X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Um Dia do Sexo (quase) sem obrigação https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/06/um-dia-do-sexo-quase-sem-obrigacao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/06/um-dia-do-sexo-quase-sem-obrigacao/#respond Sun, 06 Sep 2020 21:54:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3014 Por Dolores

Não tem tanto tempo assim que uma marca de preservativos decidiu que o dia 6 de setembro seria oficializado como Dia do Sexo. Por conta do visual do 6/9, aproveitou a alusão ao me chupa que eu te chupo, e editou o calendário. O poder esquisito que tem o marketing.

Porque, convenhamos, tem pouca coisa pior no mundo do que ter data marcada para transar. Vai ver tem até motel que propõe hora pra trepada, oferecendo promoção pra quem entrar na suíte às seis da tarde e nove minutos. Eu acho broxante.

A parte mais gostosa do sexo pra mim sempre teve relação com o proibido, o escondido. Com a surpresa, com o fazer diferente. Óbvio que dentro de relações monogâmicas e duradouras isso é menos constante, você leitor vai argumentar, mas garanto por experiência própria que não é nada impossível. Há dezenas de maneiras de preservar aspecto tão importante.

Então, é puxado para alguém com essa cabeça achar legal a proposta de agendar sexo. Sim, claro que em aniversários, por exemplo, a gente sempre sabe que vai transar. Mas você há de convir que datas comemorativas em geral guardam bem menos pressão que um marco no calendário que te manda botar o pinto pra fora, virar de quatro, e ainda gozar.

Seria quase como eu e Carmen virmos aqui escrever sobre sexo por obrigação. Ter que forçar a barra duma atmosfera pra criar os contos e as histórias deliciosas que, glofiquemos de pé, nos saem com tanta naturalidade e prazer. Não rolaria.

Porém, porque somos especialistas no assunto, e porque queremos ajudar quem se vê compelido a entrar no jogo do meia nove neste domingo à noite, separo aqui sugestões para ajudar a entrar no clima, caso o clima pareça algo muito distante dado que estamos todos presos dentro de casa há meses, olhando incessantemente para a cara do parceiro.

  • Filme em dupla

Os serviços de streaming têm centenas de opções de filmes e séries em que o sexo é uma constante. Dependendo de como funciona a sintonia de vocês neste aspecto, dá para escolher algo para assistir juntos e criar uma atmosfera sensual. Esqueça aquele jogo bobo que muitas vezes a gente faz como casal, de todo mundo fingir que não sabe que a gente vai transar, sendo que a gente sabe super que a ideia de deitar pra ver esse negócio sempre foi eu sentar na sua cara daqui a pouco. As cartas hoje são bem abertas. Voltando: se vocês são mais tímidos, peguem uma produção mais leve, em que haja uma ou outra cena de sexo mais picante. Se forem do tipo que fala mais abertamente sobre isso, se joguem em algo tão explícito quanto sua relação. E, se entre vocês não há papas na língua, pulem direto para um pornô que agrade aos dois – sim, até no Dia do Sexo é importante lembrar que todo mundo tem que estar confortável com o que se passa na tela e o que se passa na cama. Caprichem na masturbação mútua, brinquem de reproduzir o que a ficção sugere. Com um estímulo destes, até mesmo as obrigações podem ficar gostosas.

Number Sixty Nine (69) Fluorescent Circle or Square Labels

  • Sex shop por aplicativo

Já viu que, entre as opções de restaurante, supermercado, farmácia e loja de chocolate também tem alguns sex shops nos aplicativos de entrega? Pois escolham cada um no seu celular um presente para o parceiro ou parceira, e cliquem para fazer o pedido. A expectativa da entrega, a surpresa da escolha, e o clima que vocês vão criar para abrir as embalagens já vão deixar todo mundo molhado e feliz.

  • Sessão de fotos particular

Separem alguns abajures, acendam algumas velas, e criem uma iluminação diferente em algum cômodo da casa onde haja privacidade. Câmera na mão, é hora da ação. Divirtam-se e provoquem-se posando um para o outro – pode começar com pouca roupa e ir fazendo as peças sumirem conforme a sessão progride.

  • Jantar pelado

Uma garrafa de vinho, um prato fácil de preparar ou algo encomendado, uma playlist boa rolando na TV da sala. Que tal jantarem juntos vestindo absolutamente nada? Conforme o papo e o nível etílico evoluem, dá pra inventar boas provocações e acabar em cima da mesa da sala – só cuidado para não espetar a bunda no garfo.

  • Meia nove inventivo

Por fim, mas não menos importante, uma releitura de um clássico. Quem foi que disse que meia nove só se faz com a boca? Separem o brinquedo sexual favorito do parceiro ou parceira, assumam suas posições do tradicional me chupa que eu te chupo, e, em vez de caírem de boca, façam a estimulação com o vibrador, o masturbador, o sugador, enfim, o que mais gostarem. E, já que não vão estar com olhar assim tão colado nas partes alheias, como estariam no meia nove clássico, aproveitem para apreciar bem a vista, especialmente na hora em que a pessoa de quem você gosta estiver chegando perto do gozo.

Um feliz Dia do Sexo pra vocês!

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Impressões sobre a cadeira erótica https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/30/impressoes-sobre-a-cadeira-erotica/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/30/impressoes-sobre-a-cadeira-erotica/#respond Thu, 30 May 2019 20:52:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2651 Por Carmen

A primeira vez que vi uma cadeira erótica, meio que soube do que se tratava intuitivamente, sem nunca ter ouvido falar. Não precisava ser gênio, estava no meio da suíte do motel, entre a banheira de hidromassagem e a cama redonda. Já decifrar para qual posição ou posições ela nos convidava foi mais complicado. Era uma poltrona estreita e comprida, levemente acolchoada em couro sintético preto e com uma concavidade no meio. Talvez para ficar de quatro, mas mesmo assim…

Acabei não usando nesse dia nem nas outras ocasiões que uma escultura abstrata do gênero se encontrava no recinto. Hoje me arrependo de não ter explorado a oportunidade, mas confesso que nunca mais pensei nesse mobiliário sexual até ler uma notícia de que a atriz inglesa Cara Delevingne e a namorada, Ashley Benson, foram flagradas saindo de uma loja com uma cadeira erótica de quase US$ 400. A reportagem dizia que o modelo estava disponível na Amazon. Que o marketplace vende até rocha lunar é fato. Mas não tinha me tocado que havia mercado para o varejo de poltronas para fazer mais do que sentar.

Fui verificar a popularidade desse móvel. Muita gente não conhece. Imagina uma cadeira onde há um dildo acoplado. Uma amiga confessou a mesma dificuldade minha de entender a forma mais efetiva de usar. Descreveu a cena no motel como “pastelão”

cadeira

A ideia geral é dar suporte para aquelas posições que cansam ou não encaixam direito. É uma praticidade e pode ser um apetrecho bacana para melhorar estímulos, conexão dos corpos e orgasmos. Algumas têm uma aparência de cadeira ginecológica, de massagem ou de dentista. Mas outras até que podem virar artefatos de fetiche e possuir tiras para amarração, por exemplo.

Fiquei com vontade de fazer um test-drive. Comprar e colocar junto com aquela esteira ergométrica que só ocupa espaço não vai rolar, porque não acho que orna com a decoração lá de casa, afinal, mas vou investir em suítes de motel com esse adicional.

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Experimentei a suíte interativa de um motel https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/01/07/experimentei-a-suite-interativa-de-um-motel/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/01/07/experimentei-a-suite-interativa-de-um-motel/#respond Sun, 07 Jan 2018 17:46:16 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2261 A gente troca links – de coisa séria, engraçada, safada. E certo dia ele me mandou uma matéria sobre essas suítes interativas que existem em alguns motéis. Eu ainda nem escrevia neste blog, mas sempre gostei de falar sobre sexo, especialmente com ele, e o assunto rendeu entre nós.

Nos dias seguintes, comentávamos como deveria ser a experiência de ocupar um desses quartos onde há uma janela para a suíte ao lado. Será que rolava mesmo de desconhecidos verem e serem vistos ou só casais que se conhecem? E se o casal do outro lado fosse esquisito, broxante? Ambos achavam a ideia de se exibir e bancar voyeur interessante, mas até onde iríamos? O texto dizia que era possível passar de um quarto para outro, concordamos que tínhamos curiosidade e vontade apenas pela  fase um, com o vidro no meio.

Porque essas suítes funcionam assim: a janela é controlada por um sistema na cabeceira da cama. Você aperta o botão “quero interagir” e espera a resposta do outro quarto. Enquanto isso, a persiana automática está completamente fechada. Quando o outro casal também aciona o botão, torna-se possível abrir a cortina. Outros botões sinalizam o desejo de interagir mais profundamente: com consentimento mútuo, pode-se abrir a porta ao lado da janela e ali há buracos onde é possível colocar mãos e outras partes do corpo para tocar e se tocado. Em um último estágio, esta porta pode ser aberta ao trânsito de um quarto para o outro.

 

suíte interativa
Crédito da foto Divulgação/Point Motel

 

Por meses, ensaiamos conhecer um desses motéis que fica em uma estrada da Grande São Paulo. Até que em uma quinta-feira, por volta de 20h30, finalmente deu certo. A entrada do motel parecia cenário de filme de suspense, escura e completamente deserta. Ao estacionarmos na garagem da nossa suíte interativa, percebemos que a vaga ao lado estava ocupada também. Nossa noite de ousadia prometia.

Ficamos lá até 23h30 com o botão de interação ligado e NADA. Não sabíamos se os ocupantes da outra suíte haviam ido embora ou se simplesmente não queriam compartilhar nada conosco. Em determinado momento, desencanamos, transamos gostoso e voltamos pra casa.

Saímos com a sensação de que havíamos sido ingênuos. Os casais provavelmente combinavam o showzinho, em sites de swing, em festas muito loucas. Foi frustrante, mas conseguimos rir da nossa malfadada tentativa.

Mais de um ano depois, em uma fase super estressante das nossas vidas, onde o bom humor, a cumplicidade e a sensualidade havia perdido espaço para a ansiedade, a tensão e a preocupação, ele começou a sugerir de tentarmos novamente a suíte interativa daquele motel. Eu não estava no momento mais safado da minha vida, mas, por isso mesmo achei que apimentar nossa relação poderia ser ótimo.  Não é que nossa vida sexual tinha caído na mesmice. Ainda era das melhores, intensa e variada, mas fazia tempo que não aprontávamos.

Desta vez, fomos em uma quarta-feira, na semana entre o Natal e o Ano-Novo. Chegamos por volta das 21h30. De cara, deu pra sentir que talvez a sorte estivesse do nosso lado. Fila de três carros na entrada. Muitas suítes ocupadas, inclusive, a nossa vizinha.

Entramos, nos despimos, acionamos o botão e começamos a nos agarrar. Foi quando eu tinha acabado de gozar em um 69 que  percebemos que estávamos liberados para espiar. Abrimos a janela e, confesso, lamentei não ter feito um esquenta em um bar antes. Fiquei um pouco envergonhada, não estava tão solta como sei que posso ser. Continuei chupando o pau do meu namorado, de costas para a janela, e pedi pra ele me contar o que estava vendo: “Estão fazendo a mesma coisa que a gente”.

Enfim, olhei. De fato, a garota chupava o pau do cara, iluminados pela luz que vinha do banheiro. Ele parecia ter a nossa idade e trazia uma aliança no dedo. Ela era mais nova, tatuada. Ambos atraentes.

Achamos engraçado que eles parecia espelhar nossas posições. Se transávamos de quatro, lá iam eles e mudavam pra mesma posição. Depois, coloquei minhas pernas no ombro do gato e ela fez o mesmo. Sem parar o que estávamos fazendo, observávamos. Eles a nós.

Em determinado momento, ela saiu da cena, e ele ficou assistindo a gente e batendo punheta alguns minutos.

Assim que ele gozou no rosto dela, fecharam a persiana. Me senti acordando de um sonho erótico.

No trajeto pra casa, concordamos que:

– A gente acaba ficando meio disperso, não sabe se olha os outros ou se se concentra na nossa transa.

– Não houve verdadeiramente interação, foi quase como assistir a um vídeo hiper-realista. Eles nunca fizeram nenhum gesto ou tentaram algum tipo de comunicação conosco e vice-versa. Eram só exibição e voyeurismo mesmo. Cada um foi a pornografia do outro.

– Não foi a coisa mais excitante que já fizemos, mas faríamos de novo, eventualmente.

– Da próxima vez, vou testar assistir primeiro e transar depois e não fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Você já experimentou uma suíte interativa? Conte pra mim: carmenfaladesexo@gmail.com

 

 

 

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Os limites do sexo limpinho https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/08/29/os-limites-do-sexo-limpinho/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/08/29/os-limites-do-sexo-limpinho/#respond Tue, 29 Aug 2017 18:52:51 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2144 “Na minha adolescência, comecei tomando Yasmin. O ginecologista avisava que era “o mais moderno anticoncepcional do momento”, e com “baixíssima quantidade de hormônios”. Eu e toda minha geração tomamos aquela porcaria durante anos, no auge da nossa puberdade, sensações aflorando por toda a parte e, pronto, alguém tinha de acabar com nosso barato. Tomar aquela porcaria me manteve ~nos eixos~, eu não queria dar pra ninguém. Ficava dias e dias e dias sem ter o menor tesão. Até que começaram a surgir novos anticoncepcionais, novos estudos e, sobretudo, novos meios de divulgação com novos profissionais falando verdades inconvenientes sobre os anticoncepcionais femininos. Parei. E quando eu parei…

…um mundo novo se abriu. Minha nossa senhora: eu descobri que tinha todas as versões de xota, xana, peito, cu e dedos maravilhosos. Descobri as sensações todas que ficaram por anos ali, neutralizadas. Ô, coisa maravilhosa. E com as descobertas, fui dando por aí. Por aí, assim, selecionando, claro, mas fui dando. Dei gostoso. Dei dei dei. Mas dei…

…limpinho. É. Dei limpinho. Porque eu fui criada com pai e mãe infectologistas. Pense numa casa limpa. Agora pense numa casa superlimpa. Pensa numa mãe que varria meu quarto à noite, quando eu já estava dormindo, só pra garantir que tudo estava limpo. Pense numa família que, ao viajar, chegava na pousada e criava uma Operação Assepsia, cada um com sua tarefa, antes de se instalar no quarto?

Agora pense numa moça de 25 anos, explorando os moteis da cidade de São Paulo. Pense num cenário caótico, pense nos mosquitos caídos mortos na piscina do quarto de motel classudo. Pense numa cama “limpa” cheia de pentelhos e fios de cabelo? Pense. Agora visualize: mulher de 25 anos, corpo de nadadora semiprofissional, ombros larguinhos, menos bunda do que gostaria, coxas torneadas, bracinho com músculo aparente, sem a pelanca do tchauzinho, peitinhos 46 com silicone lindos lindos, depilação 1980 (ano que eu nasci) só pra me diferenciar, cinturinha, unhas dos pés feitas. E uma fome de dar.

 

pés
Crédito da foto Pinterest

 

Mas. Dentro da ecobag. A todo momento. E pra toda hora. Visualize. Vai visualizando. Sim: álcool, um frasquinho discreto; detergente líquido, outro frasquinho discreto; uma nécessaire inteira que poderia ser de uso pessoal. Era de uso pessoal. PARA A LIMPEZA DO MOTEL. Limpeza. Tinha até frasco de limpa-vidros, vai que a sujeira não saísse?

Eu entrava antes, corria pro banheiro. Ligava o chuveiro pra fingir que ia tomar banho. Jogava álcool na privada. Uma aguinha sanitária no chão do box. Borrifava limpa-vidros onde minha mão pudesse encostar. Onde minha bunda nua pudesse encostar. E rapidamente me sentia segura. Empoderada. Maravilhosa. Saía dali de fio dental sem tirar o salto agulha do trabalho. Ficava linda, alta, bunda empinada. Dependendo do boy, saía sem sutiã. Às vezes, mantinha, pra ver como o cara tirava. Às vezes saía de saia e sem calcinha, sem sutiã. Mas o banheiro estava limpo. Que sensação. Tesão, será?

E vinha a foda. A cama não tinha jeito. Era mentalizar uma luz azul, do limpa-vidros, que tudo ficava bem. Rala e rola. Pinto em tudo quanto é lugar. Pode vir que eu tô mentalizando a… limpeza. É. Cada um com a sua tara. Limpeza. Huuum. Aaaaah. Delícia. Se o cara tinha cheiro de limpo, então, dava mais forte, me abria toda. Sentava na cara. Esmagava. Sentia aquela língua na xota. Até aquela língua mais desajeitada eu topava. Cheiro de amaciante exalando pela cueca que agora eu fungava enquanto ele me chupava.

Mas na hora de eu chupar de volta… Pra mim não dava. Aquele pinto tava com o cheiro da minha buceta. Eu não queria comer minha própria buceta. Cada um com a sua tara. Veja bem. Eu já tinha meus paranauês. Esticava o braço, deixava a ecobag ali do ladinho, enfiava a mão na nécessaire e o tubinho de calda de canela já no jeito. Vinha com tudo. Aaaaah, a canela em caldas. Só ela pra devolver meu tesão de chupar pinto com gosto da minha xana. Ela resolvia tudo, a calda. Eu abocanhava, mordia, apertava. Os boys adoravam. Até que um dia desses, na hora de alcançar a nécessaire, peguei o tubinho de… álcool gel. Tinha sabor morango, pra disfarçar minha mania. Senti o cheiro, mas já era tarde. O boy falou que tava ardendo. Achei que era frescura. Quando vi, gel antibactericida de cranberry. Empipocou e tudo. Paramos no pronto-socorro. Papai e mamãe dando plantão no prédio ao lado da Infectologia. Foi foda.”

Manda a sua história picante e divertida para mim: carmenfaladesexo@gmail.com

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Nojo de motel: da estética à limpeza https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/05/22/nojo-de-motel-da-estetica-a-limpeza/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/05/22/nojo-de-motel-da-estetica-a-limpeza/#respond Mon, 22 May 2017 20:13:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2057 Eu fiz as pazes com os motéis. Odiava. Achava o anticlímax do sexo. Hoje até me divirto com as colunas gregas, as luzes coloridas e as esculturas com os lençóis. Mas o meu preferido, por exemplo, é um que tem a maior cara de hotelzinho butique. Clean.

Aí voltei a esse assunto quando estava tomando um café com uma amiga e ela começou a me confidenciar histórias dos bastidores do plantão médico, onde trabalha como socorrista. Entre suas colegas, uma era de Minas Gerais e a outra da Bahia.

– “Eu tenho nojinho de motel”, disse a baiana.

– “Jura? Não me incomodo”, disse a mineira.

Minha amiga segue contando: “me reconheci ouvindo as duas percepções. Eu tinha acabado de me tornar universitária quando fui a um motel pela primeira vez. Tenho ainda no meu inconsciente os néons semiqueimados e as fachadas toscas da Rodovia Raposo Tavares, a Via do Amor paulistana dos anos 2000. Era uma época em que a busca por opções seguia de acordo com nossa grana de universitária. O nojo, que de início era o radar que avaliava o ambiente externo de acordo com minhas noções estéticas e de limpeza, se tornou o grande radar do sexo bom, médio, ruim. Se o nojo surgia, a qualidade da foda estava diretamente relacionada.

Uma vez, estávamos voltando da faculdade quando o clima começou a ferver dentro do carro. Uma das mãos segurava o volante enquanto a outra sabia exatamente o que fazer com minha xota. Abocanhei aquele pau gigante e longilíneo enquanto ele tentava pensar qual o motel mais próximo possível – sem bater em nenhum carro da rodovia.

Embicamos o carro no primeiro que ele viu pela frente. Cada quarto tinha sua garagem individual como se fossem casinhas geminadas com o buraco (hehe) respectivo para guardar (hehe) o carro. A pintura daquela construção tosca era um bege amarelado que só podia ser de sujeira. Saí do carro e ele veio pra cima de mim, me encurralando (hehe) na parede ao lado da porta. Beijos e amassos e passadas de mão por toda parte, ele gozou fora, jorrando pela parede. Nojo. Da parede. Comecei a pensar em quantos gozos aquela parede já tinha recebido quando ele me puxou pra dentro do quarto.

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

Enquanto minha mente começava a analisar aquele quarto que mais parecia de um hotel de beira de estrada, senti meu pescoço sendo engolido por lábios macios e uma língua bailando pela minha pele de pêssego (hehe). Minhas pernas amoleceram, sinal suficiente pra que ele me pegasse no colo, encaixando pélvis com pélvis, xota com pinto. Ao seguir até a cama pra gente continuar aquele balé sensualmente desajeitado, não pude evitar: notei que a colcha branca de tecido imitação de cetim cheirava a mofo e pinicava. Nojo. Da cama. Ao passo que não deu nem tempo de seguir na análise quando me vi com o rosto mergulhado naquele tórax com notas de um perfume cítrico e o cheiro de pele que dava um match de ferormônios. Nojo define, entende? ;)”.

Quero sua história mais safada? Manda para mim? carmenfaladesexo@gmail.com

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Micos no motel: as histórias dos leitores https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/08/13/micos-no-motel-as-historias-dos-leitores/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/08/13/micos-no-motel-as-historias-dos-leitores/#respond Sat, 13 Aug 2016 17:18:14 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1814 Como tenho feito alguns posts mais engraçadinhos do que sensuais ultimamente, fiquei refletindo como o humor e o sexo caminham juntos. Eu e Diego gostamos de compartilhar um com o outro vídeos engraçados em geral, incluindo aquelas que brincam com o tema sexo. Não é tudo que eu acho divertido, sou exigente com humor, mas quando algo é bom, choro de rir.

Hoje mesmo ele mandou um vídeo dos Trojan Games, jogos eróticos que parodiam as Olimpíadas.  Claro que vai render algum comentário jocoso em meio à transa esta noite. Bom humor, piadas internas e leveza combinam com gozo, prazer, carinho. Sisudez e melindre, não.

Tudo isso pra contar que os micos no motel renderam vários e-mails na minha caixa de entrada.

Resolvi compartilhar com vocês duas das histórias inusitadas que recebi.

Mandem mais! Estou adorando!

Funcionário do mês
Em uma segunda-feira, saí do trabalho e fui a uma festa de máscaras que acontecia no motel perto da minha empresa. No dia seguinte, uma colega cheia de sorrisinhos maliciosos comentou: “Estava no motel ontem, né?” “Como sabe?”. “Você colocou a máscara, mas esqueceu de tirar o crachá!”.

Crise hídrica
Numa fugida durante o horário do plantão, fui a um hotel no Centro do Rio que funcionava como motel.  A garagem era coletiva no térreo e subimos de elevador  até a suíte no terceiro andar.  Era a segunda vez que saímos e esta prometia ser ainda melhor que a primeira. Ligamos a hidro para encher e fomos pra cama. A coisa estava bem animada quando começaram a esmurrar a porta.  Assalto? Incêndio? Antes que pudéssemos parar, duas camareiras entraram no quarto, cada uma esticando uma toalha para um de nós. Quando levantei da cama, percebi: o piso, o tapete encharcados, nossas roupas no chão boiando. Tudo ensopado. Esquecemos da hidro e alagamos o quarto. A água escorreu pelas escadas. Os funcionários estavam no corredor com rodos e toalhas tentando conter a inundação. Não sabíamos o que fazer, nus, com as roupas todas molhadas e o quarto cheio de gente. Foi a situação mais surreal da minha vida.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
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Uma coleção de micos no motel https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/08/02/uma-colecao-de-micos-no-motel/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/08/02/uma-colecao-de-micos-no-motel/#respond Wed, 03 Aug 2016 00:47:07 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1795 Motéis são um universo paralelo. Uma fuga do escritório, do rodízio, do casamento, da festa, da rotina. Na hora que você pede a suíte na janelinha e o portão se abre, as buzinas, os problemas, os compromissos, o estresse ficam do lado de fora, não a metros, mas a anos-luz de distância.

Nem sempre enxerguei motéis dessa forma. Por muito tempo, considerava-os a antítese do romantismo e da sensualidade. Para começar, a decoração cafona me broxava (ainda não conhecia o Apple).  Parecia linha de produção de sexo – antes de você entrar na “máquina”, outro casal esteve naquele mesmo lugar, fazendo a mesma coisa. Quando você sair, outro entrará. Do outro lado da parede da direita, claro, tem mais uma dupla se pegando. Na da esquerda, idem. Achava uó ouvir os gemidos dos vizinhos (hoje, tiro sarro). Isso para não entrar no assunto higiene/limpeza…

Mas eu mudei – viva a maturidade, adoro! – e comecei a olhar para os motéis (para o sexo também?) com mais leveza. Hoje me divirto. E comecei a colecionar histórias de micos em motéis que ouvi por aí:

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

– Um casal de amantes, ambos casados. Na saída, sem perceberem, trocaram os RGs. Só descobriram uma semana depois, quando a mulher do cara pediu a identidade dele para tirar uma cópia. Ele suou frio, mas teve presença de espírito para inventar uma desculpa para não entregar o documento.

– Em um motel na Raposo Tavares (SP) a escada para a suíte é em caracol e vazada. No escuro, depois do bar, no meio da madrugada, é um convite àquele tombo nada sexy, garante uma conhecida.

– Festival de camarão em motel na Baixada Santista (SP): convite à intoxicação alimentar.

– Sabonete, xampu, camisinha de marcas desconhecidas em estabelecimentos diversos: convite à coceira.

– Em São Paulo, existem muitos motéis próximos à marginal do Rio Tietê. Em dia de calor, tem casal que gastou boa parte das 4 horas matando pernilongos com os sapatos e até com o travesseiro.

– Fazer home office no motel e o chefe chamar no Skype: já rolou e a saída foi culpar a tecnologia para não ligar a câmera.

– Por fim, um clássico: raspar a lataria do carro na garagem. Já ouvi e vi acontecer mais de uma vez.

Tem uma história engraçada, inusitada, excitante, inesquecível em motel? Mande pra mim no carmenfaladesexo@gmail.com

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Janelas, barracas e jaquetas indiscretas: histórias de exibicionismo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/27/janelas-barracas-e-jaquetas-indiscretas-historias-de-exibicionismo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/27/janelas-barracas-e-jaquetas-indiscretas-historias-de-exibicionismo/#respond Wed, 27 Jul 2016 23:01:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1792 Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

Provocar tesão, me sentir desejada é, talvez, a maneira mais eficaz de excitação para mim. A minha dança do acasalamento envolve, sim, passos de exibicionismo para despertar a cobiça do outro.

Ando nua pela casa, de janelas abertas. Por princípio, porque não vejo problema em ser vista. O que poderia acontecer? Se alguém já bateu uma me olhando, eu adoraria saber. Nunca percebi, mas teria curtido muito saber que fui objeto de desejo de um vizinho – ou vizinha – desconhecido(a).

Com Diego, há a vontade mútua de transar em sacadas, no parque, no carro. Nada muito hardcore: a possibilidade de sermos vistos nos estimula, de sermos de fato pegos, não.

Provavelmente a nossa maior ousadia foi ele me comer num fim de tarde quente, na janela do motel que dava para a rua. Eu inclinada no parapeito, seios balançando para quem passava de carro ou a pé. Ele atrás de mim, metendo ritmado. Da calçada, duas prostitutas mimetizaram nosso movimento e soltaram um “uhuuuu”.  Foi até cômico.

Recentemente, recebi o e-mail do Bruno, um senhor de 60 anos que certa vez sugeriu à amante que saísse pela noite carioca vestindo apenas uma jaqueta jeans. “Insinuei que ela deixasse a jaqueta um tanto aberta, mas não forcei nada, pois não sabia a reação que teria. Enquanto escovava o cabelo, ela me olhou convidativa e entendi que eu deveria abrir tanto botões quanto quisesse e quando o fiz, ela me surpreendeu abrindo mais dois”, contou ele.

Já a Bruna – será um fetiche de quem tem esse nome? – veio nos contar sobre as aventuras exibicionistas dela e do marido, que são acampantes e, além de desfrutar da natureza, adoram transar na barraca, com todo perigo de flagra que isso traz. Veja a história dela:

“Era um sábado de verão, o dia estava lindo. Decidimos descer ao litoral, passar a noite em um dos nossos campings favoritos. Separamos nossa barraca, colchão, cadeiras de praia e compramos uma garrafa de vinho. No carro, enquanto dirigia, meu marido acariciava com sua mão direita a parte interna de minhas coxas, me deixando toda arrepiada.

O entardecer na praia estava lindo, nossa barraca estava bem posicionada, em um terreno um pouco mais elevado, tínhamos uma vista linda do mar. Sentamos nas cadeiras, que estavam em frente à nossa barraca, observando o movimento. Tudo estava normal, crianças brincando, uma família logo ali desmontando seu acampamento, grupo de amigos passando para lá e para cá.

Então, cochichei no ouvido do meu marido que estava sem calcinha. Naquele mesmo instante, ele apertou o pau. Afastei um pouco minhas pernas, e pedi para conferir, ele foi colocando sua mão entre minhas coxas, por baixo da saia, até encontrar minha buceta, e começou a me masturbar ali mesmo, na cadeira de praia, enquanto tudo acontecia ao nosso redor.

Minha vontade de gemer alto era enorme, mas continuava a tomar meu vinho muito discretamente, enquanto ele me tocava tão gostoso. Aquela sensação de perigo nos deixava cada vez mais excitados.

Ele pediu para eu entrar na barraca e logo veio também. Montei em cima dele, comendo seu pau, ainda ouvindo do lado de fora os sons do camping. O sol nem tinha se posto completamente ainda. Meu movimento de sobe-e-desce intenso, as sombras dos nossos corpos e o volume das nossas arfadas não deixavam dúvidas para quem estivesse do lado de fora: ali dentro estava quente, molhado e safado.”

Por fim, não custa lembrar: mostrar a genitália em lugares públicos para pessoas que não desejam vê-la é um tipo de exibicionismo que este blog não estimula e que deve ser tratado como assédio sexual.

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Enquanto eu trabalhava, ele me provocava https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/05/enquanto-eu-trabalhava-ele-me-provocava/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/05/enquanto-eu-trabalhava-ele-me-provocava/#respond Tue, 05 Jul 2016 19:53:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1755 Aquele dia, decidimos trabalhar em um café. Ainda com as cenas da transa matinal projetadas em nossas mentes e ressoadas em nossos corpos, sentamos à mesa e abrimos os notebooks. Diego, de cabelo molhado penteado para trás, pediu espresso e um bolo. Eu, já energizada por ter gozado na boca dele, fui de suco de laranja e “mais um garfo”, para compartilhar a larica pós-sexo.

Ele mergulhou nos números e eu, nas palavras. Foco, porém, não é meu forte quando meu homem está do outro lado da mesa, então, mandei uma mensagem: “Oi, vizinho”. O sorrisinho dele e a resposta vieram em seguida: “Oi, vizinha. Ainda com seu gosto. E querendo mais.”

A troca de mensagens provocativas continuou até perto da hora do almoço. Ele encostava a perna na minha, joelho com joelho, panturrilha com panturrilha, pé sobre pé. Até que tirou o sapato e apoiou o calcanhar na minha cadeira. Começou a me massagear no meio das pernas. Esquentei.

 

café
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Aos olhos de quem estava no café, estávamos compenetrados. A mesa de madeira encobria nossa safadeza. Diego não aguentou mais e mandou: “Vamos sair daqui?”

“Quero. Mas tenho uma call em 20 minutos”.

“No Opium tem wi-fi.”

“Vamos já.”

A eficiência que não estava rolando no trabalho, apareceu na hora de pagar a conta, fechar os computadores e correr pro carro. Ele dirigia, eu apertava o pau dele por cima da calça. Era minha vez de enlouquecê-lo. Ele abriu a braguilha quando o semáforo fechou e eu caí de boca. Só parei de chupá-lo para pegar meu RG na entrada do motel.

Subi a escada da suíte na frente, ele veio atrás, apertando a minha bunda, subindo a minha saia. Eu tirava o notebook da pasta, ele tirava a minha calcinha. Eu logava o Skype, ele me beijava o pescoço.

Montei minha estação de trabalho na mesinha retangular do quarto. Enquanto eu mantinha a pose e a voz profissional, ele se enfiou embaixo da mesa. Aquele tipo de situação que você até fantasia ou vê em filme acontecendo ali, entre suas pernas, é de pirar. Ele aproveitou que eu não podia nem mesmo me contorcer e caprichou: beijou minhas coxas, lambeu minha virilha, foi fundo com a língua, me puxou devagar para a beirada da cadeira e me tocou atrás, só porque sabe que eu gosto.

Quando finalmente desliguei, respiração presa, puxei Diego para a cama. Era a minha desforra. Arranquei a cueca dele e joguei longe, pra cair mesmo em cima do teclado do computador. E montei. O barulho da fricção dos nossos líquidos era alto. Segurei seus braços com força, sabendo que ele poderia se soltar quando quisesse, mas não tentou. Gostou da minha pseudodominação. Mordi sua orelha, seu queixo. Metemos forte, fundo, eu dando o ritmo intenso da foda, enquanto as tarefas e os e-mails se acumulavam na tela, a poucos metros da cama.

 

Conte sua história mais safada pra mim! Se for das boas, publicamos no X de Sexo (carmenfaladesexo@gmail.com)

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A última transa com um grande amor https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/01/a-ultima-transa-com-um-grande-amor/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/01/a-ultima-transa-com-um-grande-amor/#respond Wed, 01 Jun 2016 19:08:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1709
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Era o sexo da despedida.

A realidade finalmente havia batido à nossa porta. Foram meses da paixão mais profunda, do sexo mais intenso. Um espaço de tempo em que havíamos nos entregado um ao outro como raramente as pessoas se doam. Ele tinha tido o melhor de mim. Eu tinha experimentado a dedicação e a adoração dele.

Mas naquela manhã cinza e fria, no quarto de motel que havia se tornado nossa casa, como eu costumava fazer piada, sentamos na cama e choramos abraçados.

O desejo, entretanto, se impôs. A proximidade daquele corpo adorado e o cheiro daquele homem tão másculo e belo atrapalhavam a minha compreensão do que estava acontecendo, da escolha que se fazia necessária.

Soltamos nossos corpos para trás e, deitados, colamos nossos rostos com lágrimas, rímel borrado e vontade um do outro. Ele me agarrava e eu o segurava forte na tentativa de nos proteger da dor que entrava como neblina densa pela fresta da porta.

Nos beijamos de leve, quase como nos experimentando novamente pela primeira vez. Depois veio o beijo sôfrego, desesperado, faminto. E ele me perguntou: “O que você quer?”

Eu respondi com a convicção do impulso: “Me chupa”. Ele, de pronto, atendeu. Estávamos completamente vestidos, ele puxou minha calça – calcinha junto – e mergulhou a língua no meio das minhas pernas, me lambia, me beijava a buceta, me dava o prazer que só ele foi capaz . Eu já estava a caminho do orgasmo, quando falei baixinho: “Vem”.

Ele entendeu. Continuou molhando meu grelo mais um pouco e, enfim, se levantou, abriu rapidamente a calça, abaixou a cueca. Vi como seu pau estava enorme e duro, do jeito que ficava sempre que ele se dedicava ao meu prazer.

Do pau, mirei seu rosto e me deparei com um olhar inédito: o tesão se misturava com o sofrimento.

Saber que estávamos nos perdendo, que nossos planos e sonhos morreriam naquele quarto, naqueles lençóis, enforcados por outras amarras que estavam a quilômetros dali, nos deu uma urgência. Eu, ainda de malha de lã e calça legging presa aos pés, enrolei minhas pernas nas dele – como nós dois tanto gostávamos.

E se fez o momento que sempre foi o mais sublime das nossas transas, que colocava  a Terra no eixo e fazia a vida ter sentido: ele me penetrou, ainda vestido. E nos entregamos completamente um ao outro pela última vez.

Nossa morte foi do jeito que deveria ser: gozamos juntos, sem barreiras. O líquido quente dele dentro de mim era simbolicamente o que fazia eu me sentir mais dele e ele, meu por completo. E, ai, como isso me dava um tesão gigante.

Terminamos silenciosos. Bem nós, que tanto falávamos, chegamos ao fim sem palavras, sem conversa. Outros caminhos existiam, mas o possível foi esse. Sorte a minha que tive a oportunidade de conhecer uma conexão física que reverberou na alma”.

A história acima é de uma moça chamada Cristina Castro.

E você? Tem alguma história de sexo bom, ruim, transgressor, romântico, ousado para compartilhar? Mande para o carmenfaladesexo@gmail.com

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