X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Testamos o lubrificante de jambu https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/testamos-o-lubrificante-de-jambu/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/testamos-o-lubrificante-de-jambu/#respond Sat, 14 Nov 2020 22:28:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3060 Por Dolores

Essa é uma casa em que se faz sexo anal com frequência. É uma prática que agrada a todos os envolvidos, e ninguém tem os grilos que com frequência aparecem quando o assunto é esse. Ou seja: aqui se gasta um tubinho de lubrificante por mês, em média.

Sendo assim, é sempre bom saber que existem outras opções além daquele clássico vendido em qualquer farmácia (que é bom, nunca me deixou na mão, importante dizer). Os sex shops costumam ter sugestões.

Já experimentei algumas delas, mas acho que são sempre mais voltadas para a cenografia do que para a funcionalidade em si. Mais cheirinhos, mais embalagem, mais glamour, e pouca entrega do que eu realmente preciso, que é não me machucar na hora de dar a bunda.

Passeando no Instagram, encontrei uma marca chamada Lubs. Visual condizente com a rede em que anunciava, diversidade de atores nas fotografias, e três versões de lubrificante disponíveis. Parecia interessante.

Recebi em casa uma caixinha com os produtos, em embalagens que mais lembram produtos pra pele do rosto, pro cabelo. Não à toa a marca define seu nicho como “sexual-care”, e promete que seus produtos são “lubrificantes corporais”.

O primeiro ponto que chama a atenção nas três versões é a textura. Bem diferente do concorrente da farmácia, ele é praticamente idêntico à lubrificação natural. A ideia, parece, é reproduzir o líquido que tanto mulheres quanto homens produzem quando ficam com tesão. E, assim, com bem mais cara de “baba” do que de gel de cabelo, os três já ganharam rapidamente minha atenção.

Naked Taste

Para quem não curte cheiros e prefere uma viagem mais neutra, o lubrificante sem sabor nem essência é o ideal. Mas, pra quem topa mesclar os produtos naturais do corpo com gosto e perfume de baunilha, a marca oferece um tubinho que, garante, é feito apenas de favas naturais, nada sintético.

Mas a grande estrela, na minha opinião, é o lubrificante à base de jambu, a planta típica do Pará, famosa como ingrediente de cachaças e por seu efeito clássico: adormecer a boca de quem a prova.

Experimentei em uma transa voltada unicamente para o sexo oral e a masturbação. Primeiro, usei no meu parceiro para facilitar bater punheta. Com alguns poucos minutos de aplicação, ele disse não ter sentido nenhum grande efeito diferente do usual.

A graça veio, então, quando comecei o sexo oral com o lubrificante já espalhado nele. Não demorou para a ponta da língua começar a ficar engraçada, os lábios foram pelo mesmo caminho logo em seguida. Para quem curte chupar, vira uma atração adicional, e diversifica o prazer.

A marca apresenta o jambu como algo que “vibra”. Essa é uma explicação comum quando se tenta descrever o efeito da planta no corpo. Dona Onete, cantora deusa e patrimônio da música paraense, canta que o “jambu treme, treme, treme”, e você certamente já ouviu essa letra.

Para mim, o jambu é como aquelas balas de pozinho que a gente comia quando criança, e vinha num envelope tipo de figurinha. Botava-se em cima da língua, e em contato com a saliva ela começava pequenas “explosões”.

Voltando ao teste. Finalizamos com mais um pouco de punheta, e ele finalmente sentiu o jambu atuar. Disse que não é que facilitou chegar ao orgasmo, mas que o lubrificante produziu uma queimação divertida e que, de novo, se transformou em mais uma coisa gostosa para prestar atenção.

Depois que gozou ele aplicou em mim, primeiro com massagem no clitóris, depois com um vibrador que adoro, chamado Volta. Já na massagem com os dedos senti um tipo de frescor engraçado nos grandes lábios, e, na hora do orgasmo, acho que a sensação foi parecida com a do namorado.

E, sim, importante falar do sexo anal, como mencionado lá no começo do texto. Nessa hora, tanto a versão neutra quanto a de baunilha deram conta do recado com performance igual à dos concorrentes. O diferencial ficou por conta da sua textura mais próxima da lubrificação natural do corpo, que parece proteger melhor de fissuras e machucadinhos que às vezes acontecem em transas dessa natureza.

Em resumo, são boas opções para se ter no criado-mudo. Especialmente em tempos de quarentena, quando acontece não só de o tesão estar mais em baixa e às vezes ser preciso dar uma forcinha extra à lubrificação, mas também considerando-se que, mais que nunca, qualquer novidade é muito bem-vinda.

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O vizinho da 20B https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/10/23/o-vizinho-da-20b/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/10/23/o-vizinho-da-20b/#respond Fri, 23 Oct 2020 14:32:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3043 Por Dolores

Uma vida toda tendo vizinhos sem graça. Talvez eu tenha morado nos prédios errados por todos esses anos, ou quem sabe fosse culpa dos bairros. Ouvi dizer que tem muito velhinho na zona Sul, e que perto do centro é só homem gay. E como não tenho tesão em nenhum dos dois, infelizmente, acabou que passei décadas sonhando com um vizinho gostoso, e tendo que me conformar com o seu Arthur do 92.

Daí que vim passar uma parte da quarentena em outra cidade, fugir um pouco do confinamento sufocante do minúsculo apartamento na capital, e aluguei um lugar confortável no litoral. A casa fica dentro de um condomínio a três quadras da praia, tem crianças jogando bola nas ruas fechadas. E tem também o cara da 20B. O primeiro vizinho gostoso da minha vida.

A 20B fica de frente pra minha casa. Temporariamente minha, né. Mas é que já me sinto tão à vontade por essas bandas, até dei pra andar sem sutiã quando o dia está quente e passo a manhã toda na areia, volto pra cá só pra hora do almoço e de novo caio no mar. E foi numa dessas que um dia vi o 20B me espiando.

Não foi esquisito. Ele não estava escondido, e era um dos dias em que eu não faço questão de me esconder – ou seja, tudo combinando. Passei pela janela da sala, ele passou pela dele, eu vi que ele via, ele viu que eu vi. Mas foi só, e demorou até acontecer de novo.

Ontem fez muito sol aqui. Ignorei todas as reuniões do trabalho. Avisei que estava com dor de garganta e que precisava descansar. Fui pra praia logo cedo, entrei no mar várias vezes, não senti qualquer culpa pela mentira. Na volta, a alegria pela pele quente e pela água gelada me levaram à porta do 20B.

Ele perguntou quem é, quando toquei a campainha. Abriu de cabelo molhado, acho que saído do banho. Tão limpo, e eu tão suja. Pensei que queria enchê-lo de areia também. Ele elogiou meu biquíni, perguntou se podia ajudar. Respondi que não queria almoçar sozinha de novo. Mandou entrar.

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(Reprodução Pinterest)

Ninguém disse mais nada. O biquíni, tão lindo como ele tinha dito, caiu primeiro com a parte de cima no chão. Ele esfregava com força a barba comprida pelos meus peitos, vindo da lateral das costas até chegar aos mamilos, que chupou primeiro devagar e depois com bastante pressão. Quase doeu.

Com as mãos abertas e paralelas, desceu simetricamente pelo quadril e veio descendo a calcinha, que se enrolou até encostar nos meus pés. Usando o polegar e o indicador, abriu minha buceta até conseguir enxergá-la com nitidez, encostando então só a ponta da língua no lugar exato que buscava desde o começo.

Paciente, me esperou gozar ainda de pé. Quando olhei pra baixo, o pau já estava inteiro para fora do calção, molhado de expectativa. Soltei o que faltava do biquíni, e me ajoelhei ainda mais baixo que ele, para, com a bunda empinada pro alto, lamber um fiozinho que se esticou enquanto eu afastava a boca pra me dirigir ao sofá.

Ele deve ter achado a bunda tão bonita quanto o biquíni. Porque me posicionou com ela de novo para cima, o braço do sofá escorando minha barriga, minhas mãos espalmadas da janela da sala, aquela mesma pela qual nos vimos a primeira vez.

Enquanto gozava de novo, desejei poder estar nos dois lugares ao mesmo tempo: ali, com ele entrando em mim por trás, e lá em casa, a minha casa temporária, só pra poder espiar o casal no 20B transando feliz numa tarde quente de sol.

 

 

 

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A três https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/24/a-tres/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/24/a-tres/#respond Mon, 24 Aug 2020 17:36:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3008 Por Dolores

Com o dedão apoiado na minha fatia de pizza, ele perguntou o que eu achava de furar a quarentena. Devo ter revirado os olhos, porque é o que eu sempre faço quando ele me pergunta o que eu acho de furar a quarentena. É um assunto que gera brigas intermináveis em casa. Pedi pra ele soltar o meu pedaço de catupiry, você não há de me comprar com gentilezas.

Mas a ideia, pela primeira vez em quase seis meses, agora parecia boa. Ele não queria abrir uma exceção para ir visitar ninguém, nem para ir ao bar com a galera, tampouco para viajar para São Sebastião. A quarentena ia ser furada para que ele me comesse junto com um amigo. Se eu revirei o olho agora, a sensação certamente era outra.

Tudo se arranjou rapidamente. E não deu nem uma semana e o rapaz estava aqui. Arrumado, mas sem dar muito na cara, o cabelo cacheado cheiroso que dava pra sentir de longe.  Camisa meio aberta no peito. Me pareceu nervoso, só não mais do que eu, que de uma hora para a outra desaprendi a segurar coisas sem deixar tudo cair.

Com todo mundo de pé, encostados no balcão da cozinha americana, foi que o negócio começou a rolar. Acho que alguém deu a desculpa de olha a arquitetura dessa reforma que magnífica para levantar e tomar a iniciativa. O fato é que rapidinho teve beijo triplo, e mais rápido ainda meu vestido foi para o chão.

A luz do quarto já estava ajeitada pra não constranger nem tirar a graça. O lençol, limpíssimo. Eles terminaram de tirar a minha roupa, lambendo meus peitos e passando as mãos (quanta mão) pelas minhas coxas.

polygamy | Jack Fisher's Official Publishing Blog

Virei, bem malandra, de quatro, de costas para eles. Queria ver como era ter a bunda mordida por dois, e duas caras se enfiando com nariz, língua e boca dentro de mim. Recomendo.

Revezamos por um tempo com um na manutenção dos acessórios enquanto o outro me penetrava. E era curioso ver os estilos diferentes – enquanto um se sentia mais em um pornôzão meio violento, o outro era mais amorzinho e chamego. Muito bom poder misturar tudo numa trepada só.

Lá pela meia hora de diversão, foi quando alguém arriscou a sugestão que todo mundo esperava. O amigo sentou recostado na cabeceira, pernas de índio. Eu sentei por cima, fui deslizando inteira até terminar de engolir o pau inteiro. Muito beijo, porque era dele o papel do romance.

Depois de observar um pouco a cena, o outro veio por trás de mim, o pau duríssimo, e se esfregou já bem molhado para começar a enfiar na minha bunda. Quando encontramos o ritmo, todo mundo junto, em sintonia rumo ao gozo, eu já nem me lembrava mais de quarentena nenhuma. E revirei o olho pela terceira vez.

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O último conto erótico https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/04/o-ultimo-conto-erotico/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/04/o-ultimo-conto-erotico/#respond Tue, 04 Aug 2020 23:15:00 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3001 Por Dolores

Nenhum dos dois dormiu direito. O assunto surgiu pouco antes de caírem no sono, o que fez com que ninguém realmente caísse em lugar nenhum, talvez ela tenha caído na real, difícil saber. Tomou dois comprimidos, chorou um pouco no banheiro, pensou que todo mundo fica mais bonito no dia seguinte depois de chorar. Haveria vantagens.

Quando abriram os olhos definitivamente, ela questionou o que ele queria de fato fazer, se era algo a curto prazo, se dava para esperar um pouco. E foi quando ele, depois de um silêncio de quatro minutos, olhando para o teto e sem conseguir encará-la, disse que talvez tivesse se precipitado, não era bem aquilo que queria dizer. Talvez não tanto, ou não agora. Andava confuso.

Ela não sentiu um grande alívio, como achava que era o ideal que sentisse, mas também decidiu que não tinha energia para chafurdar no problema, então concordou que deixassem o tema suspenso temporariamente, no mínimo levantar para tomar café e ver como se desenrolava o fim de semana.

Achou por bem rolar até onde ele estava na outra beirada da cama, pazes têm que ser oficializadas com selinhos, e passou a coxa por cima da virilha dele, fazendo escorregar sem querer o shortinho de elástico frouxo com que ele dormia desde a quarta-feira passada.

Foi muito natural como se prolongaram abraçados, e veio dele a ideia de um beijo mais molhado, por mais tempo, com a língua junto, não era a hora de selinhos, deve ter pensado, discordando dela como sempre. Mais beijo, mais língua, mais água, e ele desceu a mão pelas costas dela, que realmente não esperava qualquer movimento do tipo, até chegar à curva da bunda.

World Sleep Day: How sleep affects your sex life and sexual health ...

Talvez ele tenha realmente se questionado por alguns segundos se ela achava aquilo tudo aceitável, ou talvez tenha sido só impressão dela, esse intervalo, mas o fato é que ele prosseguiu com o plano, fazendo a mão em concha na nádega esquerda, mas muito rapidamente, porque o que ele queria mesmo era chegar com dois dedos, quem sabe três, perto da boceta dela.

Que estava molhada, estava ali uma surpresa, quem diria que depois de algo tão pesado ela poderia ter tesão também, ele de pau duro, a cabeça escapando da cintura do short esgarçado, resolveu que era viável arriscar socar mais os dedos para dentro, agora que já estamos aqui, por que não? Ela deixou, e rebolou um pouco para facilitar o caminho. Duas falanges, e contando.

Foi dela a ideia de tirar rápido toda a roupa, dela primeiro, dele depois, apoiar a mão direita na cabeceira de veludo, e nem perguntar se era aquilo mesmo que ele queria, parecia claro, um pau duro nunca mente. Sentou de uma vez, inteira, ele suspirou de olho fechado, ela se ergueu para descer de novo, e ele gemeu ainda mais alto.

Lembra de ter ouvido pra que fosse um pouco mais devagar ou parasse, porque talvez ele fosse gozar muito rápido, mas tem a impressão, agora olhando de longe, passado um tempo de tudo, de que não se importou com o pedido, de que, se ele podia ser egoísta e resolver acabar com tudo assim do nada, e com uma justificativa tão babaca, ela também tinha o direito de fazer como bem entendesse, ao menos na última trepada não era o desejo dele quem viria primeiro.

Claro que ele gozou primeiro, disso ela já sabia. Mas fez com que ele terminasse, depois, para ela, primeiro com a mão por um pouco, depois com a boca, porque queria que a despedida fosse assim, com ele engolindo dela a ordem, as águas e o silêncio.

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Um ovo para ele https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/29/um-ovo-para-ele/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/29/um-ovo-para-ele/#respond Thu, 30 Apr 2020 00:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2925 Por Dolores

Independentemente dos meus relacionamentos, sou rata de sex shop já há anos. Com ou sem parceiro, gosto de conferir as novidades das marcas, quase sempre fazendo o roteiro de passear pelo online para, depois, dar um pulo na loja física. Às vezes, acontece de namorar alguém que também curte o mesmo rolê, e então tudo é feito em conjunto, da escolha à utilização.

Atualmente tem sido assim. Tenho um namorado tão animado quanto eu na cama, e nos divertimos xeretando lançamentos, e tendo ideias para aproveitar bem o catálogo inteiro do sex shop perto de casa. Na última compra, levamos um anel vibratório peniano, um gel diferentão e um plug anal, a grande tara do momento.

E foi assim, ao fuçar novidades, que me deparei com um masturbador masculino diferente dos que já conhecia. Entre os membros de silicone e afins, sempre achei um tantinho esquisitos aqueles copos com textura por dentro, para enfiar o pau como se fosse uma xoxota ou uma bunda, mas, ok, consigo entender o tesão. Só que esse me pareceu uma evolução, e fiquei animada.

Comprei de presente, sem contar nada. A quarentena é engraçada, porque ficam chegando pacotinhos na portaria, já que ninguém sai pra lugar nenhum e tudo que se compra é em comércio online. Sabia, então, que mais uma caixinha chegaria, e que rapidamente se tornaria a favorita de todas.

Ele abriu sem saber do que se tratava, porque os sex shops são sempre muito discretos e geniais ao não botar o nome de nada sexual na embalagem. Foi assim que se deparou com um chicote, uma venda, e ele, o ovinho para punheta.

World Record Egg was one of the top tweets of 2019 | Engadget

Criado por uma marca japonesa, o Tenga Egg está disponível em uma porção de texturas internas – tem de nuvem até ondinhas. Vem em uma caixa plástica na forma de ovo, do mesmo tamanho. Você descasca o plastiquinho que a envolve, e então sente na palma da mão o porquê de o produto fazer tanto sucesso: a sensação é igualzinha à da pele humana.

O ovo acompanha uma dose de lubrificante, mas que pode ser reposto por outros similares à base de água nos usos seguintes. A quantidade enviada é mais que suficiente, e, aqui em casa, até sobrou bastante, melecando o cobertor. Além disso, o fabricante também envia junto uma forma plástica útil para que o ovinho mantenha a forma, evitando que as paredes grudem uma na outra na hora de guardar.

Sigamos para o uso, afinal. O formato de ovo pode ser mantido para executar o famoso “espremedor de limão” na glande, mas, quando a masturbação ganha ritmo, o legal é esticá-lo até a base do pau, provando a versatilidade do Tenga Egg. E é nesse processo que a textura interna parece fazer uma boa diferença.

Aqui em casa testamos só uma, por enquanto. É que o brinquedo, embora não chegue nem aos pés da fortuna que custa um vibrador feminino, por exemplo, tem um precinho que não permite que se faça um estoque, ainda mais em tempos de contenção de despesas por causa da pandemia. Encontrei online opções que vão dos R$ 50 aos R$ 80, em média.

O consenso geral é de que vale muito a pena investir em ao menos um modelo, e de que, ainda que cada um deles guarde suas diferenças, trata-se de um produto que vai fazer sucesso de qualquer jeito, individualmente e em casal. No meu caso, foi sensacional assistir meu parceiro usando o ovinho, ajudá-lo na punheta, e, por fim, ver a aprovação em forma de gozo espalhada na barriga dele.

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No carro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/#respond Wed, 15 Apr 2020 01:19:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2907 Por Dolores

Ninguém mais leva bolsa, porque ninguém mais leva nada para colocar lá dentro, e nem mesmo o bolso da calça faz falta, mais, porque basta pegar um cartão de crédito e um frasco de álcool gel. Por isso, ela veste uma legging para sair de casa, sabe que ele gosta, e ainda fica confortável. Mais um dia inteiro dentro de casa, com uma breve fuga para ir ao mercado comprar comida.

Esquema de guerra entre os corredores, cada um com metade da lista, ela corre para as geladeiras, ele faz as frutas e legumes. Em pouco tempo, estão na fila do caixa mantendo a distância de um metro do cliente da frente que passa na esteira quilos e quilos de arroz e macarrão.

Ele pergunta se ela quer levar um vinho. Ela sorri por baixo da máscara, está querendo me embebedar, que eu sei. Se beijam como se não houvesse o pano. Com a mão espalmada na metade direita da bunda dela, ele escorrega dois dedos para entre as nádegas e dá uma forçadinha. A ponta do indicador entraria inteira no cu se, de novo, um tecido não cortasse o clima.

Foram de carro, porque a lei já permite que se prendam as pessoas que caminharem pela rua sem motivo. Encher a despensa até parece explicação suficiente, claro, mas a regra atual é que apenas uma pessoa de cada família saia de casa a cada vez, o que torna injustificável a presença do casal nas ladeiras do bairro.

No carro, estão menos óbvios. Por trás das janelas filmadas, podem fingir ser um só. Vêm calados o caminho inteiro, ela não faz ideia de que o silêncio dele tem como explicação um tesão repentino, maluco. Não transparece por trás do pouco que a máscara deixa ver do rosto, e da calça jeans, que amassa o pau duro preso na costura do zíper.

A vaga, num canto perto do portão do prédio, dá a bunda para duas paredes ornadas com câmeras de segurança que certamente enxergam o que se passa no entorno do sedan. Mas lá dentro, nos bancos, o segredo continua. E é porque sabe dele que, antes que ela agarre a maçaneta para abrir a porta e descer, ele redireciona a mão dela para o meio das pernas e pede que ela o chupe.

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As luzes de sensor se apagam na garagem. Resta só a luminosidade natural que entra pelos pequenos vitrôs que dão para a rua de baixo. Um feixe se projeta do ombro dela, e vai descendo pela escápula, costelas, cintura, até que passa a brilhar no quadril em movimento conforme ela rebola de excitação pela aventura, e se balança para frente e para trás para dar conta da tarefa de engolir e engolir de novo e de novo o pau dele em um ritmo que só aumenta.

Ele força com a mão a cabeça dela para baixo, e se força, com o apoio dos pés nos pedais, para dentro da boca dela com cada vez mais força e insistência. Vai gozar, ela sabe. Reconhece pela respiração e pela textura na língua, quando se enrijece e alisa. Ajuda com a mão direita em um vai e vem cheio de pressão, e que intromete no boquete um gosto de álcool gel esquisito.

Engole tudo, acostumada à assepsia necessária ao momento no mundo. Repõem as máscaras, pegam as sacolas das compras, e sobem para o apartamento, deixando os sapatos no hall do elevador, em frente à porta de serviço.

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Coração no meio das pernas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/17/coracao-no-meio-das-pernas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/17/coracao-no-meio-das-pernas/#respond Mon, 17 Feb 2020 20:02:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2860 Por Dolores

Prega o dito popular que é com a cabeça de baixo que pensam os homens. Sempre achei engraçado, isso de dar o nome de outra parte do corpo pra um lugar adicional. Tão engraçado quanto seria se a gente tivesse mais um pedaço chamado queixo, ou uma segunda bunda abaixo do joelho.

Mas, quando começo a rir do costume de chamar chapeleta de cabeça (sim, porque é esse o nome correto da anatomia, chapeleta, repita em voz alta e veja quanta musicalidade), eu lembro que, no meu corpo, cometo a heresia de dobrar órgãos além dos que já vêm em pares de fábrica.

Enquanto todo mundo tem rins, pulmões, ovários, amígdalas, eu sou aquela que tem dois corações. Um é do modelo clássico, bate no peito, acelera na ladeira, e o outro, mais raro, fica instalado lá no fundo da xoxota.

Um pouco menor, garantem as ressonâncias, algo como metade do tamanho do que é igual ao de todo mundo. Também pudera: enquanto o tradicional tem funções múltiplas, o extra serve apenas para complicar a minha vida.

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É por causa dele, o coração genital, que me apaixono por todo mundo com quem transo. Quando era só homem que me comia, eu achava que, de algum modo, a chapeleta (viu? nada de cabeça) roçava de levinho ou com força, e o estímulo contínuo acabava, feito lâmpada mágica, fazendo brotar de lá de dentro o amor em sua genialidade.

Mas, depois que passei a também gostar de pegar meninas, vi que não tinha necessariamente nada a ver com o toque, e que a proximidade bastava. Ter ali por perto, na xoxota, algo quentinho e delicioso, era o suficiente pra que o coração número dois batesse muito mais forte.

E é um problema cair de amores sempre que se vai pra cama. Primeiro porque tem gente que não merece o coração que come. Segundo porque, no caso de cruzar com alguém que é digno, volta aquele velho problema que já se enfrenta no caso do coração elementar: ter que, também com o adicional, reparti-lo em dezenas de pedaços.

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Só assisto BBB pelo sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/06/so-assisto-bbb-pelo-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/06/so-assisto-bbb-pelo-sexo/#respond Thu, 06 Feb 2020 20:13:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2849 Por Dolores

A eliminação de Petrix não foi a primeira ocasião em que o Big Brother Brasil alcançou os trending topics de um jeito esquisito, envolvendo não uma prova do líder ou premiações polpudas, mas, sim, uma investigação da polícia. A ficha criminal do programa envolve suspeitas de estupro, agressões físicas, e até mesmo um participante acusado de abuso de menores.

Os exemplos não foram maioria nas 20 edições, claro, até porque, se fosse esse caso, a emissora certamente já teria cancelado a atração. Trata-se de comportamentos isolados, mas que comprovam uma verdade: assim como acontece na casa televisionada, na vida real, anônima – e em uma proporção ainda maior justamente pela ausência de câmeras vigilantes -, vez ou outra o elenco sofre com um personagem bizarro.

E, se não fossem esses pontos fora da curva, que, por sorte, acabam sempre eliminados em paredões fulminantes, o BBB já há muito não teria motivos para aparecer entre os assuntos mais comentados da internet. É um programa repetitivo, cafona.

Eu, por exemplo, deixei de assistir há anos. Mas admito, porém, que, sob um certo ponto de vista, continuo sendo espectadora do Big Brother Brasil.

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Assisto BBB por causa do sexo. Não este criminoso, que ultrapassa os limites do consentimento, mas, sim, o sexo pervertido e saudável que, vez ou outra, a câmera impiedosa apanha.

Disponíveis em cenas avulsas nos sites de pornografia, os flagras mostram aqueles minutos de descuido em que os participantes se esquecem (ou deixam de se importar, não sei) da filmagem ininterrupta, e dão vazão ao tesão contido por meses de confinamento.

Voyeur que sou, adoro as punhetas escondidas debaixo do edredom, quando nada além da expressão do rosto aparece na tela, casando com o vai-e-vem da mão e do pau camuflados pela coberta. Ou as ereções matinais que escapam do lençol e das cuecas.

Os mais ousados arriscam se comer assim, e nos presenteiam com trepadinhas disfarçadas, cheias de gemidos abafados no esconderijo, mas captados pelos inevitáveis microfones. Isso sem falar nos amassos no chuveiro, em banhos coletivos, as mãos bobas na piscina, os beijos safados pela casa toda.

O que mais me atrai é saber que é gente com tesão transbordando e atuando sozinhos ou interagindo com outras gentes também com tesão transbordando. E, para mim, não tem nada mais sexy do que essa explosão de consentimento.

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Um touro na cama https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/28/um-touro-na-cama/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/01/28/um-touro-na-cama/#respond Tue, 28 Jan 2020 14:00:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2837 Por Dolores

O cara pode até não acreditar em astrologia, mas bastou o papo enveredar para sexo, libido, e frequência na cama que, pronto, agora ser de escorpião é legal pra caramba. Sempre teve essa história de que escorpianos são os seres mais transantes do universo, que são homens constantemente de pau duro, minas que vivem dispostas a virar de quatro a qualquer momento, toda hora é hora, escorpião, cueca e calcinha no chão.

Mas, olha. Primeiro que, como eu disse ali em cima, não era essa parada de signos a maior baboseira do universo? Segundo que, ainda que a partir de agora, que estamos todos debatendo quem é o superpica de aço do rolê, você seja o Oscar Quiroga reloaded, veja bem, há aqui uma falácia.

Que me perdoem os astros, mas os escorpiões não são, não, as melhores transas que existem. Talvez porque se apoiem demais nessa fama toda, escorpianos até podem ter picos mais frequentes de vontade de trepar, porém, sou da opinião de que talvez esse suposto fogo eterno seja sinal de que não estão fazendo direito o suficiente pra se satisfazer e alcançar o gozo ideal.

Preocupados demais em parecer sempre os seres mais duros e molhados, às vezes podem focar mais na performance do que na concentração em busca de receber e dar prazer. Eu é que não queria ser de escorpião.

Sabe quem é o parceiro ideal na cama? Aquele cujo signo garante tesão constante, atuações de excelência, e o maior aproveitamento dos lençóis entre todos os integrantes do zodíaco?

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O meu. O signo de touro.

Ah, mas touro só gosta de dormir e comer, dirão os invejosos que até o começo do texto não sabiam nada de astrologia. Sim, a gente não gosta, a gente adora dormir e comer, e o ponto é justamente esse. Ter um touro na cama significa que a experiência do sexo não vai se resumir ao esfrega-esfrega standard da pornografia – a gente vai muito além.

Porque comer é bom, a gente vai levar umas frutas pra passar no seu corpo, te lambuzar com uma manga suculenta, te encher de chantilly, te escorrer um chocolate. Se dormir é realmente essa delícia que parece, vamos transar bastante e gozar mil vezes, pra que, exaustos, nos enrolemos um no outro até cair no sono de um domingo preguiçoso.

E, quem realmente manja de zodíaco também sabe: o touro é o signo dos prazeres, de modo que, obviamente, sexo também está incluído neste pacote, e a gente nem precisa ficar alardeando nada. Somos, em resumo, um sonho concretizado, um paraíso, a delícia suprema, uns anjos na terra.

Aliás, deixa eu te perguntar: você acredita em anjo?

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O cara que está me comendo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/o-cara-que-esta-me-comendo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/o-cara-que-esta-me-comendo/#respond Wed, 04 Dec 2019 12:41:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2795 Por Dolores

Foi num dia de pouco trabalho que recebi a mensagem com o convite. “E aí, gata, vem comigo no Detran?”, e claro que parecia piada num primeiro momento, mas, dado que o relacionamento andava naquela fase boa de grude do começo, pensei que não havia mal em largar as duas únicas tarefas a que tinha me proposto, e aceitar o passeio.

Tanto fazia que o lugar era imundo e cheio de gente, e que imperava um calor africano e que nenhum dos ventiladores das salas velhas parecia estar realmente ligado – ele era um gostoso, e, nesse caso, a temperatura surreal virava quase uma vantagem, porque homens tesudos suam de um jeito mais salgado e bom. E eu tenho tesão no cheiro de suor do cara que está me comendo.

Não que ele estivesse me comendo ali. Nem dava. Os banquinhos eram até colados além do necessário, fico imaginando o desconforto de estar com a coxa roçando em alguém que não se deseja, mas não tinha como arriscar nem uma mão boba naquele panorama aberto. O-cara-que-está-me-comendo é o nome oficial do cargo que ele ocupava, o emprego dele na época.

Eu não sei quantos dias por ano o sistema do Detran costuma cair, mas sei que, se eu agendar serviços seis vezes de janeiro a dezembro, o sistema falhará seis vezes, e a mesma coisa acontece se eu agendar apenas uma ida, quando o sistema vai cair em uma única ocasião naquele ano: o meu dia. De modo que, óbvio, os atendentes explicavam que estava tudo muito mais lento por causa dos computadores, e, óbvio, amargaríamos mais umas boas horas entre uma etapa e outra da renovação da habilitação.

Previram duas horas, por exemplo, só entre a parte em que ele tiraria uma foto bem bonita para o novo documento, ignorando todas as regras que dizem que todo mundo sai mal em situações como essa, e a outra etapa, em que seria preciso passar por um médico para um exame de saúde rápido, a fim de checar reflexos, força e visão.

Escolhemos matar o tempo e a fome juntos, e nos enfiamos numa cantina que prometia carbonara a R$ 25. Honesto e calórico na medida. Não havia ninguém no restaurante àquela hora, ainda antes do meio-dia, exceto a legião de garçons vestindo uniformes antiquados e cheios de modos amplos e olhares curiosos.

Depois de oferecer os dois cardápios, deram alguns jeitos de voltar à mesa com sugestões de couvert, bebidas, depois mais bebidas diferentes, cestinhas com temperos, guardanapos frescos, certamente animados para ver um pouco mais do decote por onde ele me agarrava, com a mão enfiada entre dois botões, segurando com a palma cheia o peito direito, e espremendo entre os dedos o mamilo arrepiado pela ousadia.

Ninguém quis sobremesa. Saímos debaixo do sol forte com a minha bunda rebolando no pau duro dele, que me abraçava por trás enquanto caminhávamos de um jeito engraçado tentando coordenar os passos para não cair. Ainda temos 25 minutos.

Foi dele a sugestão, óbvio, de alugar aquele quartinho com cheiro de mofo e desinfetante na parte de trás de um prédio certamente histórico, com uma escadaria barulhenta e janelas muito pequenas nas habitações. O chuveiro ficava por cima da privada, e a porta do banheiro era de blindex.

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Só a cama interessava. Depois de um boquete curto, mas caprichado, ele me botou de pé, com as mãos apoiadas no colchão e a bunda empinada pra cima, molhou a mão e esfregou a saliva de leve no meu cu, forçando a entrada com carinho, mas uma certa urgência. Foi do início ao fim agarrado nas minhas cadeiras, sem soltar um milímetro nem reduzir a força, as marcas das unhas ainda duraram semanas depois até sumir.

O gozo escorreu para fora antes mesmo que ele pudesse sair. Correu para se lavar, mas o encanamento do prédio velho não ajudava: sem água nem na torneira, nem no chuveiro mal posicionado. O jeito é ir assim mesmo.

Foi na fila do exame médico, atrás de três pessoas que também esperavam a vez, que nos demos conta da cena que estava por vir: em busca de saber se estava tudo certo com os reflexos, o médico entenderia, por aquele cheiro de porra e suor vindo de dentro das calças do paciente, que não só a saúde do cara-que-está-me-comendo anda muito boa, obrigada, mas que sua potência e libido também seguem aptas a continuar me pilotando por tempo indeterminado.

 

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