X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sobre gostar também de meninas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/#respond Sun, 28 Jun 2020 17:47:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2966 Por Dolores

A Bruna foi a primeira pessoa por quem me apaixonei na vida. Entre a parte da frente e as duas quadras imensas nos fundos do terreno, havia quatro construções, ocupadas por escritórios variados, banheiros, um estúdio de balé, secretaria, a cantina, salas de aula e um pequeno pátio. E foi na escada que levava a um quartinho da escola que ninguém nunca soube o que tinha dentro que eu dei meu primeiro beijo.

Tecnicamente não teria este nome, para dizer a verdade. Porque só a minha boca se mexeu, e nem nos lábios dela eu encostava – beijei o antebraço da Bruna aos seis anos de idade. Ela deixou porque éramos melhores amigas, acho, ou porque eu pedi com jeito, ou talvez tivesse pena de mim.

A Bruna e seus imensos olhos azuis pousados cheios de compaixão na minha cara de quem, cega, ama e se entrega. Depois disso passei muitos anos só beijando e transando com meninos, daí vieram os homens, e só com 20 e poucos, numa viagem a Porto Alegre, revivi o frio na barriga que a Bruna me dava.

Aleteia veio da Espanha, era bailarina e bebia uísque. Foi para o meu quarto do hotel, depois do jantar de confraternização entre sua companhia e os jornalistas que viajaram para assisti-la dançar. Ela tinha cheiro de rosa. A Bruna tinha gosto de chocolate.

Sempre achei a parte mais complicada da bissexualidade esse prólogo antes de entender que podia chegar nas garotas sem levar em troca uma cara de incredulidade. Tomar toco todo mundo toma, faz parte do jogo da sedução, mas o espanto e o quase nojo com que algumas olham machucam mais fundo. É como se não perdoassem a ousadia de uma mina considerar que elas também possam gostar de minas.

Revealed: The 5 Health Benefits Of Chocolate

Tem outra etapa chata, mas essa mais introspectiva que a outra – fora a vantagem de que ela acontece por um tempo e, depois, você a vence e nunca mais tem que encará-la. Não sei se é assim para todo mundo. Comigo, foi preciso falar bastante disso na análise até entender que o desejo que eu sinto por outras mulheres não tem, além de nada de errado, qualquer tipo de recalque.

Algo como compreender que esta vontade não passa nem de perto pela minha sexualidade com os homens, não é influenciada por ela, não se confunde em parte alguma. Levou tempo, consumiu anos de sessões, mas se mostrou muito útil, esse entendimento.

Foi nesse período que vieram, então, outras flores e doces, em noites com menos noias e mais leves. Descobri que gosto mais de meninas de um tipo físico em particular. Que eu tinha uma musa. E que a liberdade de poder vivenciar a sexualidade sem vergonhas não tinha preço.

Fazia tempo que nada extraordinário acontecia, quando reconheci, em outros olhos grandes, o mesmo verão que eu via no rosto da Bruna quando a gente ficava na escadinha rumo ao desconhecido, na escola da Vila Mariana. Um almoço em um sábado bonito, tinha música tocando, grupos diversos de conhecidos espalhados em mesas e cadeiras pelo salão.

Eu soube desde o minuto um no que aquilo ia dar. Uma garrafa de vinho branco gelado depois, o tempo correndo, e ela precisava ir embora, outros compromissos, explicou. No banheiro, nos esprememos em uma cabine, as taças apoiadas sobre o tampo de cerâmica da caixa do vaso.

O melhor beijo, mais gostoso que o braço de cacau da Bruna, que qualquer buquê, que todas as outras bocas, quem sabe. Ela abriu o primeiro botão do meu vestido para fazer caber a mão lá dentro. Segurou um peito, depois afundou a cara entre os dois, ao mesmo tempo em que já empurrava minha calcinha pernas abaixo.

Encostei-a na outra parede da cabine, a parede dela, porque sabia que em breve a perderia. Segurei sua cabeça entre as mãos, lambi sua boca, para então afundar a língua entre seus dentes, quero engoli-la. Ela é pequena. Ela cabe inteira no meu domínio.

Minha calcinha cai no chão, eu baixo a cabeça para olhar, e ela surge em meio às minhas coxas. Com o dedão se enfia na minha xoxota, com a língua lambe meu clitóris em círculos e de vez em quando olha para cima.

Nunca mais nos encontramos. Eu culparia a pandemia, ela diz que eu enrolo para marcar um novo encontro. Outro dia brincamos de o que você levaria para uma ilha deserta se pudesse passar lá sua quarentena. Na resposta dela havia livros e álcool. Na minha tinha chocolates, rosas e ela.

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O desafio do 69 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/18/o-desafio-do-69/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/18/o-desafio-do-69/#respond Wed, 18 Sep 2019 15:00:49 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2753 Por Dolores

Dois numerinhos que, juntos, são capazes de causar arrepios em todo mundo, seja arrepio de euforia, seja arrepio de pânico. Meia nove, ou 69, assim, unidos, um de cabeça pra baixo, outro de pezinho, pressionados com bastante força e determinação, e que despertam emoções extremas em qualquer ser transante deste planeta.

Como autora de um blog de sexo na internet, fica difícil imaginar que eu tenha qualquer tipo de preconceito na cama, mas, sim, é preciso admitir aqui que por anos carreguei neste corpinho paradisíaco um ranço imenso desta posição.

Fazia sentido que fosse uma implicância pessoal quando o 69 era tentado durante uma relação estável, por exemplo. Um pau muito grande, ou mesmo um pau muito curto, que anatomicamente me colocavam em desvantagem na hora de buscar a simetria absoluta que a cifra sugere. Mas, não, o incômodo seguia mesmo quando eu trocava de parceiros – e olha que eu troquei bastante.

Houve quem preferisse sem exceção o 69 com um dos números deitado na cama, e o outro deitado em cima. Desnecessário dizer que, quando a diferença de massa corporal era grande e o cara insistia em ficar por cima, eu, magra e gostosa, penava em coordenar a respiração e a sobrevivência com a língua e os lábios.

A variação com o rapaz em pose de quatro apoios, por cima, até dava uma melhorada, mas o fato de impedir o contato pele com pele acabava xoxando um pouco do tesão que a situação potencialmente guardava.

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Quando, por fim, os homens gentilmente me agraciavam com a sorte de ficar por cima, deitada com a bunda em suas caras e minha cara em suas bolas, a chance de ser feliz estava toda ali, escancarada, mas mesmo assim eu não conseguia desfrutar de todas aquelas maravilhas que os vídeos pornô garantiam ser possível vivenciar. Problema meu, óbvio.

Quando estava todo mundo deitado de ladinho, de frente para o parceiro, eu começava devagarinho a entender que, sim, aquilo tudo ali podia ser sexy. Parecia que, nesta configuração, as diferenças de alturas, por exemplo, não apareciam tanto, bem como não ficavam tão evidentes as necessidades masculinas de forçar o pau garganta adentro ou de testar a apneia alheia enfiando bolas e membros tudo junto na minha boca.

Tive boas experiências assim, confesso. Mas nunca, nunquinha, conseguia chegar ao orgasmo. O cara esguichava felicidade, saía de perna bamba, e eu entendia que, ok, de repente é isso aí, e mulher no 69 até goza, mas nessa encarnação não vai dar pra mim.

Até que: milagre. O impossível aconteceu.

E, o que ficou claro para mim, e que me fez vir até aqui escrever esse textão para vocês, é que, talvez aí entre os leitores haja alguma moça se identificando com tudo isso. E eu te digo, garota, que o problema não mora em você, mas, sim, na ideia que você tem de que transar no geral – e principalmente nessa posição anti-anatômica, porém promissora – significa dar prazer ao homem, antes de alcançar o seu prazer pessoal.

Não, não. Encarar um 69 é para ser legal para todo mundo. Às vezes, a gente fica tão encanada em chupar direito, conferir ritmo, mexer as mãos, fazer todo o rolê necessário, que se esquece de prestar atenção na sensação que está rolando lá embaixo no nosso próprio corpo. Curtir a língua rolando o clitóris, molhando cada pedacinho.

Por isso, na próxima vez que um 69 pintar na sua cama, mude a chave e experimente encarar o desafio de peito e buceta abertos. Com a mente totalmente conectada a todas as terminações nervosas suas, e não apenas só as dele como sempre. Pode ser que seu mundo se abra como o meu se abriu.

 

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Mulheres que ejaculam são melhores https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/29/mulheres-que-ejaculam-sao-melhores/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/29/mulheres-que-ejaculam-sao-melhores/#respond Sat, 29 Jun 2019 13:19:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2672 Por Dolores

Depois de uma transa gostosinha dia desses, no sofá de um boy, rolava aquele momento abraçadinho, com comentários de mesa-redonda sobre o que havia se dado naquele intervalo de meia hora em que a gente passou em campo. Eu, Dolores, elogiava a performance da nossa equipe, e foi quando o rapaz, ainda pelado, pinto murcho, bonito, porém não deuso, lamentou que eu não houvesse proporcionado a ele um episódio de squirt. Foi a primeira vez na vida que um homem me cobrou ejacular.

Já são anos transando com gente de toda espécie, e, se há algo que aprendi neste período, foi que comparar corpos, secreções, cheiros e tamanhos é uma burrice sem tamanho. Primeiro porque ninguém é igual a ninguém, e parece pura perda de tempo enfileirar parceiros e fazer entre eles uma competição. Segundo porque, nessa toada, o risco de se ofender alguém de quem se gosta é gigantesco.

“Mulheres que ejaculam são melhores”, devia estar pensando o boy que agora se limpava, com lencinhos umedecidos, esfregando as bolas antes de se vestir. Mas, escuta aqui: se eu nunca perguntei porque não saem litros de porra do seu pinto durante seu orgasmo, por que raios você deveria perguntar por que não sai água da minha xoxota durante o meu?

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Crédito da imagem: Pinterest

Encanada – e quase magoada – com essa questão, achei por bem conversar com uma especialista em ejaculação feminina, o chamado squirt, uma das tags mais buscadas em sites de pornografia. Assim, lá foi o X de Sexo se encontrar com a a sexóloga, ginecologista e obstetra Carolina Ambrogini, coordenadora do Projeto Afrodite, centro de sexualidade feminina da UNIFESP, para entender, de uma vez por todas, se nós, mulheres sem squirt, somos ou não piores do que as mulheres com.

 

Existe a ideia de que o líquido que as mulheres expelem no chamado squirt seria a secreção do orgasmo, só que em um volume muito maior. Isso é verdade?

O orgasmo feminino não está envolvido com nenhuma secreção. Só existe secreção na lubrificação. O que acontece é que os vasos sanguíneos no período da excitação ficam repletos de sangue. É o mesmo fenômeno que acontece na ereção, quando os vasos ficam com muito sangue. E desse ingurgitamento muscular sai um transudato, que é como se fosse o plasma do sangue, e isso é o que gera a lubrificação. O líquido expelido pela ejaculação feminina é proveniente da uretra, porque ele sai em jato. Não é um excesso de lubrificação. É um líquido que sai em jato no momento do orgasmo, e acredita-se que seja proveniente de duas glândulas que estão ao redor da uretra, que se chamam glândulas de Skene, que produzem um líquido mucoso para lubrificar a uretra. A contração muscular seria o gatilho para expelir o líquido pela uretra feminina.

Por que algumas mulheres expelem esse líquido e outras não?

Algumas mulheres têm uma propensão fisiológica para que isso aconteça, e acontece em todas as relações, independente do tipo de orgasmo. Outras mulheres só vão sentir essa ejaculação feminina quando o orgasmo é muito intenso, porque neste caso tem uma contração maior da musculatura. Daí há a compressão das glândulas, e a ejeção do líquido.

As que expelem são de algum modo “melhores” que as que não expelem?

Não. Porque não é o comum, nem é o esperado, que as mulheres ejetem esse líquido. É uma consequência de um orgasmo mais intenso, e ponto. Os orgasmos em que não acontece a ejaculação feminina não são orgasmos ruins, ou orgasmos pouco intensos. A mulher pode ter um orgasmo super maravilhoso e intenso e não ter ejaculação.

Mulheres que não têm squirt às vezes se sentem menos potentes do que as outras. O que você diria para tranquilizá-las?

Eu acho que essa questão virou mais uma obrigação que a mulher tem que ter. Ela já vai para a relação sem saber se ela vai ter orgasmo, porque não é tão simples para ela. Aí, além disso, ela tem que não só ter o orgasmo, mas ejacular também. Preocupação demais, exigência demais, e isso só atrapalha. Algumas mulheres vão ter, e outras nunca vão ter, e isso não quer dizer que elas tenham orgasmos ruins. É a mesma coisa de ter o orgasmo com a penetração e sem a penetração, as mulheres acharem que o orgasmo sem a penetração é menos intenso, é um orgasmo que não vale a pena. O orgasmo é um só. É uma sensação maravilhosa de escoamento da energia sexual. Se tem ejaculação, se não tem ejaculação, se é dormindo, se é acordada, não importa. O que importa é a mulher ter o orgasmo e ter uma relação prazerosa. Essa questão da ejaculação diminui as mulheres, que se sentem menos potentes. Elas podem ter orgasmos maravilhosos e nunca ejacular na vida, e não é porque ela ejaculou que ela teve um orgasmo melhor. Acho que a gente precisa desmistificar isso, porque existem até cursos para aprender a ter essa ejaculação. Se for um curso voltado para o autoconhecimento, ok, mas se o objetivo for pura e simplesmente ejacular, para mim isso é uma grande falácia. Como sexóloga, a gente não incentiva isso. Se a mulher está com a cabeça pensando que ela tem que ter um orgasmo, e ainda ejacular, desculpe, mas ela não vai ter um orgasmo gostoso.

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Minha melhor reunião de pais e mestres https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/21/minha-melhor-reuniao-de-pais-e-mestres/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/21/minha-melhor-reuniao-de-pais-e-mestres/#respond Fri, 22 Jul 2016 01:13:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1783 Recebi o email do professor Sérgio, que compartilhou comigo – com a gente – sua aventura em um dia de reunião escolar. Entre as confidências? Que “reuniões com pais de alunos normalmente são um saco”. Ha! Adoro confissões que geralmente ficam dentro do armário. Mas o que ele relata a seguir, bem que eu queria que tivesse acontecido comigo.

“Era para ser apenas uma reunião entre professor e pai de aluno. Mãe, no caso. E que mãe. A escola, em reforma, nos mandou para um quartinho improvisado nos fundos como sala de reunião entre professor e responsável pelo aluno. De longe a vi e meu humor foi mudando de mau para melhor, à medida que ia me aproximando mais dela. Reunião com pais de alunos normalmente são um saco, principalmente de alunos brigões – como era o caso.

O corredor pareceu mais longo. Na verdade, acho que comecei a andar devagar, admirando o que se colocava à minha frente. Morena, grandes brincos de argola, cabelo preso com alguns fios caindo pelo ombro gracioso. Peitos grandes que não eram silicone, como pude constatar depois. Longas pernas. E uma bunda de tirar o fôlego que eu vi de perfil, em um movimento rápido quando ela guardava o celular na bolsa. Quando nos aproximamos, senti um perfume que nunca vou esquecer – e que ainda hoje não sei qual era.

– Eu sou a mãe do Gabriel.

– Olá, sou o professor Sérgio. Abri a porta e entramos.

– Achei que você era mais velho.

– Sou mesmo. E ri. Já tenho bem mais de quarenta, esclareci.

Olhos nos olhos. Meu deus, que boca, eu pensava, já olhando para os peitos dela imaginando em

seguida ela de calcinha na minha frente.

– Não sabia que o Gabriel tinha uma mãe tão gostosa. Arrisquei assim, na lata, morrendo de medo do estrago que uma denúncia na direção poderia fazer.

– Bem que já tinha ouvido as mães comentarem do professor de história dos meninos.

Fiquei animado. Ela chegou mais perto e senti seu hálito.

– Quando vi você caminhando pelo corredor, fiquei com tesão, ela falou.

– Quando vi seus peitos e sua bunda, eu tive certeza que ia tentar te comer, falei.

O mundo parou. Eu a peguei pela cintura e nos beijamos. Beijo molhado, salivado, devagar. A boca babada de tesão. Eu escorrendo, ela também, percebi quando enfiei meus dedos calcinha adentro, saia levantada.

– A porta não está trancada, eu disse. Ela se virou, saia levantada, deu dois passinhos e ela mesma deu duas voltas na chave.

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Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

Voltamos a nos beijar, roupas indo pelo chão uma atrás da outra. Camisa, calcinha, sutiã, cueca box… A mesa não estava muito cheia. Parei para tirar duas pastas, um porta lápis e a caneta… Ela deitada, as pernas abertas. Sentei-me na cadeira e fiquei ali, beijando e chupando aquela buceta, curtindo cada pedacinho. Depois de um tempo, ela começou a tremer as pernas em gozadinhas pequenas e espasmos que deixaram meu pau mais duro ainda. Me levantei e fiz menção em comê-la com meu pau. Ela fez sinal com o dedo que não.

– Quero mais disso, ela disse. Obediente, voltei para a cadeira beijando a buceta de novo. A respiração ofegante dela, meu pau parecendo um porrete. Babei naquela chana deixando tudo molhado. A língua no grelo.

– Um pouco mais embaixo, ela me orientou.

Comecei a passar a língua na parte de baixo do grelo. Ela deu uma estremecida. E outra.

– Adoro isso, ela falou. Dei um sorrisinho e continuei. Depois de mais algumas gozadinhas, vi que precisava inovar. Continuei a chupar a buceta, mas agora meu dedo roçava também o seu cuzinho, sem entrar.

– Safado, ouvi. Passei com a boca para o cu também. Passava a língua entre o cuzinho e a buceta. Dois dedos da mão direita, buceta adentro também. O cu piscava, ela se contorcia cada vez mais. Agora os dedos na buceta e o dedão no cuzinho dela. Eu ainda sentado em frente a ela na cadeira.

Ela mexendo nos próprios peitos. E eu já não tinha mais mãos para tanto. Dedos na buceta encharcada, bolinando até achar o ponto. Quando achei, ela levantou a bunda um pouco e deu uma tremidinha.

– Achou, ela falou com um sorriso sacana na boca. Me concentrei. Não podia falhar agora. Minha língua no grelo, o dedão no cuzinho, dois dedos na buceta e um ponto específico no qual eu tinha que me concentrar. Movimentos suaves. A boca molhando a chana.

– Não mexe o dedão, ela falou. O deixei imóvel, enterrado até o talo naquele cu. Minha boca salivava sem controle. Os espasmos dela foram aumentando em frequência e duração.

Os espamos pequenos se transformaram numa grande tremedeira pelo corpo todo. Parecia que ela estava eletreficada. Não controlava mais o corpo, que tremia freneticamente. Tentava falar algo que não conseguia pronunciar. A buceta inundada de gozo entornava molhando a mesa. Agora ela se contorcia toda, pulando e emitindo um som que era misto de urro e gemido, sem controle algum do corpo. Quando acabou, ela ficou inerte, sem forças. Tentei voltar ao corpo dela.

– Não me encoste, disse. Deixa tudo acabar.

Olhei no relógio de pulso. Tudo tinha se dado em aproximadamente 45 minutos. Tentei lembrar o horário de reuniões afixado no quadro na sala dos professores. Mas já não tinha certeza de nada. Achei que tinha acabado e fiz menção de abaixar para pegar minha cueca.

– Goza na minha boca, ouvi. Trocamos de lugar. Ela na cadeira, eu sentado na mesa. A boca no pau molhado pela saliva dela, agora. Não demorou muito. Gozei esporrando a boca toda. Agora era eu quem tremia as pernas.

– Caralho, falei meio urrando. Um gozo que não acabava e vinha em jatos que não cabia só na boca, escorrendo pelo rosto também. A língua dela passando pelos lábios buscando o que escorria, sedenta. Não me lembro de outra gozada minha assim, nem antes nem depois desse dia.

Esperamos um pouco, controlamos a respiração. Ela limpou o rosto com um lenço. Tentamos nos recompor. Fui falar algo quando ela tampou a minha boca com a mão. Foi quando então vi sua aliança de casada.

– Algumas coisas só vão acontecer uma vez, disse. Me deu um beijo curto no rosto, de consolo. Um sorriso safado escapou enquanto ela me dizia que foi a melhor gozada da vida dela.

Nunca soube se era linguagem figurada ou literal. Nunca mais nos vimos, nem mesmo como mãe de aluno e professor.”

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