua ereção. Eu continuei com a narração da nossa futura sacanagem, sugerindo o que cada uma de nós, eu e a outra imaginária, faríamos com ele. Nessa noite ele transou só com minha língua e minhas mãos – o prazer, para mim, foi essa leve tortura. Pulso de novo ao lembrar das reações do meu ex-namorado, de seu corpo contorcido, dos gemidos nada discretos.

 

Não repetimos a dose – não sei dizer o motivo, talvez porque tínhamos ainda muitas outras fantasias a explorar. Também não fizemos aquele ménage. Nossa relação não se abriu para isso, apesar de a fantasia ser recíproca. Mas o maior mistério, para mim, é a negativa, ou talvez falta de ação, de todos os outros namorados, que não se empolgaram com a minha sugestão. “Eu não quero que a minha namorada saiba que tipo de pornô me excita”, me explicou um amigo. “Não quero que ela pense que está sendo comparada a ninguém, nem que me veja excitado ao ver desconhecidas transando”. Entendo, mas não muito. Queridos, nós sabemos que vocês assistem pornô e se excitam com desconhecidas, talvez muito diferentes de nós, transando. Nós também nos excitamos. Porque não compartilhar isso?

 

Será que existe ainda alguma dúvida sobre a atração de mulheres pela pornografia? Se existe, deixo bem claro aqui: nós gostamos, muito. Assistimos com frequência. Quer vocês topem levar o pornô para nossa cama ou não, continuaremos a assistir sozinhas, e provavelmente gozaremos mais rápido do que com as suas chupadas. É claro que todo consenso é burro, mas me atrevo a dizer que o pornô, se não obrigatório, é um “cult de massa” entre mulheres. Não tem nada a ver com a nossa transa. Pornô é como fazer ginástica. Necessário, mas esquecido imediatamente após o gozo, que é seu objetivo primordial. Nossa transa, ao contrário, é desejada antes de ser necessária. O peso do seu corpo em cima do meu é incomparável. Não dou para gozar. Dou para provar, para me entregar, para te torturar, e se ambos buscamos meu orgasmo, ele é o ápice, mas não é o objetivo. O seu também não é, ainda que eu não descanse enquanto ele não for despejado sobre mim.

 

Pornô é pornô, repito. Meu jantar queimou e os bombeiros foram acionados pela pornografia que encontrei neste blog. Sim, ele é pornográfico, e tudo bem. A pornografia é aceita por todo mundo? Abertamente, é claro que não. Tanto é assim que, apesar de discutirmos o assunto, preferimos continuar escondidas por trás de pseudônimos. Vou voltar a essa discussão mais tarde. Mas não agora. Neste momento, eu continuo pulsando, e preciso ir ali fechar as enormes janelas do meu quarto para ver um certo vídeo que me espera.

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Quando uma fênix me matou na cama https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/03/27/quando-uma-fenix-me-matou-na-cama/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/03/27/quando-uma-fenix-me-matou-na-cama/#respond Thu, 27 Mar 2014 11:40:07 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=602 por Billy

 

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Quando terminei o “Fim de partida”, de Beckett, e acomodei o livro ao meu lado na cama, tive a sólida consciência de que nada mais aconteceria naquela noite nublada e fresca de domingo – afinal, concluir qualquer obra de Beckett já é uma considerável aventura.

 

Mas… ledo engano.

 

Ao dar a espiada de praxe no celular, também ao meu lado da cama, vi, no canto esquerdo alto da tela, aquele iconezinho maldito, a chaminha branca que de fato arde, que carrega alguma ligação mística com o órgão reprodutor (refiro-me ao masculino) – a notificação do Tinder.

 

Eu recebera uma mensagem de uma garota de quem, num desses preguiçosos movimentos dominicais, entre um bocejo e outro, havia gostado. Era a, hum, batizemo-la Priscylla, e as fotos a credenciavam como o diabo gosta: a primeira era só de rosto e em P&B, revelando lábios polpudos um pouco entreabertos, olhar desafiador, cabelos escuros se derramando numa face (que parecia) bonita. A segunda, mosaico da mocinha tocando violão e cantando, já mais à vontade, de vestidinho, desvendando uma pele bronzeada. A terceira, a fatalíssima auto foto em pleno banho de sol, com o rosto em primeiro plano e, lá atrás, uma única nádega muito bem apanhada, sabendo a firmeza (a outra estava escondida pelo rosto em primeiro plano); e, mais atrás ainda, pezinhos indolentes cruzados. E a quarta, o arremate final, a inevitável foto “selfie” feita com o celular no espelho, trazendo-a embrulhada num vestido bem curto, a pele novamente temperada pelo sol, pernas bem feitas que se sublinham na multidão, sapatos dourados com saltos bastante altos… enfim. Estendo-me nesses pormenores para que vocês entendam o que se deu a seguir.

 

O fato é que, após trocar algumas palavras rasteiras com Priscy – descobri que ela é empresária e que estamos a apenas um perigosíssimo quilômetro um do outro –, ela me convidou a ir visitá-la, assim, de sopetão. Vi que era sério quando ela escreveu “não tem cerveja, mas tem um prosecco no congelador”. Então avaliei os riscos: não fazia ideia de quem era a garota, evidentemente era uma tremenda fria, eu seria certamente assaltado, provavelmente currado e, com muita sorte, escaparia de ser fatiado e virar ração de rotweiller. Mas, nessas horas, todos sabemos de onde vem a voz de comando: claro que é lá de baixo, agudinha e abafada pela cueca. De modo que tomei uma ducha, meti-me em jeans e camiseta, deixei celular e cartões em casa e saí, ávido.

 

Eram já umas 23 e pouco e resolvi ir caminhando, mesmo, para que a fresca da noite aliviasse minha tensão. E depois de uns dez minutos lá estava eu no endereço que ela havia me passado, sobressaltado em frente a um prédio grande e moderninho. Apresentei-me ao porteiro torcendo para que ele dissesse que não tinha ninguém com aquele nome, que era tudo um delírio, mas não; logo ele abriu o portão para mim e indica o elevador – “tal andar, à esquerda”.

 

Lá chegando, respiro fundo e toco a campainha, sem mais aquela. A porta é aberta por uma mocinha espevitada, medindo um metro e cinquenta e algos, bastante desenvolta e à vontade nos trajes caseiros: shorts jeans curtíssimos, blusinha cheia de fendas e, importante observar, descalça, com pezinhos pequenos e bonitinhos. O resto dela também não era nada, nada mau: pele bem morena, desse tom particular de nossas fêmeas nativas, entre o doce de leite mineiro e a casca do cupuaçu; longos cabelos lisos e levemente clareados; cheia de formas, mas nada gorda; sorriso cativante e convidativo, que se abria para dentro de bochechinhas sapecas; e olhos que, logo no primeiro momento, dardejaram provocação e desafio.

 

Não esperava por nada daquilo, e fiquei desconsertado. Mas a naturalidade com que ela me recebeu e conduziu por seu dúplex pequenino e “mignon” até a varanda, onde ela havia instalado uma rede, aos poucos me reconsertou. Depois de resgatado o prosecco do freezer, ali nos sentamos, taças às mãos, dois pássaros noturnos empoleirados naquela insólita situação. Conversa fiada vai, conversa fiada vem, e eu, mais tranquilo mas ainda encabulado, emborcava o espumante com deselegante rapidez.

 

Mas logo me certifiquei de que ela era mesmo o que parecia. Fui ficando mais seguro, e, depois de um momento em que ela se levantou para fazer não sei o quê e empinou uma bunda imperial a cinco centímetros do meu nariz, trouxe-a de volta à rede e a beijei.

 

Mais uma surpresa: o beijo era ótimo, lento e sôfrego na medida, lábios macios e língua cônscia de seus deveres. Mas a rede estava desconfortável, e logo migramos para o sofá. Eu não tinha ideia de onde aquilo iria parar, apenas me deixava levar. Me levou de fato, pouco depois, “lá para cima”, para a espécie de mezanino onde ficava a suíte. Logo que chegamos ela já se livrou, por conta própria, do shorts e da blusa, e foi quando procurei de verdade por algum gorila fantasiado ou pelo saudoso Ivo Holanda.

 

Porque, não obstante ser Priscy uma delícia imerecida, não obstante seus seios de tamanho digno e durinhos, não obstante ser toda bem apanhadinha, quando ficou de costas para mim eu vi, juro que vi, sobrevoando o céu crepuscular da pele dela, um grandioso e escuro pássaro: claro, ela havia me falado dela, era a imensa tatuagem de “Fênix” que fizera havia alguns anos. A cabeça aquilina surgia na região austral das costas, e o corpo formidável, com asas semiabertas, estendia-se justamente pela nádega – e que nádega! – que naquela foto saíra oculta, e o resto da ave ia pela coxa.

 

Aquilo me desnorteou, e ativou mecanismos ocultos que jamais acreditei existirem em mim. Beijamo-nos um pouco mais, mas logo tratei de virá-la de costas e, ora contemplando aquela quimera noturna, ora enterrando a língua na fenda daquele magnífico “derrière”, tive a impressão que minha calça iria estourar.

 

Livrei-me dela e chupei-a por mais alguns minutos, até que um pezinho voluntarioso se chocou contra o meu peito, empurrando-me para trás; assim ela me ergueu, tirou minha cueca e, meio ronronando, colocou-me na boca, lenta e habilmente. Mas eu não aguentaria muito daquilo, e logo também a manuseei. Coloquei-a de lado, afastei-lhe as pernas e, vagarosamente, avancei naquele território úmido e acolhedor.

 

A essa entrada se seguiu um gritinho bem agudo dela, que depois novamente me empurrou para me deitar de costas e ficar em cima de mim. Então ela me cavalgou noite adentro, até as zonas desconhecidas da diluição feminina; e minhas palmadas naqueles dois tambores da bunda dela davam o ritmo desarranjado de tudo aquilo, junto com o nhéco-nhéco da cama. Assim ficamos, dois desconhecidos um para o outro, reunidos na cerimônia do coito, eu empenhado em fazê-la gozar, e ela, aparentemente, idem – e de fato, mais um mini-milagre nessa noite irreal, gozamos juntos, numa catarse que, ao menos para mim, foi sem precedentes.

 

Se a aventura tivesse se encerrado aí, juro que já me consideraria o mais feliz dos homens num raio de muitos quilômetros; porém, havia mais. Após uma justificável troca de afagos verbais, durante algo como quarenta minutos, novamente cedi aos encantos daquela ave fantástica.

 

Dessa vez, coloquei-a de quatro para perfurá-la; mas a “Fênix” apenas ia e vinha, indiferente às minhas desesperadas investidas, como se estivesse completamente consciente de seu poder sobre mim, e como se zombasse de meus esforços. Quanto a Priscy, ela estava alheia lá do outro lado da cama, gemendo cada vez mais, mordendo os lençóis e com a mão enterrada na minha cintura, como se me ajudasse a ferir a “Fênix”. Em vão, porque essa ficou imóvel, apenas me observando, até que, exausto, tombei para o lado como um pinheiro sem vida e sem folhas, ensopado pela seiva do suor.

 

Eu estava entregue. Num último gesto de rendição, sussurrei para Priscy que não iria gozar, ao que ela respondeu, desafiadora: “Não, é?”. E logo se enrodilhou toda lá para perto da minha cintura, recomeçou a me chupar, e me chupou, chupou até que de fato eu gozei; e, estranheza das estranhezas, logo depois disso, como ela estava deitada de lado, virada de costas para mim, juro que vi um daqueles olhinhos escarnecedores do pássaro piscando muito rapidamente, uma piscadela condescendente, que deixava bem claro quem detinha a soberania naquela noite tão improvável.

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