X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Um touro na cama https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/28/um-touro-na-cama/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/28/um-touro-na-cama/#respond Tue, 28 Jan 2020 14:00:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2837 Por Dolores

O cara pode até não acreditar em astrologia, mas bastou o papo enveredar para sexo, libido, e frequência na cama que, pronto, agora ser de escorpião é legal pra caramba. Sempre teve essa história de que escorpianos são os seres mais transantes do universo, que são homens constantemente de pau duro, minas que vivem dispostas a virar de quatro a qualquer momento, toda hora é hora, escorpião, cueca e calcinha no chão.

Mas, olha. Primeiro que, como eu disse ali em cima, não era essa parada de signos a maior baboseira do universo? Segundo que, ainda que a partir de agora, que estamos todos debatendo quem é o superpica de aço do rolê, você seja o Oscar Quiroga reloaded, veja bem, há aqui uma falácia.

Que me perdoem os astros, mas os escorpiões não são, não, as melhores transas que existem. Talvez porque se apoiem demais nessa fama toda, escorpianos até podem ter picos mais frequentes de vontade de trepar, porém, sou da opinião de que talvez esse suposto fogo eterno seja sinal de que não estão fazendo direito o suficiente pra se satisfazer e alcançar o gozo ideal.

Preocupados demais em parecer sempre os seres mais duros e molhados, às vezes podem focar mais na performance do que na concentração em busca de receber e dar prazer. Eu é que não queria ser de escorpião.

Sabe quem é o parceiro ideal na cama? Aquele cujo signo garante tesão constante, atuações de excelência, e o maior aproveitamento dos lençóis entre todos os integrantes do zodíaco?

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O meu. O signo de touro.

Ah, mas touro só gosta de dormir e comer, dirão os invejosos que até o começo do texto não sabiam nada de astrologia. Sim, a gente não gosta, a gente adora dormir e comer, e o ponto é justamente esse. Ter um touro na cama significa que a experiência do sexo não vai se resumir ao esfrega-esfrega standard da pornografia – a gente vai muito além.

Porque comer é bom, a gente vai levar umas frutas pra passar no seu corpo, te lambuzar com uma manga suculenta, te encher de chantilly, te escorrer um chocolate. Se dormir é realmente essa delícia que parece, vamos transar bastante e gozar mil vezes, pra que, exaustos, nos enrolemos um no outro até cair no sono de um domingo preguiçoso.

E, quem realmente manja de zodíaco também sabe: o touro é o signo dos prazeres, de modo que, obviamente, sexo também está incluído neste pacote, e a gente nem precisa ficar alardeando nada. Somos, em resumo, um sonho concretizado, um paraíso, a delícia suprema, uns anjos na terra.

Aliás, deixa eu te perguntar: você acredita em anjo?

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A falta que o tesão me faz https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/a-falta-que-o-tesao-me-faz/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/a-falta-que-o-tesao-me-faz/#respond Thu, 17 Oct 2019 18:45:17 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2772 Por Dolores

Em uma reunião de amigas, não muito tempo atrás, comentei que convidava meu namorado pra transar todos os dias – às vezes uma vez, às vezes mais. Elas riram, achando que era piada, mas repeti a estatística e todo mundo fez cara de espanto. “Mas, gente, eu tenho vontade duas vezes por semana, no máximo”, disse a maioria, e fiquei ali me sentindo um alien tarado transpirando testosterona.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Boletos, perrengues, cólicas, tretas. E foi quando finalmente me senti pertencendo 100% à minha gente: nem mesmo os vídeos mais lubrificantes da internet têm me feito pensar em sexo.

Experimentei esfregar diariamente o tal creminho de hormônios nas coxas, em vez de dia sim, dia não, como havia mandado o médico. Sim, eu sabia dos riscos de ficar com um clitóris enorme e de me crescer um gogó, mas meu objetivo era importantíssimo, porque havia uma reputação a se honrar. Como assim eu deixava de ser a máquina de sentar na cara que sempre fui?

A aplicação diária não surtiu efeito algum além dos pelos que ficaram mais grossos. Toma maca peruana, sugeriu um amigo no WhatsApp, parece que a mina dele vinha ingerindo uma cápsula de manhã e arrancando a cueca dele com os dentes à noite. O que é que custava?

Custava R$ 60 o mês, no total. Melhorou minha circulação, fiquei com menos celulite, passei a fazer xixi a cada 20 minutos, mas, querer foder, que é bom, nada.

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Houve quem dissesse que era problema espiritual. Que meu chacra da xoxota estaria bloqueado, e, assim inviável, me fazia ficar com a libido baixa. É em terreiro que tem que ir, perguntei confusa, e me explicaram que bastava uma sessãozinha de reike pro negócio voltar a fluir com leveza. Pois abriram, alinharam, ajustaram a cor de cada um dos meus pontos de luz, mas a situação continuou preta.

Será que a questão são os parceiros? Sou do tipo que de fato se enjoa rápido do mesmo corpo, especialmente se ele não for dos mais suculentos ou funcionais, então podia ser que eu estivesse sofrendo de tédio diante do rodízio dos mesmos pintos.

Acionei contatinhos, comprei calcinha nova e entrei em campo focada na minha missão. Fracasso – nem mesmo a melhor das opções na agenda telefônica foi capaz de me motivar.

Vai ver eu morri e não tô sabendo. Esse deve ser o céu, e aqui realmente não se transa.

E há o fato de que a vida não para enquanto você está sem tesão, né – e, no caso de alguém que escreve sobre sexo, esse quadro é ainda mais cruel. Algo como um cozinheiro de dieta que tem que fazer cheesecake todo dia. Ou um instrutor faixa-preta de caratê que quebrou a bacia e precisa ensinar o ippon à nova turma. Puta enrascada, por todos os lados.

Como é que se sai disso? Como é que se volta a ser o alien tarado da turma, aquela que, até uma semana atrás, vivia pronta, com a calcinha de lado, só esperando para encontrar alguém disposto a se encaixar por trás de mim, curando aquele desespero delícia que o excesso de tesão causa?

Pois foi por isso que vim gritar esta queixa. Porque imagino que essa nossa relação, leitora e leitor, tem que ser uma via de mão-dupla. Ajude sua escritora favorita a reconquistar a libido e a voltar a subir pelas paredes: compartilhe aqui nos comentários, ou no email do blog, aquela sua dica mais poderosa da vida. A recompensa, prometo, vai ser o texto mais safado que eu puder publicar por aqui.

 

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Sem sexo, mas sem perder o gosto por ele, por favor! https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/11/09/sem-sexo-mas-sem-perder-o-gosto-por-ele-por-favor/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/11/09/sem-sexo-mas-sem-perder-o-gosto-por-ele-por-favor/#respond Tue, 10 Nov 2015 00:32:35 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1520 Acabo de abrir o e-mail do blog e me deparo com esta carta de um dos nossos leitores. Ele faz referência ao último post de Diana, sobre o não sexo, sobre a preguiça que impera no cotidiano de um casal –e outros afazeres que fazem o sexo ficar em segundo plano. Essa é uma bela visão masculina, que resume a questão de um modo pragmático e, por que não?, otimista. Você até pode não fazer sexo, mas não pode perder o gosto por ele. Discorda, concorda? O que você acha?

 

 

Muito obrigada, P. A., pela contribuição (sim, essas são as iniciais do nome dele, e não significa o universal PA de pau amigo, rssss).

 

 

***

 

 

Lá vou eu meter o bedelho novamente. Prontas? Em primeiro lugar, gostei muito do texto da Diana. Imediatamente lembrei-me de um artigo muito bom publicado aqui na Folha pelo Contardo Calligaris. Em “O que quer um homem?”, ele discorre sobre qual seria o grande desejo masculino. Chega à conclusão de que o pano de fundo dos anseios do macho é o seu desejo pela a aventura. Recomendo a leitura. Lógico que toda vez que se fala em padrão, há quem seja exceção. E também é um tanto perigoso achar que, por extensão, se os homens desejam aventura, as mulheres devem desejar segurança. Tem que ir com calma pra não ficar reducionista (e machista). Mas assumindo que, em tese, o grande desejo masculino seja de fato a tal “aventura”, vamos tentar entender a questão que você propõe: sexo uma vez por semana é grave?

 

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

 

Voltemos ao início de um relacionamento padrão. Geralmente, cabe ao homem tomar iniciativa no jogo da conquista ainda que, hoje em dia, muitas mulheres o façam. Mesmo assim, independente de quem esteja “conduzindo a dança”, inevitavelmente a pergunta que está sendo feita durante todo o jogo da sedução é sempre uma só: por que eu deveria dar pra você? O ônus de “provar” que é digno de interesse é quase sempre masculino. É o homem que apresenta seus dotes (às vezes literalmente) no sentido de convencer a mulher de que ela deve lhe conceder mais um encontro, mais um drinque ou deixá-lo subir em seu apartamento. Em outras palavras: embora a “dança do acasalamento” seja sempre dançada a dois, em geral cabe ao homem demonstrar que é bom dançarino e que merece mais uma dança.

 

 

Pois bem. Você casou. Ou foi morar junto. Ou está namorando há um tempão. A façanha da conquista vai sendo paulatinamente substituída pela rotina do casal. Esse é um processo natural que faz parte do amadurecimento da relação. É o “viver junto”. Aos poucos você vai ajustando horários, hábitos, gostos, enfim… vai moldando e sendo moldado pela relação. Os hábitos sexuais também. No começo, sempre há mais curiosidade sobre como, quanto e quando o outro gosta de transar. Conforme a aventura vai desaparecendo, torna-se normal que as 2 ou 3 trepadas que rolavam por dia (principalmente se vocês ficavam muito tempo sem se ver), se transformem em 2 ou 3 por semana, no convívio cotidiano. E depois 2 ou 3 por mês .. e por aí vai.

 

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

 

Há outras coisas que vão tomando o interesse do casal: grana, trabalho, carro, casa. Depois de um tempo, o sexo vai se tornando tão “raro” que você entra no “modo de segurança”. Ou seja: só faz aquilo que sabe que vai rolar. Você não tenta trepar na quarta feira porque sabe que ela vai estar cansada. Deixa pro domingo. Você não tenta pegá-la na cozinha porque tomou uns tocos 2 ou 3 vezes. Melhor ir apostar as fichas na cama e no quarto. Você nem pensa em se engraçar ao acordar de manhã, afinal ela está com bafo, descabelada, mal humorada: é “não” na certa. Melhor deixar pra noite. Pronto. Sua transa tem local, data e horário pré-agendados. Tão gostoso (e desafiante) quanto dançar com a tia na festa de família. Houston: we have a problem.

 

 

Some aí um outro aspecto muito importante que você também mencionou: filhos. Recentemente a Tati Bernardi, também colunista da Folha, deu uma entrevista à revista Trip. Entre outras coisas bacanas, ela disse o seguinte sobre este tema: “Mas, depois dos 34, comecei a ter uma vontade violenta de ser mãe, e agora eu tenho um namorado que é a pessoa que eu mais amei na vida. (..) Aos 36 anos eu estou inibindo meus fetiches para poder ser mãe”. Acho essa declaração do caralho. Afinal, não é isso que se passa no corpo e na mente de tanta gente nessa idade? Homens e mulheres!

 

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

 

Nossa sociedade convencionou que nessa “faixa dos 30” é a hora de você consolidar sua carreira, ter os filhos, formar a família. De forma que o desejo sexual, bem .. para ele só sobrou um espacinho no domingo à noite, entre o final do jogo e o começo do “Fantástico”. Adeus, aventura. Certo? Errado. Adeus aventura a dois, isso sim. Freud dizia que nenhum desejo nunca é totalmente reprimido. Sempre vai para algum lugar. E vai mesmo. Alguns são canalizados para a pornografia. Outros para a prostituição. Muitos para o uso abusivo de drogas (álcool, incluso). E até mesmo para a comida. No caso do seu amigo, migrou para os casos extra-conjugais.

 

 

Veja. Não estou querendo “passar o pano” nas atitudes do marmanjo. Nem vamos cair na tentação de fazer um julgamento moral. A questão é outra: o problema dele não está na quantidade de vezes que transa com sua mulher, mas na rotina sexual que eles estabeleceram (no caso a periodicidade do sexo). Talvez ele estivesse mais feliz se transasse menos, mas com mais qualidade. Se ao invés de ter dia e hora marcado, eles se permitissem sair da rotina. E sim, isso é tarefa dos dois.

 

 

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

 

Quem sabe, ela poderia mandar uma mensagem no meio da tarde (com fotos?), o desafiando a chegar mais cedo, por exemplo. E ele poderia, talvez, desafiá-la á contar suas fantasias mais secretas, bem baixinho, em seu ouvido. Será que ela não toparia assistir ele trepando com a gata? Ou será que ela mesmo não gostaria de comê-la? Quem sabe a três. Ou ainda aquele menage pudes se se tornar um swing. Quem sabe?

 

 

A vida a dois é um grande desafio. É um mundo novo, repleto de possibilidades e descobertas infinitas… todos os dias. E não há nada pior do que perder a vontade, o tesão por desbravar mais e mais. Lógico que –e ninguém se iluda– é impossível estar em peripécias todo o tempo. Mas é importante não perder o gosto por elas.

Um abraço!

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O não-sexo (sim, ele existe) https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/11/05/o-nao-sexo-sim-ele-existe/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/11/05/o-nao-sexo-sim-ele-existe/#respond Thu, 05 Nov 2015 12:18:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1505 Por Diana

 

Um amigo casado outro dia me mostrou o celular cheio de mensagens. “Hoje rola?”, perguntava uma menina, dizendo que o namorado ia passar a noite fora. Outra garota sugeria um menàge com outro cara. “Chance única”, ela ameaçou. Nesta noite atípica, ele disse não para as duas. “Vou buscar minha filha na escolinha e dormir cedo”, explicou. Pegaria as pretês em outra ocasião.

 

Crédito: suckmypixxxel.tumblr
Crédito: suckmypixxxel.tumblr

 

Eu, que não sei o que é dar para uma pessoa só por uns dez anos, não pretendo (nem quero) julgar o que fazem os entediados quando estão fora de casa. Mas fico curiosa com o que leva cada um a pular a cerca. A maior parte me diz que nada substitui o prazer de uma fodinha nova, de mais uma conquista. O tesão da era consumista precisa de novidade. Isso, claro, quando a transa com outrem foge ao acordo que eles e elas têm com os parceiros. Muita gente já abraçou o pluriamor.

 

Mas muitos também reclamam da frequência do sexo em seus relacionamentos. O meu amigo do celular, por exemplo, me diz que só transa com a mulher umas quatro vezes por mês. “Aí não dá”, falou. Quando ouvi isso suei frio. Mas peraê, pensei, isso dá uma vez por semana. Eu também só ando comendo o meu uma vez por semana. Tenho outro amigo que reclama que a mulher só topa uma vez por mês –nesse caso, o tom de velório nunca me surpreendeu–, mas toda semana é grave?

 

A Diana de 20 e poucos anos acharia uma vez por semana um escândalo. Eu morava com um namorado e a gente transava umas três ou quatro vezes. Mas para lá dos 30, convenhamos, a vida ficou diferente. E não só a minha, me diz o senso comum. Mas de toda forma fui perguntar por aí.

 

Segundo a minha pesquisa nada científica, fora do mundo do pornô, dos blogs de sexo, da solteirice e da minha mente, que graças a deus é pervertida, de fato a trepadinha semanal é a vida real de muita gente. É o que resta de tempo para um casal que trabalha demais, tem muitos planos para o final de semana, se exercita bastante, precisa resolver coisas da casa e ainda quer dormir um tanto razoável. Com filho, então, uma vez por semana é a meta, e olhe lá, me dizem. Quando sobra tempo, esse casal está cansado demais, ou estressado demais, para ter tesão.

 

Também dizem à boca pequena que mulher estressada não quer sexo, enquanto homem estressado usa o sexo para relaxar. Como anedota, não discordo. Mas obviamente não existem regras para essas coisas.

 

É grave? Doença terminal? Acho que não –é só fase. O problema é quando a gente se acostuma com este ritmo, e com essa falta de sexo, e acha que está tudo normal. Vamos adiando, porque hoje temos que trabalhar, amanhã é a ioga, na sexta temos happy hour com colegas e no final de semana estamos exaustos demais. Afinal, o outro está ali disponível qualquer dia, não precisa ser hoje…

 

Ah, mas precisa ser hoje, sim. Não dá pra deixar a inércia se instalar –depois é difícil de sacudir. Então, pela nossa própria sanidade, é preciso se fazer esse carinho. Sexo ganha do episódio de Narcos que você está para assistir. Sexo ganha da ioga. Desliga esse computador, vai, e vamos trepar.

 

Agora, com quem o sexo multisemanal vai rolar já não é da minha alçada…

 

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