X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sobre gostar também de meninas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/#respond Sun, 28 Jun 2020 17:47:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2966 Por Dolores

A Bruna foi a primeira pessoa por quem me apaixonei na vida. Entre a parte da frente e as duas quadras imensas nos fundos do terreno, havia quatro construções, ocupadas por escritórios variados, banheiros, um estúdio de balé, secretaria, a cantina, salas de aula e um pequeno pátio. E foi na escada que levava a um quartinho da escola que ninguém nunca soube o que tinha dentro que eu dei meu primeiro beijo.

Tecnicamente não teria este nome, para dizer a verdade. Porque só a minha boca se mexeu, e nem nos lábios dela eu encostava – beijei o antebraço da Bruna aos seis anos de idade. Ela deixou porque éramos melhores amigas, acho, ou porque eu pedi com jeito, ou talvez tivesse pena de mim.

A Bruna e seus imensos olhos azuis pousados cheios de compaixão na minha cara de quem, cega, ama e se entrega. Depois disso passei muitos anos só beijando e transando com meninos, daí vieram os homens, e só com 20 e poucos, numa viagem a Porto Alegre, revivi o frio na barriga que a Bruna me dava.

Aleteia veio da Espanha, era bailarina e bebia uísque. Foi para o meu quarto do hotel, depois do jantar de confraternização entre sua companhia e os jornalistas que viajaram para assisti-la dançar. Ela tinha cheiro de rosa. A Bruna tinha gosto de chocolate.

Sempre achei a parte mais complicada da bissexualidade esse prólogo antes de entender que podia chegar nas garotas sem levar em troca uma cara de incredulidade. Tomar toco todo mundo toma, faz parte do jogo da sedução, mas o espanto e o quase nojo com que algumas olham machucam mais fundo. É como se não perdoassem a ousadia de uma mina considerar que elas também possam gostar de minas.

Revealed: The 5 Health Benefits Of Chocolate

Tem outra etapa chata, mas essa mais introspectiva que a outra – fora a vantagem de que ela acontece por um tempo e, depois, você a vence e nunca mais tem que encará-la. Não sei se é assim para todo mundo. Comigo, foi preciso falar bastante disso na análise até entender que o desejo que eu sinto por outras mulheres não tem, além de nada de errado, qualquer tipo de recalque.

Algo como compreender que esta vontade não passa nem de perto pela minha sexualidade com os homens, não é influenciada por ela, não se confunde em parte alguma. Levou tempo, consumiu anos de sessões, mas se mostrou muito útil, esse entendimento.

Foi nesse período que vieram, então, outras flores e doces, em noites com menos noias e mais leves. Descobri que gosto mais de meninas de um tipo físico em particular. Que eu tinha uma musa. E que a liberdade de poder vivenciar a sexualidade sem vergonhas não tinha preço.

Fazia tempo que nada extraordinário acontecia, quando reconheci, em outros olhos grandes, o mesmo verão que eu via no rosto da Bruna quando a gente ficava na escadinha rumo ao desconhecido, na escola da Vila Mariana. Um almoço em um sábado bonito, tinha música tocando, grupos diversos de conhecidos espalhados em mesas e cadeiras pelo salão.

Eu soube desde o minuto um no que aquilo ia dar. Uma garrafa de vinho branco gelado depois, o tempo correndo, e ela precisava ir embora, outros compromissos, explicou. No banheiro, nos esprememos em uma cabine, as taças apoiadas sobre o tampo de cerâmica da caixa do vaso.

O melhor beijo, mais gostoso que o braço de cacau da Bruna, que qualquer buquê, que todas as outras bocas, quem sabe. Ela abriu o primeiro botão do meu vestido para fazer caber a mão lá dentro. Segurou um peito, depois afundou a cara entre os dois, ao mesmo tempo em que já empurrava minha calcinha pernas abaixo.

Encostei-a na outra parede da cabine, a parede dela, porque sabia que em breve a perderia. Segurei sua cabeça entre as mãos, lambi sua boca, para então afundar a língua entre seus dentes, quero engoli-la. Ela é pequena. Ela cabe inteira no meu domínio.

Minha calcinha cai no chão, eu baixo a cabeça para olhar, e ela surge em meio às minhas coxas. Com o dedão se enfia na minha xoxota, com a língua lambe meu clitóris em círculos e de vez em quando olha para cima.

Nunca mais nos encontramos. Eu culparia a pandemia, ela diz que eu enrolo para marcar um novo encontro. Outro dia brincamos de o que você levaria para uma ilha deserta se pudesse passar lá sua quarentena. Na resposta dela havia livros e álcool. Na minha tinha chocolates, rosas e ela.

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A sua sorte https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/18/a-sua-sorte/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/18/a-sua-sorte/#respond Thu, 18 Jun 2020 21:38:57 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2960 Por Dolores

A sua sorte é que eu não tenho um pau.

Eu te encurralava, te dominava, te violava no chão igual à música do Chico, se eu tivesse um pau e fosse você do meu lado, igual é hoje em dia, mas quem tem o pau é você.

Eu não ia te deixar em paz. Você não ia ter sossego. Seu dia ia começar bem cedo, na verdade não era nem dia ainda, porque antes do nascer do sol eu já ia me embrenhar pra perto do seu corpo deitado na cama, subir a palma da mão da coxa pra bunda, e, segurando cada banda prum lado, ia me roçar pra você me sentir crescer comigo já lá dentro.

Sorte sua, eu não ter o que bem podia. Não adiantava reclamar, dizer que precisa dormir, que amanhã tem que acordar cedo. E, quando acordasse de verdade, era o meu pau, e não mais o seu, que íamos adorar feito imagem de ídolo, duro e imponente, respeitável em todo o seu ineditismo.

Não que a gente fosse se surpreender com o fato de que, azar o seu, agora eu tinha um pau e queria aproveitá-lo direito. Ia se normalizar, o novo membro, mas não sem que antes, de novo, igual à música, eu não te desse perdão.

Abaixa pra pegar coisa no chão, na última gaveta, pra amarrar sapato, pra você ver o que te acontece. Ajoelha na minha frente. Se eu tivesse um pau – e é sorte sua que eu não tenha – era em você que eu testava as descobertas, sensação por sensação, novidade por novidade.

Corpo De Mulher Sexy E Atlético Na Cueca Branca. Fotos, Retratos ...

E eu te acho tão gostoso, tão apetitoso, que, se eu tivesse um pau (azar o seu), esfregava em você inteiro. Não ia haver trégua. Não tinha momento certo. Toda hora era hora de eu ver o que de tão bom parece ser ter um pau e poder encaixá-lo em frestas, molhá-lo em poças.

E, de tanto pensar que ter um pau era sua desgraça, de ter certeza do seu desgosto e asco, quase me perco no devaneio e me esqueço do quanto eu penso, às vezes, que pode ser que sem um pau eu não viva (azar o meu), e que calha de ser o seu a que eu tanto adoro feito imagem de ídolo.

Duro e imponente, ainda que em sua frequência morna do cotidiano, agradeço aos céus que você queira aproveitá-lo direito. Que não me dê perdão. Nem me conceda paz. E, agora de memória fresca e já quase molhada, sei que não havia como não ser sorte se eu pudesse também fazer a você as maravilhas que você faz comigo.

A minha sorte é que você tem tudo de que eu preciso.

 

 

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45 minutos de preliminares https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/19/45-minutos-de-preliminares/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/19/45-minutos-de-preliminares/#respond Tue, 19 Sep 2017 20:04:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2161 “Na semana passada, começo de bafo quente na capital paulista, fomos a um canto (ainda) remoto de Pinheiros – com uma vibe gostosa de praia – pra comer espetinhos e beber cerveja razoável a R$10 (coisa rara, coisa difícil de achar por aqueles lados). Éramos um grupo de amigas: duas em um relacionamento heterossexual estável, uma bissexual sem rumo certo, duas lésbicas. Papo vai, papo vem, até que começamos a relatar, uma a uma, as experiências bizarras, divertidas, loucas, maravilhosas. Um pouco nessa ordem.

Samara começou. ‘Gente, sério, infelizmente meu único beijo com uma mulher foi horrível.’ A brincadeira se dava em tentar descobrir quem era a interlocutora do beijo, já que era conhecida do grupo de amigas. ‘A língua dela era dura, agitada demais, num ritmo muito estável, não tinha dinâmica, foi estranho.’ Decidiram que ela beijaria, ali mesmo, Luana, a bissexual sem rumo. ‘Vem cá, Samara. A gente tira isso a limpo agora. Onde já se viu seu único beijo lésbico não ter sido menos que incrível?’ Já tinham tomado umas seis garrafas de Serra Malte aquelas duas, enquanto a outra metade da mesa bebericava Stella Artois. A cerveja mais encorpada deu o efeito desejado: se beijaram. Luana, aposto, fez o serviço completo, porque Samara, um tanto enebriada, acabou confessando que batia umas siriricas pensando nela. Quem viu tudo de camarote, ali, entre espetos e potinhos de vinagrete e farofa, ficou rindo pra esconder o tesão revelado pela umidade em excesso na calcinha, dando gritinhos de torcida, meio bobas, meio envergonhadas.

 

lésbicas
Crédito da foto Pinterest

 

Na vez da Danuza, a contação de histórias foi elevada a outro patamar: ‘Uma vez, namorei uma garota que era hétero. Aliás, ela foi a única das minhas ex-namoradas que, um, era hétero, dois, que não se manteve minha amiga – acho que tem a ver com a cultura da possessividade, tão forte entre heterossexuais. Trabalhamos juntas em uma grande empresa e eu não tinha a menor ideia de quem era o quê. Imagine, ambiente corporativo, anos 2008, pouca gente fora do armário. E gay-radar, pra mim, não funciona muito. Na festa da firma de fim de ano, ficamos. Bêbadas, claro. Porque festa de firma só se sai da linha com muita bebida – e olhe lá. Acabamos tendo um affair que durou dois anos. Ela não tinha coragem de deixar o marido, dizia que gostava do cara, que tinham boas transas, que ele era tranquilo. Aquela coisa morna, cujos casais héteros suportam por anos e, talvez toda uma vida. Mas as única coisa que ela reclamava do cara era: preliminares. O cara não sabia o que era isso, ela dizia. Eu, que nunca tive esse desprazer, só sabia do que preliminares significava no meu mundo. E as preliminares eram, são e sempre serão um ingrediente absolutamente básico e necessário e parte e integrante de uma transa lésbica.’

Ficamos com a respiração suspensa. Cada uma com sua mente vagando e pensando em todas as preliminares e, pior, as não-preliminares que tivemos até ali. Danuza nos conduziu a caminhos explícitos e implícitos. Falou em linguagem erótica e, mais adiante, pornográfica. Nos levou até onde nossa mente poderia nos proporcionar experimentos de sexo grupal telepático à mesa daquele bar ornado com luzinhas com a mesa já transformada em cemitério de espeto. Dávamos gritinhos, como adolescentes no cio. Falamos daquela cena de 7 minutos de sexo lésbico em Azul É a Cor Mais Quente.

‘Não existia ainda o Whatsapp pra gente mandar nudes ou imagens picantes. E mandar fotos pelo e-mail era impensável. O que a gente vasculhava eram páginas eróticas, com compilações maravilhosas de posições de sexo lésbico. Cada uma indicava a sua url preferida e a gente ficava horas na frente do computador, em plena terça-feira pós-expediente lá em casa, navegando. Eu fazia uma pausa, ia até a bancada da minha cozinha americana, fritava uns rolinhos-primavera comprados na Liberdade, abria um vinho branco na temperatura que a geladeirinha tipo adega climatizada mantinha, e ia por trás dela, massageando aquelas costas, começando pela nuca, passando pelas costas, chegando até a lombar. Desabotoava a camisa, tirava a calça dela, massageava aquela bunda perfeita, ao custo de muita drenagem, ornada por um fio-dental da melhor qualidade. Girava aquele corpo pra mim, beijava aquela boca, passava a mão levemente naquela buceta saliente, esbarrava na lingueta interna, haha, lingueta era o nome que eu dava praquele clitóris gigante que eu, particularmente, adorava. O fato de ser enorme me ajudava muito: o prazer que aquela garota tinha só de eu passar por ali, sem muito esforço, era uma coisa louca. Eu ficava excitada só com isso. E seguia. Agora o ar condicionado da minha sala estava ligado. Nada de passar calor ou frio, tudo na temperatura certa. E o som certo também: Patti Smith, PJ Harvey, Jane Gainsbourg, para os momentos mais picantes.’

A gente não se conformava. Eram tantos os detalhes! Era um caminho sem volta. Um caminho para o sexo dos sexos. E quanto tempo durava esse melô até que vocês se penetrassem, a gente perguntou, finalmente.

’45 minutos, marcados no cronômetro.'”

 

 

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Diário de uma adolescente: beijo triplo e relacionamento aberto https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/11/diario-de-uma-adolescente-beijo-triplo-e-relacionamento-aberto/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/11/diario-de-uma-adolescente-beijo-triplo-e-relacionamento-aberto/#respond Tue, 11 Jul 2017 20:47:07 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2100 Eu lembro a primeira vez que vi um casal gay andando de mãos dadas na rua. Era 1994, eu era adolescente e estava em São Francisco, na Califórnia, que, na época, era famosa como cidade liberal, gay-friendly.

Anos mais tarde, quando a cena se tornou corriqueira na Avenida Paulista e outros cantos de São Paulo, me recordei de como eu tinha sentido orgulho do mundo que eu presenciava nascer, onde as pessoas eram livres para amar quem quisessem, serem quem desejassem. Isso fazia muito sentido e era bom testemunhar essa mudança. Ali, eu me enxergava como espectadora, não conseguia entender que uma sociedade mais igualitária tinha um impacto direto na minha vida como mulher heterossexual, solteira, latino-americana.

Foi no ano passado que eu presenciei uma nova revolução. Da mesma forma como havia acontecido antes, já ouvia falar da liberdade sexual dos adolescentes. De como eles experimentavam muito mais, de como se relacionar com pessoas do mesmo sexo, em algumas rodas, era tratado como parte da descoberta típica da idade. Eu ouvia e achava o máximo, até porque não me sinto tão distante assim dessa geração (por alguma falta de lógica do tempo, eu me sinto muito mais próxima deles do que eles de mim — risos).

Pois eu estava na linha verde do metrô, horário de saída dos colégios e faculdades. Entrou no um grupo de quatro, eu chutaria entre 16 e 18 anos. Um garoto andrógeno e três meninas, mochila nas costas, várias palavras por segundo. Uma delas estava contando sobre um dilema qualquer de relacionamento amoroso: dela com uma menina. Ela contava com naturalidade, os outros palpitavam como mais naturalidade ainda. Não havia intenção de chocar os demais ocupantes do vagão – que se estavam ouvindo como eu, não expressaram nenhuma expressão de aprovação ou reprovação.

Mais uma vez, fiquei assistindo com interesse a esse timelapse das gerações, das décadas, da vida. E, por fim, hoje recebo o e-mail da Soraia, uma garota de 18 anos, que traduziu em um discurso prolixo como é ser jovem e fazer sexo em 2017. Seguem trechos:

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Por mais que não tenha vivido todo tipo de experiência ainda, tenho um relacionamento aberto e acho válido compartilhar.  Perdi minha virgindade aos 16, com um cara com quem eu não tinha intimidade, bêbada (não o suficiente para esquecer de tudo), mas não estava no meu completo juízo. Enfim, deu no que deu e por mais que muitas vezes eu tenha  me achado uma vagabunda por ter feito isso, nunca me arrependi. Não me arrependi e também transei muito nesse período que perdi a virgindade até finalmente transar com o Edson, por quem tenho uma paixonite. Quando finalmente transamos, foi em uma tarde, ele mora em uma cidade vizinha, eu inventei uma desculpa e fui pra casa dele. Acho que nunca sentei e rebolei com tanto tesão como naquele dia. Quando terminamos eu fiquei deitada, sem fôlego, olhando o nada, ele se levantou e acho que essa foi uma das cenas mais lindas que já vi, aquele menino pelado na minha frente, depois de ter gozado muito comigo.”
“O sonho dele era fazer um ménage, e resolvi contar que eu já havia pego uma amiga nossa, que ele também já havia pego, a Luiza. Não só a peguei, como a masturbei e a chupei muito. Nós duas mantínhamos isso em segredo. Muitos já desconfiavam que ela era lésbica, ou bi, mas ninguém nunca confirmou, ultimamente ela está se abrindo mais sobre isso. Eu e a Luiza resolvemos finalmente conversar sobre o que tinha rolado entre a gente, porque sempre ficava um receio. A gente agia normalmente uma com a outra, mas quando o assunto era sexo, ficava sempre um clima. Não queríamos assumir o tesão que a gente sentia por outras mulheres, o sexo lésbico, ela foi a primeira em que eu beijei e eu também fui a primeira dela.”
“Rolou um beijo triplo, não era o primeiro dela e nem dele, mas era o meu, foi sem dúvidas a melhor coisa que fiz na vida! Depois de muitas mãos envolvidas, eu não resisti em ajoelhar e bater um boquete pra ele, já que a gente já se conhecia muito bem. Paramos por aí, e a possibilidade de rolar mais coisa é grande num futuro próximo.”
“Não pretendo assumir que sou lésbica ou bi, até porque o quanto eu gosto de um pau entrando, não tem explicação. E ainda sou apaixonada pelo Edson, sofro muito, sempre sinto ciúmes, quero mais que sexo e amizade e não sei se passaremos disso, mas com certeza todas as experiências foram sensacionais. Ele ainda me dá um tesão que não alcanço com mais ninguém, várias vezes  estamos sentados abraçadinhos na sala de aula, por exemplo, e eu estou fazendo um carinho na coxa dele, ou mesmo no pau, disfarçando pra ninguém perceber. Várias vezes, em festas, no meio de shows, faço isso, parece que é um imã, e minha mão vai direto. E é tão bom quando ele olha e diz ‘para, como vou ficar aqui de pau duro’, eu faço uma cara de safada e digo que assim que eu gosto, e sei que ele gosta também.”

 

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Bissexual existe, sim! https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/07/bissexual-existe-sim/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/07/bissexual-existe-sim/#respond Fri, 07 Jul 2017 20:17:27 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2096 Olha o depoimento franco e (por que não?) sexy de alguém que se encontrou na bissexualidade, muitas vezes negada até mesmo dentro da comunidade LGBT.

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Eu não entendia o que acontecia comigo. Tinha horas que eu me excitava demais com peitinhos e xanas, cabelão, rostos maquiados de garotas loucas pra dar pra mim – ou não. E tinha vezes que, na balada, eu olhava praquele boy, reparava nos cílios enquanto o cara piscava, sentia o perfume de madeira, meu pinto molhava.

Fiquei assim secretamente, me masturbando no banheiro de casa ou no banheiro do trampo mesmo, logo depois do almoço. Eu tinha fantasias ao pensar em cada detalhe dos boys da balada hétero que eu frequentava. Mas ficava de pau duro quando me atracava com as minas. Era delicioso, porra!

Ninguém falava sobre isso em lugar nenhum. Não tinha matéria em revista, não tinha blog pra isso, não tinha nada. Se eu quisesse saber mais de homens, eu só encontrava material na coluna do gay babado ou nos chats obscuros – e eu nunca quis me esconder. Queria me encontrar. Precisava me entender.

Os anos passaram e passei a me jogar. Chamava umas amigas pra balada gay. Comecei ficando com uma delas e, na bebedeira, ficamos com um boy-delícia, um boy-menina, um desses magrinhos, de pele feita, voz fina. Uma hora, nossas línguas estavam em três: ela, ele, eu. Não transamos. Só nos pegamos. Foi um experimento.

Comecei a ter mais amigos gays e, pra minha decepção, foi aí que percebi que o B da sigla toda – LGBT – era invisível. Porque galere achava que aquilo não existia. Que era etapa. Uma fase de transição.

– Porra! Vocês parecem a mãe de vocês, quando vocês saíram do armário pra família!, eu dizia. Era meu melhor argumento.

O mais louco foi o tesão em usar saia. Que coisa deliciosa foi quando, depois de uma transa com uma mina eu pedi se ela tinha uma saia com elástico pra eu vestir. Eu estava nu. Diante do espelho interno do armário dela, peguei a saia de feirinha hippie e coloquei. Meu pau subiu na hora. Corri de volta pra cama porque eu pre-ci-sa-va comê-la de novo. Saia arregaçada, porra por toda parte, cheiro exalando pelo quarto com a brisinha da manhã entrando pela janela daquele bairro arborizado de Perdizes. Ela era estudante de História na PUC-SP. Foi ela quem me conduziu pras rodas bissexuais – ela era uma. Finalmente alguém. Angela, minha guia, minha amiga, minha amante.

Comecei a fazer a unha, mas eu tinha de me segurar, porque o fetiche nos detalhes me deixava louco – e a ideia não era assustar ninguém, assediar ninguém. Meu corpo falava. Gritava. Era quase um inconveniente. Aos fins de semana, as saias. Angela me ajudou a comprar algumas. Saía por aí com barba por fazer, pernas peludas, unhas impecáveis e saia com tênis. À noite, trocava por um modelo mais brilhante, lantejoulas. A jaqueta de couro por cima. Tentei lápis. Descobri o cajal. Não me adaptei ao delineador, muito difícil. Pegava meninos e me lambuzava de base – os que eu pegava, usavam base, faziam as sobrancelhas, laser pra estancar a barba.

Minha vida segue tranquila. Amo paus, amo xanas. Penetro bundas de meninos e xanas de meninas. Dou o cu para meninos e também para meninas, pense numa delícia chamada fist. Sinto sabores humanos. Os sabores são humanos.”

Vamos falar de sexo, de sexualidade, de libertação? Escreve para mim, carmenfaladesexo@gmail.com

 

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Mês LGBT: oportunidade para experimentar https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/06/23/mes-lgbt-oportunidade-para-experimentar/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/06/23/mes-lgbt-oportunidade-para-experimentar/#respond Fri, 23 Jun 2017 21:09:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2086 “Em junho do ano passado, embalados pelo mês LGBT, minha esposa e eu resolvemos nos jogar na pixta. Depois de 20 anos de casados, dois filhos na faculdade e um cachorro, ela propôs que, já na casa dos 50 anos, estava na hora de experimentar coisas novas – na cama, é claro (ou fora dela, mas você já entendeu). Eu garanti a ela que nunca tinha ficado com um homem àquela altura da vida. E ela também nunca tinha ficado com uma mulher nos bons tempos de FFLCH, na USP, onde ela estudou – e eu acreditei.

Ela ficou incumbida de arranjar alguém pra mim, porque a ideia era bem louca e a gente também queria se divertir. Peguei a melhor foto que eu tinha e ela fez uma conta no Tinder. O texto ficou assim: homem casado, relacionamento aberto no momento, à procura de uma experiência homossexual. Dei likes em uns 25 perfis, mas  a maioria estava mais curiosa pelo meu perfil do que tesuda. Então a Beth fez uma boa busca em guias gays pela internet pra decidir pelo caminho clássico e tradicional:

– Roberto, tu vai (sic) na Le Rouge 80 e fim de papo.

Pra quem não conhece, o Le Rouge se intitula um “balneário” e, bem, agora você entendeu que se trata de uma sauna. Descobri que, às quintas-feiras, é servido um jantar a partir das 18h30 e foi esse o dia escolhido. Lá fui eu, um pouco amedrontado, mas bastante excitado: demos uma antes de sair, animados por um vídeo de sacanagem online entre dois caras esculturais e que metiam muito bem.

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

De início, fiquei impressionado com o tamanho da casa, sendo que a fachada jamais entregaria a infraestrutura do lugar: duas saunas secas, duas saunas a vapor, duas piscinas aquecidas, quartos privativos pra você fazer o que bem entender. Era fim de tarde, a casa ainda meio vazia, me senti avaliado de cima a baixo enquanto caminhava pelo espaço e fazia o reconhecimento da área. Fiz contato visual com um ou outro, mas a timidez ainda atrapalhava. Segui para o bar e pedi logo um uisquinho com gelo.

– Porra, Beth, como é que você não me avisou que era tão próximo ao Hospital das Clínicas, caralho?, brinquei com ela depois, caindo na gargalhada.
Na sauna finlandesa, homens mais ou menos da mesma idade, aparentemente héteros, conversavam com outros que aparentavam estar na casa dos 35. André foi o primeiro a vir falar comigo, gay saído do armário por volta dos 35, ele agora tinha 40, mas aparentava ser bem mais jovem. Conversamos sobre tudo, ele me guiou pelos outros espaços, comemos juntos e foi aí que ele me chamou para um dos quartos privativos. Eu já estava tão bêbado que assim que ele começou a me fazer uma massagem, percebi uma ereção. Aquele cara sabia bem o que estava fazendo, me deixou relaxado, começou a beijar minha nuca e me masturbou quase tão perfeitamente como eu me masturbo. Gozei, um pouco envergonhado. Ali, descobri que a gente não ia se penetrar, porque ele não gostava. Fiquei um pouco espantado: com a franqueza e com o conceito. Quando ele quis me beijar, foi mais difícil do que eu imaginava. Precisei fazer um esforço pra não enxergá-lo como “homem”, mas como uma pessoa. Fiz o esforço de não imaginar uma mulher no lugar, queria enfrentar a experiência com boa fé. Enquanto ele me beijava, massageava meu cu, minhas bolas, passava os dedos na ponta do meu pau, molhadíssimo, eu só pensava: que língua! Eu parecia um cabaço, sem saber direito como retribuir. Bem, eu era um cabaço naquele contexto.

Este ano repetimos a dose. Acho que sou bi. E adoro.”

Junho ainda não acabou. Conta pra mim as suas experimentações motivadas pelo mês LGBT! O e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com

 

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Meninas ensinam meninos https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/12/12/meninas-ensinam-meninos/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/12/12/meninas-ensinam-meninos/#respond Mon, 12 Dec 2016 18:21:35 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1925 Adoro quando histórias que fogem da heteronormalidade aparecem na caixa de entrada do blog. Diversas e sem rótulos, esses relatos me deixam, digamos, animada. 😉

Essa é quente e acabou de chegar: fala de uma garota que deseja outra garota, mas há outra garota no rolo. No fim, tem um garoto que acaba se dando bem e outro que… bem, leiam e vocês vão descobrir!

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

” Tenho um amigo que mora em uma cobertura no Centro de São Paulo.  Na sexta-feira, o happy hour foi lá. A turma era a de sempre: o dono da casa, um amigo da faculdade e eu. Nenhuma mulher solteira. Mas, um pouco de álcool já me faria feliz.

Logo começaram as risadas e piadas na sacada do apartamento. E, como miragem, vi passar na rua aquela garota linda do outro curso da faculdade mas, como fim de um sonho, ela passeava com a namorada. ‘Ei, meninas!’, gritou o dono do apartamento. “Venham beber com a gente! Subam aí!”

Com elas ali, a bagunça aumentou. Eu não sei se conseguia disfarçar a expressão de desejo. Talvez pela força do meu pensamento, a namorada dela logo disse que iria embora, mas a garota linda poderia ficar. O sorriso que abriu no meu rosto nessa hora, com certeza, eu não consegui esconder, porque foi a namorada virar as costas, a garota linda me olhou e piscou.

Agora, éramos em número par: dois garotos e duas garotas, porém, a conta não fechava. O segundo amigo propôs um strip pôquer. Topamos. Sem necessidade de detalhes sobre o jogo, posso ressaltar que em toda rodada, eu e ela perdíamos.

Nosso anfitrião, muito bêbado, pediu um tempo  para ir à cozinha beber água ou qualquer coisa que melhorasse o seu estado mental. À espera dele, nós três começamos a conversar, mas eu e ela estarmos só de calcinha e sutiã, e o nosso amigo só de cueca não fazia o momento apropriado para conversas aleatórias. O dono do apartamento demorou, demorou muito. Suspeitamos que tivesse dormido no sofá.

A garota linda aproveitou e começou dar uma aula de sexo para aquele garoto. Mas, quando ela começou a tocar meu peito e meus mamilos para ensiná-lo como acariciar uma mulher, eu enlouqueci. Não, eu não acreditava que ela estava tirando meu sutiã e apertando, lambendo, chupando meus seios. Logo, eu também o ensinei como abrir o fecho do sutiã dela com uma mão só.

Éramos três tocando dois corpos femininos. Chegamos na parte do meu corpo que ainda pulsava pela garota linda: a minha buceta. Detalhe por detalhe, ela foi fazendo e ensinando a ele. Mas, era ela quem me olhava, era ela quem eu desejava. Senti a mão dele tentar o mesmo. Por incrível que pareça, ele conseguiu me dar prazer. Além de linda, gostosa e simpática, ela é uma ótima professora.

Mas ele parou. Por quê? Pra ela usar a boca. Ah! Valeu a pena! Ela continuou com a aula particular. E ele fez a tarefa. Enquanto ele treinava, fazia igual, ela começou a me beijar. Aos poucos, ela me tocava, subia em cima de mim, e o garoto não parava. Meu corpo estava entregue.

Fui empurrando o corpo dela ao ponto de ter aquela buceta encharcada da minha boca. Juntas, rebolávamos, gemíamos, nos entregávamos e gozamos. Beijei-a, acariciei-a, e quando levantamos, vimos o garoto batendo punheta e gozando sozinho. Pensei comigo: ‘Desculpa, amigo! Eu não gosto do seu instrumento e, pelo jeito, nem ela!’ Mas, eu garanto que aquele cara agora sabe tocar e chupar uma mulher como nenhum outro. A aula dele foi exclusiva.”
Contos, crônicas, depoimentos…sendo sobre sexo, você pode mandar no carmenfaladesexo@gmail.com

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Fernanda Gentil e a sexualidade sem rótulos https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/09/30/fernanda-gentil-e-a-sexualidade-sem-rotulos/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/09/30/fernanda-gentil-e-a-sexualidade-sem-rotulos/#respond Fri, 30 Sep 2016 21:01:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1865 Lembrei de algumas histórias que ouvi e presenciei, ao ler a notícia de que a apresentadora Fernanda Gentil, tempos depois de se divorciar do marido, assumiu o namoro com uma jornalista. Não é uma história tão incomum. Conhecemos tantas outras mulheres, famosas ou não, que já foram casadas com homens, tiveram filhos, namoraram uma porção de caras, que depois passaram a se relacionar com mulheres. Ou vice-versa. São lésbicas, bissexuais ou nada disso, afinal, rótulos falham ao descrever a complexidade da sexualidade humana.

Primeiro pensei em outra mulher pública que seguiu o mesmo caminho, a cantora Daniela Mercury. Depois na Mariana, minha amiga jornalista-atriz-socióloga que pegava geral nas três faculdades que fez. Só homens. Era um terror. Um dia, muito tempo depois dos diplomas, passou a ficar com garotas. E disse para quem quisesse ouvir que gostava de pessoas, não de homens ou mulheres.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

E, por fim, me recordei da experiência a seguir, da Isabel, que presenciei de perto e reconto aqui do jeito que ela me narrou.

“Eu morava na França e tinha uma amiga brasileira que dividia o quarto da república com uma portuguesa. Começamos a andar as três juntas pra todo canto, saíamos pra beber, para cinema e teatro. A portuguesa tinha uma atitude bem nos moldes que consideramos, na nossa sociedade, masculinos. E era muito atenciosa e gentil comigo, de um jeito que não era com a minha amiga – com ela, a relação era mais fraternal e brincalhona. Se essa garota fosse um homem, eu o teria descrito como um gentleman, no caso, era uma gentlewoman.

Eu imaginava que ela era lésbica pelo estereótipo que, naquela época, eu nem pensava em desconstruir dentro da minha cabeça. E também não refletia sobre a possibilidade de ter uma experiência com alguém do mesmo sexo.

Mas ela flertava comigo. E eu gostava do jogo. Comecei a provocar, principalmente quando ficava bêbada. Provocava e recuava, porque achava que nunca teria coragem de ir além disso, achava que nem era do meu interesse. Na minha cabeça, com certo egoísmo, eu a via como aquele carinha sem graça que você encontra numa festa mais sem graça ainda. ‘Se só tem tu, vai tu mesmo’.

Mas ela percebeu o meu jogo narcisista e um dia me colocou contra a parede. Perguntou qual era a minha. Se a atiçava só para agradar meu próprio ego ou se tinha coragem de me jogar em algo que poderia gostar e abalar minha vidinha hétero. Ela me desafiou, dizendo que se eu experimentasse, nunca mais ia voltar a dar bola para um homem na vida.

Fiquei com esse discurso dela me incomodando. Seria verdade mesmo? E comecei a fantasiar. Sentia muito tesão por saber que ela estava a fim, que me desejava.

Na noite de Natal, teve uma festinha na república onde moravam. Um monte de jovens longe das famílias, num frio de doer, enchendo a cara de cerveja barata. Eu havia combinado de dormir lá, para curtir a festa até tarde. Fiquei bêbada rapidamente, nem esperei dar meia-noite e fui pro quarto. A portuguesa me acompanhou, com a desculpa de me ajudar, já que eu estava cambaleando e totalmente sem noção. Confesso que exagerava um pouco, para justificar o mole que estava dando pra ela. Ela foi me carregando e me colocou em sua cama, tirou meus sapatos e começou a passar as mãos pelo meu corpo, por cima da roupa mesmo. Dali a pouco minha blusa estava levantada, barriga aparecendo, ela subiu até meus seios e veio por cima de mim. Eu já estava toda molhada, querendo mais. Era carinho, era tesão, era boca, eram mãos. Se era mulher ou homem, não importava, eu desejava, eu latejava.

Deitamos de conchinha, debaixo do edredom, ela abriu meu jeans, puxou um pouco pra baixo, e começou a me masturbar. Falava no meu ouvido, arfava, e eu quase gozando.

Cheguei a pensar: “Gente, vou gozar com uma mulher, nunca imaginei…”, mas logo fiquei apenas concentrada naquele tesão enorme. Eu a toquei também, coloquei a mão pra trás  e friccionei meus dedos entre os lábios da buceta dela, enfiava um pouco os dedos, era natural para mim, eu sabia como fazer, tinha anos de experiência.

Ela queria me chupar, mas eu gozei antes, o que me deixou mais sóbria e totalmente ensonada. Fico pensando se eu teria tido vontade e coragem de chupá-la. Acho que não.

Foi bom, não senti vergonha nem arrependimento. Nunca mais desejei ficar com uma mulher, mas acho foi mais falta de oportunidade do que qualquer outra coisa. Se um dia conhecer alguém que me desperte alguma sensação, não vou me frear.

Concordo com a teoria da Escala de Kinsey, por mais que tenhamos uma atração clara por um dos sexos, não existe dicotomia ou rótulos definidos. O comportamento sexual pode ser incongruente, mudar várias vezes ao longo da vida. A sexualidade é fluída, não é fixa ou estática.”

Conte-me as situações em que seu desejo o/a levou a momentos nunca antes imaginados. Vou gostar de ler na caixa de entrada do carmenfaladesexo@gmail.com

 

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