X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Só assisto BBB pelo sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/06/so-assisto-bbb-pelo-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/06/so-assisto-bbb-pelo-sexo/#respond Thu, 06 Feb 2020 20:13:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2849 Por Dolores

A eliminação de Petrix não foi a primeira ocasião em que o Big Brother Brasil alcançou os trending topics de um jeito esquisito, envolvendo não uma prova do líder ou premiações polpudas, mas, sim, uma investigação da polícia. A ficha criminal do programa envolve suspeitas de estupro, agressões físicas, e até mesmo um participante acusado de abuso de menores.

Os exemplos não foram maioria nas 20 edições, claro, até porque, se fosse esse caso, a emissora certamente já teria cancelado a atração. Trata-se de comportamentos isolados, mas que comprovam uma verdade: assim como acontece na casa televisionada, na vida real, anônima – e em uma proporção ainda maior justamente pela ausência de câmeras vigilantes -, vez ou outra o elenco sofre com um personagem bizarro.

E, se não fossem esses pontos fora da curva, que, por sorte, acabam sempre eliminados em paredões fulminantes, o BBB já há muito não teria motivos para aparecer entre os assuntos mais comentados da internet. É um programa repetitivo, cafona.

Eu, por exemplo, deixei de assistir há anos. Mas admito, porém, que, sob um certo ponto de vista, continuo sendo espectadora do Big Brother Brasil.

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Assisto BBB por causa do sexo. Não este criminoso, que ultrapassa os limites do consentimento, mas, sim, o sexo pervertido e saudável que, vez ou outra, a câmera impiedosa apanha.

Disponíveis em cenas avulsas nos sites de pornografia, os flagras mostram aqueles minutos de descuido em que os participantes se esquecem (ou deixam de se importar, não sei) da filmagem ininterrupta, e dão vazão ao tesão contido por meses de confinamento.

Voyeur que sou, adoro as punhetas escondidas debaixo do edredom, quando nada além da expressão do rosto aparece na tela, casando com o vai-e-vem da mão e do pau camuflados pela coberta. Ou as ereções matinais que escapam do lençol e das cuecas.

Os mais ousados arriscam se comer assim, e nos presenteiam com trepadinhas disfarçadas, cheias de gemidos abafados no esconderijo, mas captados pelos inevitáveis microfones. Isso sem falar nos amassos no chuveiro, em banhos coletivos, as mãos bobas na piscina, os beijos safados pela casa toda.

O que mais me atrai é saber que é gente com tesão transbordando e atuando sozinhos ou interagindo com outras gentes também com tesão transbordando. E, para mim, não tem nada mais sexy do que essa explosão de consentimento.

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Sexo e privacidade: sinônimos https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/04/12/sexo-e-privacidade-sinonimos/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/04/12/sexo-e-privacidade-sinonimos/#respond Sun, 12 Apr 2015 16:53:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1208 Por Rebeca

 

 

 

No domingo passado, dia 5, o americano Kevin Bollaert, 28, foi condenado a 18 anos de prisão na Califórnia por manter um site que cobrava de mulheres dinheiro para apagar vídeos e fotos comprometedoras enviadas por seus ex após a separação. Kevin está todo errado, claro, mas, antes disso, o que os manés dos ex tinham em mente? As mulheres até podem ser em parte culpadas por deixarem ser filmadas. Mas, quando a relação é estabelecida na base da confiança, quem imagina que o cara vai surtar depois de levar um pé na bunda?

 

 

 

Os mais liberais podem achar tudo uma bobagem: “E daí que ela está pelada pela internet?”. E com isso eu fico pensando no nosso anonimato, meu e de Diana, aqui no blog. Um pouco de metalinguagem nesta tarde de domingo, desculpem… Mas é que, desde que o mundo é mundo, sexo é algo íntimo. Entre você e outra ou outras pessoas. Se você quisesse ser tão vista, até que gostaria de ganhar uma grana com isso, sendo atriz pornô. E mesmo que eu participe de um suingue, ele só deve respeito àquelas dez ou 20 pessoas que participaram do sexo grupal –não aos milhões de pessoas que vão me ver pela internet, sem o meu aval.

 

 

 

A questão é que o sexo (e como eu chupo o pau do cara, ou empino minha bunda de quatro para ele, ou gemo mais alto a cada estocada) só diz respeito a nós dois. Eu não permiti que ele, depois de gravar um vídeo para a gente se divertir juntos, liberasse isso para os amigos e os amigos dos amigos dos amigos. Eu não tenho vergonha de fazer o que faço quando estou com um cara, e ele provavelmente vai contar para os amigos alguns detalhes picantes (eu farei o mesmo), mas eu não quero que ninguém tenha provas materiais desse sexo, muito menos de como meu corpo é desnudo, já que eu não tirei a roupa para o amigo dele.

 

 

 

O nosso anonimato entra por aí: eu não tenho vergonha de falar sobre sexo e contar histórias, meus amigos sabem bem disso: “Rebeca sempre tem de colocar o sexo no meio da conversa…”. Mas eu não quero sair andando pelos corredores da empresa onde trabalho com gente que nem conheço sabendo exatamente onde coloquei a boca ontem. É diferente quando alguém escreve um livro pornô de ficção –mesmo que os personagens e as histórias sejam baseados na vida real da autora, ela não está assinando uma carta de confissão. É como comparar o livro de Bruna Surfistinha (confissão total de sua vida) com “Cinquenta Tons de Cinza”.

 

 

 

Letmedothis.com

 

 

 

 

Aqui poderíamos até escrever na terceira pessoa, contando histórias de outras pessoas ou fingindo não ser nossas, para podermos revelar nossas identidades. Não teria a mesma graça. Como também não tem graça o meu chefe saber que o meu sorriso no rosto na manhã de segunda-feira é porque fui comida na noite de domingo no capô do carro do meu vizinho.

 

 

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