X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sobre gostar também de meninas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/#respond Sun, 28 Jun 2020 17:47:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2966 Por Dolores

A Bruna foi a primeira pessoa por quem me apaixonei na vida. Entre a parte da frente e as duas quadras imensas nos fundos do terreno, havia quatro construções, ocupadas por escritórios variados, banheiros, um estúdio de balé, secretaria, a cantina, salas de aula e um pequeno pátio. E foi na escada que levava a um quartinho da escola que ninguém nunca soube o que tinha dentro que eu dei meu primeiro beijo.

Tecnicamente não teria este nome, para dizer a verdade. Porque só a minha boca se mexeu, e nem nos lábios dela eu encostava – beijei o antebraço da Bruna aos seis anos de idade. Ela deixou porque éramos melhores amigas, acho, ou porque eu pedi com jeito, ou talvez tivesse pena de mim.

A Bruna e seus imensos olhos azuis pousados cheios de compaixão na minha cara de quem, cega, ama e se entrega. Depois disso passei muitos anos só beijando e transando com meninos, daí vieram os homens, e só com 20 e poucos, numa viagem a Porto Alegre, revivi o frio na barriga que a Bruna me dava.

Aleteia veio da Espanha, era bailarina e bebia uísque. Foi para o meu quarto do hotel, depois do jantar de confraternização entre sua companhia e os jornalistas que viajaram para assisti-la dançar. Ela tinha cheiro de rosa. A Bruna tinha gosto de chocolate.

Sempre achei a parte mais complicada da bissexualidade esse prólogo antes de entender que podia chegar nas garotas sem levar em troca uma cara de incredulidade. Tomar toco todo mundo toma, faz parte do jogo da sedução, mas o espanto e o quase nojo com que algumas olham machucam mais fundo. É como se não perdoassem a ousadia de uma mina considerar que elas também possam gostar de minas.

Revealed: The 5 Health Benefits Of Chocolate

Tem outra etapa chata, mas essa mais introspectiva que a outra – fora a vantagem de que ela acontece por um tempo e, depois, você a vence e nunca mais tem que encará-la. Não sei se é assim para todo mundo. Comigo, foi preciso falar bastante disso na análise até entender que o desejo que eu sinto por outras mulheres não tem, além de nada de errado, qualquer tipo de recalque.

Algo como compreender que esta vontade não passa nem de perto pela minha sexualidade com os homens, não é influenciada por ela, não se confunde em parte alguma. Levou tempo, consumiu anos de sessões, mas se mostrou muito útil, esse entendimento.

Foi nesse período que vieram, então, outras flores e doces, em noites com menos noias e mais leves. Descobri que gosto mais de meninas de um tipo físico em particular. Que eu tinha uma musa. E que a liberdade de poder vivenciar a sexualidade sem vergonhas não tinha preço.

Fazia tempo que nada extraordinário acontecia, quando reconheci, em outros olhos grandes, o mesmo verão que eu via no rosto da Bruna quando a gente ficava na escadinha rumo ao desconhecido, na escola da Vila Mariana. Um almoço em um sábado bonito, tinha música tocando, grupos diversos de conhecidos espalhados em mesas e cadeiras pelo salão.

Eu soube desde o minuto um no que aquilo ia dar. Uma garrafa de vinho branco gelado depois, o tempo correndo, e ela precisava ir embora, outros compromissos, explicou. No banheiro, nos esprememos em uma cabine, as taças apoiadas sobre o tampo de cerâmica da caixa do vaso.

O melhor beijo, mais gostoso que o braço de cacau da Bruna, que qualquer buquê, que todas as outras bocas, quem sabe. Ela abriu o primeiro botão do meu vestido para fazer caber a mão lá dentro. Segurou um peito, depois afundou a cara entre os dois, ao mesmo tempo em que já empurrava minha calcinha pernas abaixo.

Encostei-a na outra parede da cabine, a parede dela, porque sabia que em breve a perderia. Segurei sua cabeça entre as mãos, lambi sua boca, para então afundar a língua entre seus dentes, quero engoli-la. Ela é pequena. Ela cabe inteira no meu domínio.

Minha calcinha cai no chão, eu baixo a cabeça para olhar, e ela surge em meio às minhas coxas. Com o dedão se enfia na minha xoxota, com a língua lambe meu clitóris em círculos e de vez em quando olha para cima.

Nunca mais nos encontramos. Eu culparia a pandemia, ela diz que eu enrolo para marcar um novo encontro. Outro dia brincamos de o que você levaria para uma ilha deserta se pudesse passar lá sua quarentena. Na resposta dela havia livros e álcool. Na minha tinha chocolates, rosas e ela.

]]>
0
Você nem era tão transante assim https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/14/voce-nem-era-tao-transante-assim/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/14/voce-nem-era-tao-transante-assim/#respond Thu, 14 May 2020 21:24:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2933 Por Dolores

As redes sociais se dividem hoje em dia entre postagens com fotos de incursões ao mundo antigo, os chamados TBTs, e memes que tiram onda da desgraça que é ficar sem transar por muito tempo. Porque ninguém duvida que esta seja uma das tragédias da nova ordem, a imposição da falta de sexo.

Mas, por mais lamentável que pareça não ter alguém com quem trocar fluidos, e que haja gente até mesmo furando o isolamento só pra visitar contatinhos, botando em risco toda uma rede de pessoas envolvidas nessa contravenção, eu venho aqui para trazer uma verdade: sossega esse drama, que você nem era tão transante assim.

Sim, eu sei que você se tem em alta conta, que aquela dezena de matches no Tinder te faz se sentir a estrela do pedaço, mas, então: não. Claro, claro, tem o fato de a liberdade sexual ser uma realidade, nunca ter sido tão fácil descolar quem queira um sexozinho sem compromisso quando a vontade bate, só que, putz, tá todo mundo ligado no seu rolê, e ele não é essa Sodoma e Gomorra toda que seu Instagram divulga.

Tesão a gente resolve gozando. Ou atiçando mais antes de gozar, pra ser mais divertido. Sendo assim, punhetas e siriricas são excelentes aliados de quem deu o azar de cair em quarentena sem um corpinho delícia junto. Veja fotos, assista vídeos, troque nudes, use o que for para conduzir a masturbação em casa. Você vai ver que o tesão passa.

O que está fazendo falta, na verdade, mas que não dá tanto ibope nem te coloca na posição midiática de o ser mais transante do pedaço, é encostar nos outros. Deitar em cima e embaixo deles. Abraçar, dar beijo, sentir cheiro. E isso nunca significou necessariamente desdobramento em sexo.

Eu lendo fanfic, É sabendo que aquilo nunca vai acontecer! | ARMY ...

Você está aí, em isolamento total, indo apenas ao supermercado e à farmácia, vendo o mundo ruir pela televisão, daí vai lá e posta que sua libido é um cavalo que, quando liberado, vai sair desenfreado pela cidade atropelando todo mundo. Conta outra.

Primeiro que você não transava tanto assim nem quando era permitido, que dirá daqui a pouco, quando a gente nem sabe como será a vida.

Segundo que – e nisso eu aposto um mamilo – na primeira transadinha que você der, com a primeira pessoa massa que se deitar na sua cama, você vai se empanturrar tanto de carinho, se fartar tanto no toque e no momento, que vai terminar a noite apaixonado.

Prontinho pra se enfiar em uma relação onde poderá finalmente exercer seu papel verdadeiro e cabível, o de um ser humano comum com desejos, e não o de um unicórnio tarado deus da volúpia e da excitação.

]]>
0
No carro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/#respond Wed, 15 Apr 2020 01:19:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2907 Por Dolores

Ninguém mais leva bolsa, porque ninguém mais leva nada para colocar lá dentro, e nem mesmo o bolso da calça faz falta, mais, porque basta pegar um cartão de crédito e um frasco de álcool gel. Por isso, ela veste uma legging para sair de casa, sabe que ele gosta, e ainda fica confortável. Mais um dia inteiro dentro de casa, com uma breve fuga para ir ao mercado comprar comida.

Esquema de guerra entre os corredores, cada um com metade da lista, ela corre para as geladeiras, ele faz as frutas e legumes. Em pouco tempo, estão na fila do caixa mantendo a distância de um metro do cliente da frente que passa na esteira quilos e quilos de arroz e macarrão.

Ele pergunta se ela quer levar um vinho. Ela sorri por baixo da máscara, está querendo me embebedar, que eu sei. Se beijam como se não houvesse o pano. Com a mão espalmada na metade direita da bunda dela, ele escorrega dois dedos para entre as nádegas e dá uma forçadinha. A ponta do indicador entraria inteira no cu se, de novo, um tecido não cortasse o clima.

Foram de carro, porque a lei já permite que se prendam as pessoas que caminharem pela rua sem motivo. Encher a despensa até parece explicação suficiente, claro, mas a regra atual é que apenas uma pessoa de cada família saia de casa a cada vez, o que torna injustificável a presença do casal nas ladeiras do bairro.

No carro, estão menos óbvios. Por trás das janelas filmadas, podem fingir ser um só. Vêm calados o caminho inteiro, ela não faz ideia de que o silêncio dele tem como explicação um tesão repentino, maluco. Não transparece por trás do pouco que a máscara deixa ver do rosto, e da calça jeans, que amassa o pau duro preso na costura do zíper.

A vaga, num canto perto do portão do prédio, dá a bunda para duas paredes ornadas com câmeras de segurança que certamente enxergam o que se passa no entorno do sedan. Mas lá dentro, nos bancos, o segredo continua. E é porque sabe dele que, antes que ela agarre a maçaneta para abrir a porta e descer, ele redireciona a mão dela para o meio das pernas e pede que ela o chupe.

Titanic-Hand-Rose Blank Template - Imgflip

As luzes de sensor se apagam na garagem. Resta só a luminosidade natural que entra pelos pequenos vitrôs que dão para a rua de baixo. Um feixe se projeta do ombro dela, e vai descendo pela escápula, costelas, cintura, até que passa a brilhar no quadril em movimento conforme ela rebola de excitação pela aventura, e se balança para frente e para trás para dar conta da tarefa de engolir e engolir de novo e de novo o pau dele em um ritmo que só aumenta.

Ele força com a mão a cabeça dela para baixo, e se força, com o apoio dos pés nos pedais, para dentro da boca dela com cada vez mais força e insistência. Vai gozar, ela sabe. Reconhece pela respiração e pela textura na língua, quando se enrijece e alisa. Ajuda com a mão direita em um vai e vem cheio de pressão, e que intromete no boquete um gosto de álcool gel esquisito.

Engole tudo, acostumada à assepsia necessária ao momento no mundo. Repõem as máscaras, pegam as sacolas das compras, e sobem para o apartamento, deixando os sapatos no hall do elevador, em frente à porta de serviço.

]]>
0
Só assisto BBB pelo sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/06/so-assisto-bbb-pelo-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/06/so-assisto-bbb-pelo-sexo/#respond Thu, 06 Feb 2020 20:13:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2849 Por Dolores

A eliminação de Petrix não foi a primeira ocasião em que o Big Brother Brasil alcançou os trending topics de um jeito esquisito, envolvendo não uma prova do líder ou premiações polpudas, mas, sim, uma investigação da polícia. A ficha criminal do programa envolve suspeitas de estupro, agressões físicas, e até mesmo um participante acusado de abuso de menores.

Os exemplos não foram maioria nas 20 edições, claro, até porque, se fosse esse caso, a emissora certamente já teria cancelado a atração. Trata-se de comportamentos isolados, mas que comprovam uma verdade: assim como acontece na casa televisionada, na vida real, anônima – e em uma proporção ainda maior justamente pela ausência de câmeras vigilantes -, vez ou outra o elenco sofre com um personagem bizarro.

E, se não fossem esses pontos fora da curva, que, por sorte, acabam sempre eliminados em paredões fulminantes, o BBB já há muito não teria motivos para aparecer entre os assuntos mais comentados da internet. É um programa repetitivo, cafona.

Eu, por exemplo, deixei de assistir há anos. Mas admito, porém, que, sob um certo ponto de vista, continuo sendo espectadora do Big Brother Brasil.

Resultado de imagem para bbb banho

Assisto BBB por causa do sexo. Não este criminoso, que ultrapassa os limites do consentimento, mas, sim, o sexo pervertido e saudável que, vez ou outra, a câmera impiedosa apanha.

Disponíveis em cenas avulsas nos sites de pornografia, os flagras mostram aqueles minutos de descuido em que os participantes se esquecem (ou deixam de se importar, não sei) da filmagem ininterrupta, e dão vazão ao tesão contido por meses de confinamento.

Voyeur que sou, adoro as punhetas escondidas debaixo do edredom, quando nada além da expressão do rosto aparece na tela, casando com o vai-e-vem da mão e do pau camuflados pela coberta. Ou as ereções matinais que escapam do lençol e das cuecas.

Os mais ousados arriscam se comer assim, e nos presenteiam com trepadinhas disfarçadas, cheias de gemidos abafados no esconderijo, mas captados pelos inevitáveis microfones. Isso sem falar nos amassos no chuveiro, em banhos coletivos, as mãos bobas na piscina, os beijos safados pela casa toda.

O que mais me atrai é saber que é gente com tesão transbordando e atuando sozinhos ou interagindo com outras gentes também com tesão transbordando. E, para mim, não tem nada mais sexy do que essa explosão de consentimento.

]]>
0
Rapidinhas x longuinhas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/11/01/rapidinhas-x-longuinhas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/11/01/rapidinhas-x-longuinhas/#respond Tue, 01 Nov 2016 17:52:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1892 Hoje foi dia de enquete entre as amigas. Qual é uma duração boa para o sexo? Transa boa é transa longa?

“Rapidinha só quando está rolando algo muito alucinado, com muita urgência.”

“Até rola rapidinha boa, mas não é o que eu curto nem é o padrão com o meu namorado.”

“Um tempo OK para mim é por volta de uma hora, contando preliminares.”

“Já transei por três horas, parando pouco. Três horas de sexo não pressupõe penetração o tempo inteiro. E não achei longa.”

“Vinte minutos quando tá tudo na boa, sem muita loucura. Trinta minutos para quando tá muito bom e sem tempo definido quando tá todo mundo muito louco de tesão.”

“Amo rapidinhas, porque eu costumo gozar rápido.”

“Não tem tempo certo para mim. Gosto de tudo”.

Claro que o tempo é subjetivo e sem regras no sexo. Mas é curioso assuntar as preferências de cada um. Achei engraçado, por exemplo, que a amiga mais acelerada na vida seja a que mais gosta de provas de resistência na cama.

 

rapidinha
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Tudo começou porque recebi o e-mail da Sueli, que contou que não precisa de muitas horas, minutos e segundos pra se satisfazer sexualmente. Ela é bem prática e se conhece bem, pelo visto.

“Estávamos vendo uma série no Netflix quando começamos a dar uns beijos que nos levou a uma transa. Tive um orgasmo delicioso, daqueles que você fica sentindo por cinco minutos. E a transa durou exatos 16 minutos. Como eu sei? Vi pelo tempo que precisamos voltar a série para retomar do ponto em que paramos de prestar atenção.

Não foi uma rapidinha: nos beijamos, nos acariciamos e tão logo eu estava pronta, ele me penetrou. Passamos por três posições diferentes.

E, sinceramente, não preciso de mais tempo que isso. Ficar muito tempo em preliminares me cansa. Ou então me faz gozar antes mesmo da penetração e a festa ficar chata pra mim, odeio ser penetrada após gozar.
Muito tempo sendo penetrada dá no mesmo: não consigo mais gozar ou se gozo, não é tão intenso.
Tenho amigas que contam ter ficado uma hora numa transa e tenho desespero só de pensar em como seria. Enfim, o tempo ideal é o tempo que é bom pros dois, mas para mim, funciona melhor quando o cara não faz questão de ficar horas naquilo.”

E você? É do time das rapidinhas? Ou gosta mais de maratona sexual? Conte para carmenfaladesexo@gmail.com

]]>
0
10 minutos na casa do vizinho https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/26/10-minutos-na-casa-do-vizinho/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/26/10-minutos-na-casa-do-vizinho/#respond Sun, 26 Jun 2016 04:00:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1748 Fazia tempo que conversávamos durante a tarde, a noite, a madrugada. Sempre que um dos dois ficava sozinho em casa, mandava mensagem para o outro. Nunca dava certo o encontro, mesmo que o muro dele fosse o mesmo que o meu.

Eu estava numa reunião importante, porém chata, que duraria o dia inteiro. Era o meio da tarde, quando recebi uma mensagem inesperada dele. Ele estava à toa e sozinho. Como sempre, o desencontro: eu não estava disponível. Mas, diferente das outras ocasiões, ele não continuou com a conversa, nem me instigou a ter vontade de sair correndo e ir até ele. E quer saber? Isso me provocou mais do que se ele tivesse me mandado áudios safados.

Por algum milagre, toda a chatice importante terminou antes do previsto, levantei e fui embora. Estava muito cansada e só queria tirar aquela roupa e tomar um banho. Chegando em frente à minha casa, parei, olhei para o portão ao lado, repensei e não resisti: mandei mensagem. Eu só queria saber se ele ainda estava sozinho. “Sim, mas só por mais 10 minutos…”

Que pena, ou melhor, que saco! “Por quê?”, foi a pergunta seguinte dele, antes mesmo que eu começasse a digitar uma mensagem de descontentamento. “Acabei de chegar em casa”, eu contei. Foi só clicar em “enviar”, que o tique duplo do Whatsapp já ficou azul. “VEM ME CHUPAR”, foi o apelo dele.

Em 10 minutos? A ponto da mãe dele chegar em casa? Ele só podia estar me zoando… Minha cachorra começou a latir avisando à minha família que eu estava lá. Meu pai saiu para abrir o portão. Pensei rápido em uma desculpa esfarrapada, disse que já voltava e o observei até que entrasse novamente porta adentro. E me dirigi ao portão ao lado.

Ele me esperava na porta. Entrei e ele me perguntou como eu estava. “Enjoada de tanta reunião…” e ele me calou com um beijo. Me jogou no sofá e me beijou desesperadamente. Não sabíamos por onde começar. Eram só 10 minutos! E alguém poderia chegar!

Ele levantou minha blusa para ver meus peitos. Não acreditou. “Como você é gostosa”, ele me elogiou. Lambeu e chupou, mas não ficou muito tempo ali. Enquanto voltava para a minha boca, tirou o sexo já duro pra fora da calça. Era exatamente como nas fotos que ele tinha mandado.

Não pensei duas vezes. Comecei de baixo. Lambi até a ponta e abocanhei. Eu estava esperando por isso havia muito tempo. Estava com sede, com fome, com vontade, e chupei. Chupei gostoso, sem vergonha. E ele não acreditava. “Você veio me chupar em 10 minutos! Vou me casar com você!”.

Parei. “Não prometa nada.” Beijei sua boca para calá-la e voltei a sugar e me divertir. Olhando para ele, porque esta, para mim, era a verdadeira graça de tudo. Puxou meu rosto para me beijar e disse que iria gozar, mas não queria. O quê? Ele ia me negar seu orgasmo? COMO ASSIM? Estava louco? Aaaaah, não! Decidi enlouquecê-lo.

 

sexooral
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Segurei seus braços com uma mão, com a outra massageei as bolas dele e com a boca chupei com mais ímpeto. Ele mexia o quadril em minha direção, se torcia, ofegava e gozou. E eu engoli. Tudo. Ele não acreditou. Me beijou, mas não conseguia se mexer. Não sei se de cansaço, de calor com a casa fechada ou de descrença.

Largamos nossos corpos no sofá por 30 segundos, até que ele se jogou em cima de mim e resolvi chupá-lo novamente. Dessa vez, teria de ser mais rápido, o nosso tempo estava acabando.

Ele não deixou, segurou minha cabeça puxando meu cabelo e disse que não daria pra ser tão rápido. Eu olhava para ele, lambia e mordia meus lábios enquanto ele fazia carinho no seu pau ainda duro e me olhava. Não aguentou. Voltei a chupar. Nosso tempo estourou.

Por fim, ele reclamou: “Você podia estar de saia. Estou louco para te chupar”. Respondi: “Fica para a próxima! Eu nem moro tão longe”, abri a porta, sai para a calçada, entrei na casa ao lado e me surpreendi satisfeita pelos 10 minutos que fizeram a semana valer a pena.

Esta história chegou no meu e-mail e eu não consegui esperar nem um dia para publicá-la. Mande a sua também pro carmenfaladesexo@gmail.com. 😉

]]>
0
Amigo para transar: você ainda vai ter um https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/12/amigo-para-transar-voce-ainda-vai-ter-um/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/12/amigo-para-transar-voce-ainda-vai-ter-um/#respond Sun, 12 Jun 2016 22:32:06 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1730 Recebi a história da Valeria, que tem algo muito valioso para quem não está em um relacionamento sério: um(a) amigo(a) para transar.

Para alguns, eu sei, esse acordo sem amanhã ou promessas é complicado, acaba rolando desejo de posse ou, se não rola, a intimidade sem amor, sem compromisso, não interessa.

Tudo bem, cada uma tem a relação que mais lhe convém e agrada com o sexo, mas flertar, gozar e aliviar frustrações, a meu ver, faz bem à autoestima. Funciona como autoconhecimento, para saber o que queremos sem a nuvem da carência sexual e afetiva.

Eu passei sete anos sem namorado nos meus 20 e muitos anos. Durante esse período, nem sempre tive um amigo para transar, mas quando tive, foram períodos em que me sentia poderosa.

Conheço uma moça que teve por anos uma relação assim com um americano, comissário de bordo de uma grande companhia aérea. Quando a escala de trabalho dele incluía voo para São Paulo, ela já sabia que havia sexo no horizonte. O cara ficava de dois a três dias na cidade e ela praticamente se mudava para o hotel dele. Os dois saíam pra jantar, dançar e passavam madrugadas na banheira e manhãs na cama. O sexo era bom, eles gostavam das mesmas coisas, e ela praticava também o inglês – e além do ‘Oh My God’ e do ‘You´re so hot’ :-).

Depois, ele ia embora e só voltava dali uns dois ou três meses. Era fácil não criar romance ali. O cara nem tinha uma casa direito, vivia numa rotina ensandecida pelo mundo. Não havia elementos para sonhar com compromisso. E se daquele jeito estava ótimo, para que estragar?

Mas vamos ao relato da Valéria.

“Estava em casa, sem fazer absolutamente nada, quando recebo um inbox no Facebook. Era o meu vizinho, que veio com conversinha boba, aparentemente inocente, mas logo combinamos de tomar cerveja naquela noite.

Nosso papo costuma ser bom e a gente faz umas putarias há algum tempo. O melhor de tudo: não fica aquele clima estranho quando ele arruma namorada ou eu começo a sair sério com alguém.

Antes de desligar para tomar um banho e me arrumar, ele escreveu: ‘Tenho uma exigência’.

Perguntei: ‘O quê?’.

‘Venha de vestido. Longo ou curto, não importa’.

Eu adoro provocar, então escolhi um curto, folgado, que me pareceu ideal para ir a um bar. Mas entendi tudo quando ele chegou para me pegar: o safado estava de moto.

Montei na garupa com determinação petulante, sem falar nada. O vestido logo foi subindo até aparecer minha bunda. Ele olhava para trás com o canto do olho, achando a graça.

Eu já estava ficando molhada quando chegamos ao bar. Enquanto me observava tirar o capacete e ajeitar o vestido, meu vizinho sorria com a maior malícia do mundo. Ali na calçada, me abraçou, encostou o nariz no meu pescoço e sussurrou: ‘Quero chupar você até a última gota’.

Entrei no bar já de pernas bambas e quando ele se sentou ao meu lado, percebi o volume dentro da calça. Minha boca encheu de água, juro.

O bar era pequeno e as cadeiras e mesas, próximas. Ele estava ao meu lado, junto à janela. Depois de três cervejas e uma caipirinha, fui me soltando. Eu esfregava a perna dele e ele passava a mão na minha coxa. Era um sobe-e-desce que ia além do vestido, para perto da minha virilha.

Até que ele fez o que eu mais queria. Avançou o sinal, e meteu a mão bem no meio das minhas pernas.  Eu imediatamente fiz o mesmo, apertei o pau duro dele sobre a calça, sem me importar se alguém no bar percebesse.

Ficamos nos olhando, ele puxou minha calcinha de lado e deslizou o dedo, inundação adentro: ‘Você está tão quente’. Eu arfei. Ele veio pro meu pescoço, para beijos, e eu apertei mais o pau duro dele.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Meu vizinho levantou rapidamente e me puxou pela mão. Deixamos os copos de cerveja, os celulares e minha bolsa para trás. De mãos dadas, caminhamos para o fundo do bar. Ele me colocou contra a parede da entrada para os banheiros, onde não havia ninguém circulando. Me prensava com o corpo enquanto me beijava. Entramos em uma porta, nem vi se era do banheiro masculino ou feminino.

Ele se abaixou, puxou minha calcinha até o chão enquanto eu levantava uma das pernas.  Passou a língua no meu clitóris e chupou tudo o que havia de molhado no meio das minhas pernas. Gozei rápido, mas ele não parou. Só parava para me chamar de ‘gostosa’. Minhas pernas não aguentavam mais, mudei de posição e fui direto abrir a braguilha dele. Na minha boca, ele também gozou rápido, na excitação extra de que alguém batesse à porta.

Voltamos para mesa e nem sentamos. Fomos pra moto e pro motel.”

 

Queridos, não esqueçam de me mandar suas histórias picantes, quero muito ler e contar aqui. 

Inclusive, estou procurando uma mulher feminista que, na cama, curta ser submissa. Quem se identificar escreva para carmenfaladesexo@gmail.com

]]>
0
Janela indiscreta https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/04/04/janela-indiscreta/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/04/04/janela-indiscreta/#respond Sun, 05 Apr 2015 00:34:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1205 Pela janela da cozinha, o nosso leitor M. acabou tendo uma experiência gostosa enquanto lavava a louça. Boa noite e divirtam-se!

 

 

***

 

 

Era um noite daquelas bem normais. Como de costume, perto das 19h, ia para a cozinha lavar a louça e preparar algo bem leve para o nosso jantar. Minha mulher normalmente ficava na sala. Conversávamos em voz alta, eu na cozinha e ela fazendo algo na casa. Moro no segundo andar de um prédio e, à minha frente, há um pequeno conjunto de sobrados de dois andares. Naquela noite comum e quente, resolvi abrir a janela da cozinha enquanto lavava a louça.

 

 

Como se fosse uma miragem, surgiu na janela do sobrado em frente um vulto que me chamou a atenção. A pessoa passava bem rápido, de um lado para o outro. Na hora senti um arrepio espinha abaixo, chegando nas minhas bolas, que imediatamente ficaram rígidas, subindo alguns centímetros pelo meu pau. Ainda não sabia se era um homem ou uma mulher, mas aquilo me deixou excitado. Sempre gostei de observar, mas nunca tinha tido essa oportunidade.

 

 

Fiquei ali congelado por alguns minutos até perceber que aquilo que me deixava excitado era uma linda mulher de uns 40 anos, loira, magra da cintura para cima e excitantemente avantajada nos quadris. Da minha janela, não conseguia observá-la de corpo inteiro, mas o que conseguia ver me excitava muito. De congelado passei para hibernado. Não via mais nada à minha volta, já tinha esquecida da minha mulher, da louça, da vida.

 

 

Para meu espanto, a mulher parou na janela e começou a me observar. Tentei me esconder, mas ela viu que eu a observava excitado. Muito surpreso, percebi que ela estava se mostrando para mim. Meu pau já latejava, e dali em diante tudo pareceu surreal. Ela começou a se despir, tirou a blusa e exibiu uma lingerie preta, muito pequena. Com cara de safada, sabendo que eu não poderia fazer nada, ela se abaixou e retirou de uma só vez a saia e a calcinha minúscula. Meu pau gritava. A moça da janela dispensou a saia e ficou apenas com a calcinha na mão. Ela queria me deixar louco. Pegou a calcinha e a cheirou como se cheirasse uma flor num campo de primavera. Eu me segurava para não cair.

 

 

Me olhando daquela maneira “me come”, ela arrancou o sutiã e deixou à mostra aqueles mamilos rosados e duros. Bem devagar, ela foi se afastando da janela ao ponto de eu conseguir vê-la de corpo inteiro. Tão lentamente, ela virou de costas e abaixou, ficou literalmente de quatro, mostrando aquela bunda linda. Quando meu pau estava prestes a explodir, surpreendentemente ela sumiu da janela. Do jeito que veio foi embora. Como num passe de mágica, ela sumiu, me deixando de pau duro…

 

 

Красота

 

 

Pensei comigo: o que fazer? Fui até a sala já de pau na mão, minha mulher não entendeu nada. Como um animal, a joguei de quatro no sofá, levantei sua saia e a lambi. Depois, a soquei de uma vez só, cinco estocadas com muita vontade. Ela gritava de tesão. Mais cinco estocadas e gozei. Até hoje ela não entende o que aconteceu, mal sabe que aquele animal estava pensando na vizinha do rabo gigante, que me faz lavar a louça todos os dias no mesmo horário, como se fosse uma sessão de cinema imperdível.

 

]]>
0
Rapidinha no primeiro encontro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/11/02/rapidinha-no-primeiro-encontro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/11/02/rapidinha-no-primeiro-encontro/#respond Sun, 02 Nov 2014 09:07:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=975 Mais uma das histórias do nosso leitor Cigano, que combina bem com o post recente sobre as rapidinhas. Aproveite!

 

 

***

 

A Carona

 

 

No verão, metade da população vai à praia e as estradas ficam bastante congestionadas. Muitos executivos aproveitam para tirar alguns dias de férias com a família e os “trabalhadores” ficam carregando o piano por mais tempo. Este era o meu caso, mas não o do meu chefe, que estava em férias. Ele e a família me tratavam muito bem e me convidaram para passar um fim de semana com eles.

 

 

Uma irmã dele, que também era “carregadora de piano”, iria neste fim de semana, então combinamos que ela iria comigo, no meu carro. Como previsto, a estrada estava com um enorme congestionamento, agravado por um acidente. Carros parados, da minha posição ao volante eu podia ver parte dos veículos envolvidos no desastre e Marcia, que estava ao meu lado, chegou pertíssimo de mim para tentar ver à frente.

 

 

Podia ter olhado e retornado ao seu lugar, mas não foi o que fez. Ficou bem juntinho, com um belo seio encostado no meu braço, falando pertinho de mim, quase roçando em meu rosto quando se virava para falar comigo. Ninguém é de ferro.  Não aguentei. Aquilo era um desaforo. Segurei seu queixo e dei um beijo suave, seguido por outro não tanto.

 

 

E a guerra começou. Ela beijava muito bem, fogosa como uma gata no cio, quente como um vulcão. Os amassos foram pesadíssimos, passando para mão naquilo e aquilo na mão, até que a estrada fosse liberada. Quando isso aconteceu, como já tínhamos um álibi para o atraso na chegada, paramos no primeiro motelzinho que pintou e partimos para a guerra.

 

 

Marcia era muito bem proporcionada embora estivesse um pouco acima do peso ideal, mas isso, para mim, sempre foi um motivo de atração, pois detesto o tipo “modelo”, que é puro osso. Prefiro as pessoas que têm carne onde agarrar. O tempo era curto, pois não poderíamos demorar muito, então os aperitivos foram rápidos. Tirar a roupa foi fácil, pois como íamos para a praia, as vestimentas eram simples: blusa, camiseta, bermudinha e short voaram longe em segundos, e começamos as carícias.

 

 

Crédito suckmypixxxel.tumbrl.com

 

 

Mesmo com toda a pressa, era necessário curtirmos um pouco a presença mútua, o que foi feito seguindo o mais rigoroso manual da boa trepada, ou seja, muito carinho nos pontos estratégicos, muito levantamento do astral e penetração suave e prolongada ao máximo. Gozamos, e como gozamos. Memorável trepada. A falta de tempo nos obrigou a uma trepada tipo olimpíada, onde o importante era atingirmos o objetivo rapidamente. O repeteco foi rápido, mas também saboroso.

 

 

Na praia, nosso relacionamento foi absolutamente normal, brincamos bastante, jogamos cartas, frescobol, sol, areia e mar com todo o grupo, até não poder mais. Informamos que voltaríamos mais cedo no domingo, pois a ameaça de congestionamento era grande, assim, após o almoço pegamos a estrada, agora com muita pressa, pois queríamos aproveitar o resto do dia curtindo.  Fomos direto para o apartamento que ela dividia com uma colega, que só voltaria de viagem na manhã de segunda.

 

 

Fizemos a festa. No caminho, comprei um champanhe para comemorar e a bebida nos relaxou mais ainda, fazendo com que cada trepada fosse ainda mais gostosa do que a anterior. Trepamos como dois condenados à morte, arrancando o máximo prazer de cada momento…

 

]]>
0
Em público é mais gostoso? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/09/23/em-publico-e-mais-gostoso/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/09/23/em-publico-e-mais-gostoso/#respond Wed, 24 Sep 2014 01:29:38 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=868 Por Rebeca

 

Vou pegar carona no assunto sexo-no-banheiro, que eu e Diana tratamos aqui recentemente, para falar um pouco mais de sexo em público. Há mil histórias de gente conhecida que já transou no cinema, ou em ônibus-leito durante uma viagem, que a pergunta é: em público é mais gostoso? Não creio que para mim funcione assim. Acho que o “em público” é consequência de “que tesão louco, quero transar agora”. Poderíamos estar em qualquer lugar, mas, coincidentemente, estamos em público (ou quase isso). Claro que o medinho de ser pego em flagrante (ou o voyeurismo do outro, que excita a nossa mente) ajuda na combustão. Mas o atalho (“precisamos resolver isso agora”) é a minha maior desculpa.

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

Foi assim que, certa vez, numa cidade do litoral, por volta das 15h, voltávamos da praia. Havíamos passado o dia numa barraca com uns dez amigos, homens e mulheres, com papo bom e muita cerveja. A cabeça já estava um tanto lesada a essa hora da tarde, corpo daquele jeito, mole de sol. E seguíamos no carro de volta ao hotel, numa cidade vizinha. Foi quando começamos a nos provocar no carro, sobre o que faríamos dali em instantes: “Eu vou dar uma lambida gostosa na cabeça do seu pau”. “E eu vou enfiar três dedos em você”… e ficou aquela masturbação mental, os dois rindo de um lado a outro.

 

Eis que encontramos um sinal fechado e, nessa pausa, demos um longo beijo, com as línguas eletrizadas –pelo álcool, pelo sol… O clima ficou mais quente em segundos. Enquanto ele voltava a dirigir com o sinal verde, afastava com o dedo a parte de baixo do meu biquíni. Queria checar o quanto eu estava molhada. E me deixar mais encharcada. Enquanto ele me masturbava dirigindo, eu me soltei para trás no banco, sem querer pensar em nada. Mas a gente já estava muito alto para segurar o tesão. E eu puxei o pau dele para fora da bermuda, comecei a masturbá-lo.

 

Nos olhávamos, embriagados, e ríamos, cada um com a mão no outro, olhos fixos naquela tarde ensolarada. Até que a ideia surgiu naturalmente –vamos encostar o carro em algum lugar. Mas onde, naquele meio do verão, sol de rachar, sem um escuro que nos escondesse das pessoas? Entramos numa rua paralela à avenida principal e procuramos um canto sossegado. Mais para a frente, virando uma curva, havia algumas edificações, mas nenhum sinal de carro nem de gente. Parecia um lugar abandonado…

 

Tirei o meu cinto, fiz ele chegar o banco para trás e montei em cima dele. Por baixo da bata de praia, puxei o biquíni para o lado e sentei no pau dele. O volante atrás de mim restringia meus movimentos, não dava para ser malabarista nessa hora. Mas, nesse movimento devagar, para não me machucar, o sexo ficou ainda mais gostoso. Uma câmera lenta acompanhava a embriaguez, e o tesão pelo toque da pele era multiplicado por três. Algumas vezes, eu ficava sem me mexer muito, para alcançar a boca dele e beijá-lo como se nunca mais fôssemos nos ver. Línguas eletrizadas… Parecia sexo oral (e, ao pé da letra, era).

 

Esse torpor durou alguns bons minutos, não sei quantos ao certo, mas eram suficientes para nos fazer esquecer absolutamente de todo o “público”. Porque não queríamos ser pegos, não queríamos voyeur. Queríamos trepar! Precisávamos!! E de repente o sexo ficou vigoroso, mais intenso, com pressa. E gozamos juntos, como várias vezes fizemos, o que tornava o nosso sexo algo elétrico, os dois se contorcendo juntos…

 

Depois de gozarmos, voltei ao meu banco, ajeitando a parte de cima do biquíni, que deixava os peitos à mostra. Ele se ajeitava e, de repente, os nossos olhos percorreram o local. Não tínhamos nos dado conta do que se tratava a construção quando chegamos, cegos de tesão. E eis que bati os olhos direto em três janelas abertas no segundo piso do prédio, que era um hotel. Uma pessoa passava por ali, como se fosse o corredor daquele andar. Descobrimos que estávamos na lateral do local, por onde não há passagem de carro, mas, sim, de pedestres.

 

Parecia que tínhamos acordado de um transe e eu achava que dez pessoas estavam circulando por ali e apontando para nós. Era imaginação da minha cabeça, mas meu coração estava gelado, queria dar o fora dali imediatamente. Minutos depois, já de volta à avenida, outro sinal fechado, a gente se olhou. Caímos na gargalhada, “ainda bem que não fomos pegos”. Ainda hoje a questão: será que alguém nos viu? Ou: e se alguém tivesse nos visto e a gente tivesse visto essa pessoa nos vendo?

 

Bem, não ficamos para descobrir. E depois desse dia eu já me peguei pensando várias vezes sobre sexo em público. E descobri que, assim como o banheiro do bar, e outros lugares que ainda serão tratados neste blog, o “endereço” não é o cerne do negócio. A questão é que, quando você precisa extravasar o tesão, não dá para esperar chegar em casa (ou sei lá onde). E a sua cega vontade de transar pode fazer muita gente achar que você está ali encenando, só doido para ser visto…

 

E você: transa em público porque não tem outro jeito ou pela pura aventura?

 

 

]]>
0