X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 A três https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/24/a-tres/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/24/a-tres/#respond Mon, 24 Aug 2020 17:36:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3008 Por Dolores

Com o dedão apoiado na minha fatia de pizza, ele perguntou o que eu achava de furar a quarentena. Devo ter revirado os olhos, porque é o que eu sempre faço quando ele me pergunta o que eu acho de furar a quarentena. É um assunto que gera brigas intermináveis em casa. Pedi pra ele soltar o meu pedaço de catupiry, você não há de me comprar com gentilezas.

Mas a ideia, pela primeira vez em quase seis meses, agora parecia boa. Ele não queria abrir uma exceção para ir visitar ninguém, nem para ir ao bar com a galera, tampouco para viajar para São Sebastião. A quarentena ia ser furada para que ele me comesse junto com um amigo. Se eu revirei o olho agora, a sensação certamente era outra.

Tudo se arranjou rapidamente. E não deu nem uma semana e o rapaz estava aqui. Arrumado, mas sem dar muito na cara, o cabelo cacheado cheiroso que dava pra sentir de longe.  Camisa meio aberta no peito. Me pareceu nervoso, só não mais do que eu, que de uma hora para a outra desaprendi a segurar coisas sem deixar tudo cair.

Com todo mundo de pé, encostados no balcão da cozinha americana, foi que o negócio começou a rolar. Acho que alguém deu a desculpa de olha a arquitetura dessa reforma que magnífica para levantar e tomar a iniciativa. O fato é que rapidinho teve beijo triplo, e mais rápido ainda meu vestido foi para o chão.

A luz do quarto já estava ajeitada pra não constranger nem tirar a graça. O lençol, limpíssimo. Eles terminaram de tirar a minha roupa, lambendo meus peitos e passando as mãos (quanta mão) pelas minhas coxas.

polygamy | Jack Fisher's Official Publishing Blog

Virei, bem malandra, de quatro, de costas para eles. Queria ver como era ter a bunda mordida por dois, e duas caras se enfiando com nariz, língua e boca dentro de mim. Recomendo.

Revezamos por um tempo com um na manutenção dos acessórios enquanto o outro me penetrava. E era curioso ver os estilos diferentes – enquanto um se sentia mais em um pornôzão meio violento, o outro era mais amorzinho e chamego. Muito bom poder misturar tudo numa trepada só.

Lá pela meia hora de diversão, foi quando alguém arriscou a sugestão que todo mundo esperava. O amigo sentou recostado na cabeceira, pernas de índio. Eu sentei por cima, fui deslizando inteira até terminar de engolir o pau inteiro. Muito beijo, porque era dele o papel do romance.

Depois de observar um pouco a cena, o outro veio por trás de mim, o pau duríssimo, e se esfregou já bem molhado para começar a enfiar na minha bunda. Quando encontramos o ritmo, todo mundo junto, em sintonia rumo ao gozo, eu já nem me lembrava mais de quarentena nenhuma. E revirei o olho pela terceira vez.

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Sexóloga fala sobre tesão (ou a falta dele) na quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/#respond Fri, 05 Jun 2020 01:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2950 Por Dolores

Talvez nunca se tenha falado tanto de sexo e se feito tão pouco sexo na história da humanidade quanto agora, durante a quarentena. Isolados em nossas casas, às vezes acompanhados, às vezes sós, temos pensado muito nas maravilhas da cama, mas desfrutado bem menos delas – afinal, como é que faz para o tesão resistir às inseguranças, medos e frustrações causadas pela pandemia?

A sexóloga Carla Cecarello, porta-voz da K-Y no Brasil, explica por que nos sentimos desse jeito, e ajuda a entender se o que tem acontecido entre nossas quatro paredes é esquisito ou esperado. Leia a entrevista com ela.

É normal que casais que morem juntos queiram fazer menos sexo durante a quarentena? Por que isso acontece?

Isso pode acontecer sim. No início essa não era a realidade em maior parte dos casais, pois uma grande parte deles estava considerando a quarentena uma grande oportunidade de fazer mais sexo e experimentar novas práticas, adquirindo produtos no mercado erótico. Com o passar da quarentena, onde muitas pessoas ficaram mais atribuladas, com mais trabalho e mais preocupadas com o futuro extremamente incerto, algumas passaram a não dormir bem e a desenvolver um alto índice de ansiedade, o que consequentemente fez o sexo ficar em segundo plano. Devido a isso, muitos casais não estão querendo ter uma frequência sexual razoável na quarentena. Alguns casais até começaram a entrar em conflito, e a gente sabe que em outros países, como China, França e Itália, o índice de divórcios aumentou pós quarentena.

Há algo que os casais possam fazer para ter mais vontade e, consequentemente, aumentar essa frequência?

Sim! Sempre há algo que os casais podem fazer, basta que ambos queiram fazer. É necessário que eles percebam que a coisa não está legal, que a frequência diminuiu ou que a cabeça está em outro lugar e não no relacionamento. De alguma forma, os casais precisam perceber que precisam fazer essa melhora. Isso é muito importante. O primeiro passo a ser dado é conversarem sobre, dividindo suas angústias. Posto isso, o casal pode começar a promover novas possibilidades e pensar em sex toy para despertar a relação. Caso o casal nunca tenha utilizado brinquedinho, creminho, gelzinho ou coisa do tipo, eles podem começar com algo mais tranquilo, e juntos encontrarão algo.

Como lidar com a culpa quando um parceiro quer mais ou menos que o outro?

Quando um parceiro quer mais ou menos que o outro, e isso começa a gerar uma culpa, não há muito o que fazer além de conversar a respeito. É necessário expor suas angústias e expectativas, pois isso poderá ajudar a acertar os ponteiros.

Por outro lado, alguns casais têm aproveitado o momento para se relacionar mais intimamente. Pode ser legal experimentar coisas novas? Quem nunca fez sexo anal, por exemplo, agora é um bom momento pra testar?

Sim. Esse momento fez com que muitos casais resolvessem dar uma atenção especial ao sexo. Então, com um tempo maior juntos, é possível se aventurar em novas práticas. É muito legal experimentar coisas novas, mas é importante que o outro também queira. Não adianta o desejo ser só de um lado, ele precisa ser de ambos. Antes de começar uma nova prática, a conversa é necessária. Estamos vivendo um momento onde os sentimentos estão potencializados e isso pode gerar um certo conflito. Quem nunca fez sexo anal, esse pode ser um ótimo momento, pois essa é uma prática que exige um certo tempinho e uma adaptação, pois não é de primeira que vão conseguir.

empty bed - Well of Life Center

Por falar em sexo anal, esse é um tema bem recorrente aqui. Quais são suas dicas para quem está começando?

O casal precisa se informar e até mesmo assistir algum vídeo. Eu mesma tenho um vídeo no YouTube onde explico o passo a passo para fazer o sexo anal. Essa é uma prática que exige uma grande entrega, e é possível sentir muita dor. Então, é preciso realizar com calma. Também é necessário lubrificar bastante o ânus para poder fazer a penetração deslizar bem. O gel lubrificante vai ajudar a deslizar melhor. Tem que iniciar a prática com o dedo para depois iniciar a prática com o pênis. Então, é necessário que o casal tenha tempo e tranquilidade para poder realizar o sexo anal, por isso a quarentena é um ótimo momento, já que os casais estão juntos 24h. Trazer novidades para a relação pode ajudar muito, mas o diálogo é muito importante antes de qualquer prática.

Os solteiros têm brincado muito nas redes sobre estarem quase desesperados para transar com alguém. Você acha que é possível estar assim com essa libido tão aflorada após dois meses e meio sem sexo? O ser humano não consegue ficar esse tempo sem transar, ou pode ter alguma relação com a necessidade de passar para os outros a imagem de alguém muito cheio de tesão o tempo todo?

Realmente é muito difícil, principalmente quando se é mais jovem, pois há uma necessidade maior, até por conta da parte hormonal. Além disso, eles sentem uma necessidade de “não perder tempo”, de ter um maior conhecimento das situações, principalmente para quem já tinha uma prática sexual. Existe mais vontade de querer estar junto com alguém, ter a pele com pele, e também a vontade de querer seduzir. Eu vejo que os solteiros estão aderindo às conversas em sites e aplicativos de relacionamentos para conversarem com as pessoas e trocarem conversas picantes. Alguns estão se masturbando um pouquinho mais, para poder ter uma satisfação por enquanto com aquilo que se tem. Existem, sim, as pessoas que querem passar a imagem de que são cheios de tesão o tempo todo, mas eu realmente vejo que isso não é o caso de muitos jovens solteiros que estão passando por esse momento.

Para quem está nessa situação, sozinho em casa: muita masturbação pode viciar?

Para quem está sozinho a masturbação tem sido a grande saída. Pode acontecer de viciar sim, mas aí nós vemos que a pessoa já tinha uma tendência a não se expor muito. Geralmente ela é uma pessoa mais tímida, e que já tem uma certa dificuldade para se aproximar do outro, então a masturbação nesse momento pode intensificar esse tipo de traço de personalidade. Agora, para as pessoas que gostam de estar com o outro, gostam de pele com pele, e gostam do jogo de sedução, a masturbação não vicia. Ela pode aumentar a frequência, mas não viciar.

E como variar a masturbação, para que ela não se torne monótona ou mecânica?

A masturbação pode ser variada com alguns produtos que estão no mercado erótico, como os masturbadores. Existem opções femininas e masculinas. O gel lubrificante que esquenta também é uma ótima alternativa para trazer um diferencial para a masturbação. A minha única preocupação no caso das mulheres que nunca se masturbaram, e que estão precisando se masturbar no momento, pela falta de uma parceria, é que alguns vibradores e masturbadores vão oferecer a ela uma frequência, uma pressão e um ritmo que nenhum dedo ou boca poderá fazer depois. O cérebro registra um certo ritmo que uma pessoa ao vivo e em cores não vai oferecer. Então, quando ela estiver com outra pessoa, será desmotivador. Por isso é importante tomar um pouco de cuidado.

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Sexo anal, prazer em conhecê-lo! Um relato da 1ª vez https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/sexo-anal-prazer-em-conhece-lo-um-relato-da-1a-vez/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/sexo-anal-prazer-em-conhece-lo-um-relato-da-1a-vez/#respond Thu, 26 Dec 2019 12:19:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2810 Por Carmen
“Sou leitora assídua do blog, e confesso: está aqui nestes posts os textos mais esclarecedores e verdadeiros que li recentemente sobre essa coisa tão boa, tão adiada e, temos que admitir, impopular entre as mulheres: o maravilhoso sexo anal.

E taí uma das melhores coisas deste ano, ter aprendido a adorar dar o rabo.

Anal
Crédito da foto: Suck My PIxxxel
Ele não é nada simples de começar a fazer. Dói até você se encontrar nele, dói mesmo quando você se encontra, não é todo dia que encaixa. Mas putaqueopariu, como é bom sentir o pau do teu homem enfiado até o fundo.

Com meu namorado eu derrubei o mito que é impossível fazer anal com o pau grande, porque o dele é. ‘Sofri’ a certa altura do relacionamento, quando achava que aquilo seria um impeditivo pro anal. Se só o dedo já me fazia sentir dor, imagina aquilo tudo. E foi assim por um bom tempo, dedo e dedos, para ir testando.

Até que um dia, dentre todas as confissões de temor meu e desejo insano dele, rolou o meu pedido: come meu rabo? Por favor? Agora?

E foi. De lado, com MUITO lubrificante (sem ele fica impossível). Enfiando a cabeça, eu relaxando, até que pasma eu disse: seu pau está inteiro? Ele disse que sim, quase sem poder falar de tanto tesão.

Fiquei inconformada de ter cabido, e louca de vontade de ele meter de fato. Tirar e colocar o pau em mim. Começou devagar, bem devagar, até que a loucura do vinho e do tesão insano nos levaram a ele estar METENDO, muito, duro. Sentia o quanto o estava apertando, porque meu rabo é apertado.

E no meio daquilo, tinha a certeza: seria (e foi) um caminho sem volta.

Ainda me considero uma novata, apesar de já termos feito várias vezes. Até aqui, sei que:
– de lado é mais fácil começar que de quatro;

– precisa estar relaxada e devidamente lavada;
– você pode adorar, mas não querer todo dia nem sempre, e tudo bem;
– você deve provar vários lubrificantes até achar o que prefere;
– a burocracia existe (melhor post do X do ano, hehe, leia aqui.
Então, obrigada, 2019. Você foi de transas incontáveis de sensacionais, mas descobrir a felicidade de dar o cu assim está no topo da lista.”
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Dicas para quem nunca foi a um sex shop https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/16/dicas-para-quem-nunca-foi-a-um-sex-shop/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/16/dicas-para-quem-nunca-foi-a-um-sex-shop/#respond Mon, 16 Dec 2019 17:27:18 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2801 Por Dolores

Uma plaquinha na entrada pergunta: “Ficou com vergonha?”. E eu imagino que muita gente deva realmente parar ali mesmo, chegar até tão perto e desistir. Travado na porta do sex shop. Sei que não é fácil encarar o desafio de entrar em uma loja que diz tão claramente quais são as intenções dos clientes: transar, fazer safadeza, foder com força.

Porque ninguém procura sex shop pra fazer amor. Pra ficar de carinho na cama. Para isso, já inventaram o Netflix. Na loja especializada nos chamados “brinquedos sexuais”, ninguém está pra brincadeira – a ideia ali é experimentar além do básico na cama.

Mas, como vencer essa trava e conseguir aproveitar tudo que um sex shop tem a oferecer de legal? Pois bem, vamos às dicas.

Comece, por exemplo, dando uma volta virtual nas lojas disponíveis na internet. São muitas, milhares. Sugestão: faça isso usando o modo privado do seu navegador. Não porque alguém vá ver seu histórico e te julgar (e isso é papo pra um outro texto, em breve), mas porque assim você evita que a loja em si te identifique e, depois, tenha como te encher com promoções e carrinhos abandonados usando seu email.

Porque, sim, eles conseguem fazer isso. Estava fazia algum tempo querendo comprar um plug anal, e, nas andanças pelas lojas online, encontrei o que havia sonhado – pois não é que, no dia seguinte, recebo uma mensagem do estabelecimento perguntando por que eu não finalizei a compra do Plug Anal com Ametista Tamanho Médio? Cuzões.

Voltando. Use a experiência na internet para ir se familiarizando com o que uma loja deste segmento vende. Assim, você já descobre do que gosta, o que interessa, o que pode servir de presente para um parceiro ou parceira, além de se colocar mais confortável diante de tanta novidade.

Porque está aí uma verdade: as paredes lotadas de pintos de borracha, por exemplo, cintas-caralho, chicotes e órgãos falsos de todo tipo podem dar uma assustada. Não porque a gente aqui seja santo – estamos todos em um blog de sexo, afinal. Mas porque é uma profusão de membros e orifícios reunidos que realmente pode causar, nos seres menos preparados, um misto de animação com susto.

Quando chegar a hora de finalmente ir à loja física, se a vergonha ainda for muita, escolha uma filial que não fique colada à sua casa. Já pensou cruzar com a senhora do 93 na fila do caixa? São Paulo, por exemplo, é uma cidade com um sex shop em cada esquina, então não é nada difícil encontrar uma opção que fique no bairro ao lado, ideal para evitar “acidentes” constrangedores.

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As noites costumam ser mais movimentadas. Então, se quer aumentar a possibilidade de discrição, visite a loja pela manhã ou de tarde, mas levando sempre em conta o fato de que é muito raro encontrar um sex shop completamente vazio. O pessoal transa bastante, e gosta de se divertir. Glória a Deus.

Ao entrar, cheque seu mood: a timidez passou? Se sim, cumprimente os vendedores e já peça para ver o que mais interessa. Aliás, cabe aqui um parêntese. Diferentemente do que acontece em lojas de roupas e sapatos, onde vem sempre um funcionário perguntar se pode ajudar e é preciso repetir que estamos apenas dando uma olhadinha, nos sex shops ninguém vai se aproximar de você a menos que você sinalize que assim o deseja.

Se ainda estiver acanhado, basta fazer cara de quem já esteve ali dezenas de vezes, de quem tem cartão fidelidade e está à beira de ganhar um consolo de 30 cm por completar a cartelinha com 50 selos. Circule pelos corredores, ignore quem estiver ao lado.

Bem lembrado, inclusive, este ponto da etiqueta. Não pega bem ficar olhando muito para os outros clientes, nem nas cestinhas deles, tampouco no rosto – tem gente que, assim como você, está morrendo de vergonha de estar ali, e, pior, tem gente que está ali sem dever estar, por circunstâncias múltiplas, e que não quer ser reconhecido em hipótese alguma. Tipo a senhora do 93.

Quase tudo fica disponível em paredões divididos por temas bem sinalizados. Há, por exemplo, a seção das lingeries, a do sadomasoquismo, a das fantasias, e assim por diante. Atrás do balcão, ficam itens como os vibradores, anéis penianos, óleos e lubrificantes. Ou seja, itens ou muito pequenos e fáceis de roubar, ou muito caros, e que exigem uma vigilância maior.

As equipes das lojas costumam ser muito bem treinadas para tratar com os mais diversos públicos, desde os frequentadores assíduos até gente como você, que está ali pela primeira vez e pode não querer admitir. Assim, estão sempre à disposição para tirar dúvidas, mostrar o funcionamento das coisas, permitir que se experimente produtos.

Escolhido o que você quer, é só passar no caixa e ser feliz. Ah, sim, duas informações bacanas e importantes: os sex shops não têm nunca sacolas que identifiquem onde você esteve no verão passado, então pode ficar tranquilo que, ao sair na rua, ninguém vai saber a natureza das suas compras. E, por fim, a maioria das redes aceita parcelamento – quem sabe não era isso que faltava para você poder comprar seu primeiro (de muitos) brinquedo erótico?

 

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O cara que está me comendo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/o-cara-que-esta-me-comendo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/04/o-cara-que-esta-me-comendo/#respond Wed, 04 Dec 2019 12:41:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2795 Por Dolores

Foi num dia de pouco trabalho que recebi a mensagem com o convite. “E aí, gata, vem comigo no Detran?”, e claro que parecia piada num primeiro momento, mas, dado que o relacionamento andava naquela fase boa de grude do começo, pensei que não havia mal em largar as duas únicas tarefas a que tinha me proposto, e aceitar o passeio.

Tanto fazia que o lugar era imundo e cheio de gente, e que imperava um calor africano e que nenhum dos ventiladores das salas velhas parecia estar realmente ligado – ele era um gostoso, e, nesse caso, a temperatura surreal virava quase uma vantagem, porque homens tesudos suam de um jeito mais salgado e bom. E eu tenho tesão no cheiro de suor do cara que está me comendo.

Não que ele estivesse me comendo ali. Nem dava. Os banquinhos eram até colados além do necessário, fico imaginando o desconforto de estar com a coxa roçando em alguém que não se deseja, mas não tinha como arriscar nem uma mão boba naquele panorama aberto. O-cara-que-está-me-comendo é o nome oficial do cargo que ele ocupava, o emprego dele na época.

Eu não sei quantos dias por ano o sistema do Detran costuma cair, mas sei que, se eu agendar serviços seis vezes de janeiro a dezembro, o sistema falhará seis vezes, e a mesma coisa acontece se eu agendar apenas uma ida, quando o sistema vai cair em uma única ocasião naquele ano: o meu dia. De modo que, óbvio, os atendentes explicavam que estava tudo muito mais lento por causa dos computadores, e, óbvio, amargaríamos mais umas boas horas entre uma etapa e outra da renovação da habilitação.

Previram duas horas, por exemplo, só entre a parte em que ele tiraria uma foto bem bonita para o novo documento, ignorando todas as regras que dizem que todo mundo sai mal em situações como essa, e a outra etapa, em que seria preciso passar por um médico para um exame de saúde rápido, a fim de checar reflexos, força e visão.

Escolhemos matar o tempo e a fome juntos, e nos enfiamos numa cantina que prometia carbonara a R$ 25. Honesto e calórico na medida. Não havia ninguém no restaurante àquela hora, ainda antes do meio-dia, exceto a legião de garçons vestindo uniformes antiquados e cheios de modos amplos e olhares curiosos.

Depois de oferecer os dois cardápios, deram alguns jeitos de voltar à mesa com sugestões de couvert, bebidas, depois mais bebidas diferentes, cestinhas com temperos, guardanapos frescos, certamente animados para ver um pouco mais do decote por onde ele me agarrava, com a mão enfiada entre dois botões, segurando com a palma cheia o peito direito, e espremendo entre os dedos o mamilo arrepiado pela ousadia.

Ninguém quis sobremesa. Saímos debaixo do sol forte com a minha bunda rebolando no pau duro dele, que me abraçava por trás enquanto caminhávamos de um jeito engraçado tentando coordenar os passos para não cair. Ainda temos 25 minutos.

Foi dele a sugestão, óbvio, de alugar aquele quartinho com cheiro de mofo e desinfetante na parte de trás de um prédio certamente histórico, com uma escadaria barulhenta e janelas muito pequenas nas habitações. O chuveiro ficava por cima da privada, e a porta do banheiro era de blindex.

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Só a cama interessava. Depois de um boquete curto, mas caprichado, ele me botou de pé, com as mãos apoiadas no colchão e a bunda empinada pra cima, molhou a mão e esfregou a saliva de leve no meu cu, forçando a entrada com carinho, mas uma certa urgência. Foi do início ao fim agarrado nas minhas cadeiras, sem soltar um milímetro nem reduzir a força, as marcas das unhas ainda duraram semanas depois até sumir.

O gozo escorreu para fora antes mesmo que ele pudesse sair. Correu para se lavar, mas o encanamento do prédio velho não ajudava: sem água nem na torneira, nem no chuveiro mal posicionado. O jeito é ir assim mesmo.

Foi na fila do exame médico, atrás de três pessoas que também esperavam a vez, que nos demos conta da cena que estava por vir: em busca de saber se estava tudo certo com os reflexos, o médico entenderia, por aquele cheiro de porra e suor vindo de dentro das calças do paciente, que não só a saúde do cara-que-está-me-comendo anda muito boa, obrigada, mas que sua potência e libido também seguem aptas a continuar me pilotando por tempo indeterminado.

 

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Sexo anal: um guia prático para a primeira vez https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/18/sexo-anal-um-guia-pratico-para-a-primeira-vez/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/18/sexo-anal-um-guia-pratico-para-a-primeira-vez/#respond Thu, 18 Jul 2019 17:47:04 +0000 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/peach-320x213.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2698 Por Dolores

Quando eu era adolescente, adorava que saíssem nas revistas Capricho e Atrevida aqueles guias tirando dúvidas sobre como era beijar um garoto, transar pela primeira vez, botar camisinha. Mas nunca nenhum deles sequer mencionou sexo anal. As revistas femininas, depois que cresci, também não escreviam nada muito produtivo para quem se interessava pelo assunto – só mesmo dicas suaves, quase puritanas. Até mesmo hoje, com a internet, é raro a gente ver quem fale a verdade sobre sexo anal. Ninguém menciona dor, sujeira, vergonha. Pensando nisso, resolvi que era hora de botar o pau na mesa e a bunda pra jogo, e chamar quem entende do assunto para uma conversa definitiva.

Com vocês, um papo com meu melhor amigo gay, 34 anos e expert na arte de ser feliz via porta dos fundos.

 

Afinal, dar o cu dói?

Dói. A intensidade depende de como é feito. A gente tem que pensar que o ânus é um músculo, e, como todo músculo, dilata e contrai. E, se não estiver relaxado, vai machucar. E o objetivo é que o sexo seja prazeroso. A técnica principal, para mim, é foco nas preliminares. Muita gente torce o nariz quando a gente fala de lamber o cu, o cunilingus, beijo grego, tem várias denominações. É o que, para mim, ajuda a relaxar. E é muito bom porque você vai estimulando a parte dos nervos. Ainda não tem a penetração, então não tem o atrito, e você vai fazendo com que relaxe. Para mim ajuda muito e me dá muito tesão, inclusive. E pode ser uma boa forma de iniciar o sexo anal. Outra coisa que muita gente faz é começar a introduzir elementos que não sejam tão invasivos, como um dedinho ou dois. Eu não gosto muito, me incomoda. Mas funciona, porque o músculo vai se acostumando, vai ficando mais flexível. E o mais importante é a lubrificação. Tem que lubrificar muito, e ficar com o lubrificante do lado, não economizar. Passar lubrificante no ânus o tempo inteiro, no pênis o tempo inteiro, na camisinha, porque isso ajuda. Faz com que não doa, e chega uma hora que o ânus está dilatado e aí é só prazer. Você não sente mais dor nenhuma, e é show.

Existe alguma técnica para não doer ou para doer menos?

O homem tem que ir devagar, realmente devagar. Tem que pensar que é uma área sensível e bem delicada, e ir ouvindo como o parceiro ou parceira está sentindo. No começo vai doer um pouquinho, mas, se for feito devagar, prestando atenção em como o prazer está sendo conduzido, chega a ser uma dor quase rápida.

Um dos principais medos de quem vai dar o cu e não tem muita experiência é que, ao entrar lá, o pênis do cara encontre ou bata em, como dizer, um cocozinho. Isso acontece mesmo? Com que frequência?

Acontece, e acontece bastante. Eu inclusive já tive infecção urinária duas vezes, com dois namorados. Acontece comigo sobretudo quando é com novos parceiros. Daí entra alguma coisa de fezes no canal do pênis. Mas, assim, sujar, de ficar uma caganeira, já rolou, já saiu cocô comigo e com o outro. Vai acontecer. Porque, né, é o reto, não tem muito o que fazer. Quando você começa a fazer sexo anal com frequência, em uma relação estável em que acontece bastante, de uma forma muito milagrosa a incidência disso é menor. Não sei se você vai ficando acostumado.

Tem algum jeito de evitar?

Tem gente que faz chuca. Eu já fiz, mas não gosto, não acho que é legal nem confortável. Existem os enemas que você pode comprar na farmácia. Tem alguns que são até portáteis. Você vai ao banheiro, introduz no ânus, segura um pouco, e depois solta. Não acho interessante porque não acho que seja garantia de nada, tem vezes que você sai limpo, tem vezes que não sai. Uma vez me ferrei e nunca mais usei. Pode ser, por exemplo, um dia que você esteja produzindo mais fezes, e não vai limpar. Mas tem gente que prefere, e tudo bem. Já li muito sobre o assunto, e parece que, ao fazer o enema, você limpa não só as fezes, mas também a lubrificação do ânus. Raramente faço sexo que não seja com namorado, avulso eu evito dar. E nunca faço sem camisinha, e, com camisinha, o atrito e o desconforto são muito maiores, então evito. E com namorado eu faço sem, e meu medo de fazer chuca é sangrar, fazer alguma lesão no ânus, e eu sou paranoico com essas coisas. Não gosto muito de fazer chuca, e acho que lubrificação é essencial, sobretudo os lubrificantes à base de água, que acho os melhores. O KY é insuperável. Acho que se você tem um intestino minimamente regulado, e sabe mais ou menos quando evacua, dá para evitar fazer sexo anal antes. Eu, por exemplo, vou ao banheiro todo dia de manhã, e não vou fazer sexo se ainda não fiz coco no dia. Você pensa: vou ter que cagar em algum momento, e se eu fizer sexo agora vai dar bosta, literalmente. Mas se eu tive um dia regular daí eu vou, porque eu sei que não vai sujar. Acho que prestar atenção é fundamental.

Se você pudesse fazer um guia rápido de bolso para quem quer iniciar nesta arte, o que escreveria nele?

Um resumo destes conselhos: tem que ter uma boa preliminar, uma boa conversa, e não insistir se estiver doendo muito. Se está lá na penetração e você continua sentindo dor, tem que parar. Se é algo tolerável e consegue sentir prazer, a tendência é que o prazer aumente e a dor desapareça. E quem é o ativo tem que ser muito responsável, nada de achar que está comendo um saco de batatas. Tem que ir devagarinho. Vai ter uma hora que o ritmo vai pegar, vão estar os dois curtindo e vai ser muito legal. Como diria Sandy, é possível ter prazer anal.

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A burocracia do sexo anal https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/02/14/a-burocracia-do-sexo-anal/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/02/14/a-burocracia-do-sexo-anal/#respond Thu, 14 Feb 2019 19:40:48 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2586 Por Dolores

Não há como florear uma declaração dessas: eu gosto de sexo anal. Pronto. Gosto muito. Talvez mais do que minha família gostaria de saber que gosto. E quem curte dar o cu assim nesse tanto não costuma ter frescuras tipo fazer casting e seleção de elenco antes da ação: se o convite é pra ser feliz, qualquer hora é hora, qualquer parceiro é convidado. Nunca fiz restrição e sempre fui bem aberta (um texto sobre sexo anal exige trocadilhos, leitor, portanto acostume-se).

Crédito da foto Pinterest

Há, no entanto, confesso, uma parte profunda de mim que, sim, titubeia antes de assinar o laudo de liberação definitiva. Nada a ver com dor, por exemplo, porque para isso existem os maravilhosos lubrificantes com os quais se besunta tudo e todos, além de rolar aquele mantra relaxante que a tradição recomenda entoar antes da entrada inaugural – a letra diz, em sânscrito, algo como “enfia logo, mas com cuidado”.

Também não tem relação alguma com medo de passar vergonha, cheque ou atestado de safada. Com o primeiro nunca me preocupei, senão não tinha nunca nem tirado a roupa na frente de ninguém a vida inteira. Contra o segundo se toma providências, e os tutoriais de chuca estão aí à disposição na internet para quem ainda não manja da preparação adequada. E prova de que gosto de dar, afe, quer mais do que assinar este blog aqui?

Minha hesitação vem, isto sim, da burocracia do sexo anal.

Porque pode ser que você não saiba, leitor homem hétero (se for bee sabe certeza, se for leitora mulher também sabe e vai talvez chorar comigo no cantinho), mas dar o cu traz consequências para a vida de uma pessoa. E tem dias que lidar com consequências é o que a gente menos quer na vida.

É fruto do sexo anal, por exemplo, uma ligeira dor de barriga subsequente. Pois é, veja a ironia, a porta em si se recupera rápido, mas o corredor se ressente de todo o trânsito excepcional. Com isso, a vontade de visitar o banheiro é quase inevitável, e convenhamos que dar esse rolê na madrugada, depois de uma noite quente passada de quatro, pode gerar preguiça e indisposição.

Além disso, há que se considerar invariavelmente a higiene posterior – não dá para dar o cu, caprichar no KY, e depois virar de lado fingindo que não está tudo melecado e grudento. Adicione-se aí, então, na planilha burocrática, uns 15 minutos de sono perdido debaixo do chuveiro, arrumando tudo para voltar a ficar elegante e imaculada.

Acho, no fundo (de novo), que é só mesmo por isso que o sexo anal é menos popular que as outras modalidades, que guardam exigências posteriores bem menos complicadas. Sexo oral? É só decidir se engole ou se cospe. Sexo vaginal? Chega mais aqui de conchinha e apaga a luz, por favor. Punheta ou siririca? Um pedacinho de papel higiênico e não se fala mais nisso.

O jeito é passar a transar assim só durante o dia, quem sabe, o que não me parece das decisões mais práticas. Ou, então, assumir de vez a burocracia, abrir mão de querer controlar tudo e ser feliz como for possível – ainda que, para isso, a gente precise assinar três vias e reconhecer firma em cartório.

]]> 0 Sexo anal não é vestibular https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/sexo-anal-nao-e-vestibular/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/sexo-anal-nao-e-vestibular/#respond Thu, 05 Jul 2018 01:35:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2426 Por Dolores

Se você tem mais de 18 anos e acesso à internet – dois requisitos básicos para estar aqui lendo este blog, aliás, enfim, confio em vocês -, certamente já teve a curiosidade de digitar duas palavras mágicas no Google: sexo anal. O resultado, obviamente, foi de vídeos e vídeos e fotos e fotos de pessoas curtindo (ou não) a prática, mas, também, é possível que você tenha se deparado com alguns sites dando dicas para quem quer experimentar a porta dos fundos pela primeira vez.

 

bunda
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Tutoriais de linguagem quase médica, e alguns até divertidos, geralmente escritos por gays bem-humorados (pode pleonasmo, Arnaldo?), ensinam a se preparar para dar o cu com felicidade e segurança. Como se sexo, seja ele anal, oral, auricular ou axilar, fosse algo que funcionasse igual para todo mundo.

Óbvio que ler o relato de quem já foi lá e voltou sempre vale, mas será que estudar nesse tanto algo supostamente natural não pode acabar assustando ainda mais quem já tem receio de liberar a bunda prx parceirx? Tipo teorizar demais um negócio que pode ser espontâneo e delicioso?

Aliás, cabe aqui um parêntese. Nem todo mundo acha gostoso dar o cu, ponto. Tem, sim, minas e caras que sentem dor, que não conseguem relaxar o suficiente, que, por qualquer motivo, acham a prática dolorosa e sem sentido. Não é verdade que só precisa praticar para gostar – isso é uma besteira sem tamanho. Portanto, sempre naquela vibe de respeitar a pessoa que vai para a cama com você, é importante saber que pode ser esse o caso, e, assim, nunca, jamais, sob hipótese alguma, forçar uma barra para fazer algo que não é consensual. Sigamos.

Sou do time das que curtem uma enrabada. A única situação em que pode ser que eu peça arrego é quando o pau do amiguinho é muito grosso (os compridos não são problema, estamos falando aqui de diâmetro, ok?), mas, de resto, estou sempre disponível para um bom sexo anal. E, posso garantir que, desde que entrei nesse mundo específico, foi com o método da tentativa e erro que encontrei o meu prazer.

Tem quem recomende o que considero radicalidades, como, por exemplo, comprimidos de laxantes na noite anterior. Sabe quando que eu vou tomar um negócio desses se não for para fazer exame no Delboni no dia seguinte? É nunca. Porque uma coisa é importante lembrar aqui: quem se aventura no mundo do pau no cu corre invariavelmente o risco de topar com bosta em algum momento. E, se isso é um problema para você ou quem te come, então, amigos, melhor assistir filme no Netflix e dormir de conchinha e pijama.

O que funciona para mim (PARA MIM, de novo, porque não acredito em tutoriais) é não pirar muito na alimentação de hoje se acho que há a chance de transar assim amanhã, caprichar na hidratação, como se deve fazer por qualquer motivo mesmo que ele não envolva seu ânus, e obedecer à vontade de ir ao banheiro sempre que o intestino pedir – em outras palavras, não seguro cocô, tomo Minalba, como salada e fica sempre tudo bem.

Na hora, em si, relaxo, e penso que tudo que está acontecendo ali entre mim e quem quer que seja é, supostamente, visando nosso prazer, e não apenas o de quem me come. Esqueço as lições de três páginas da internet, as performances fantasiosas dos vídeos pornô, e procuro encontrar o meu lugar seguro.

Uma posição confortável – que muitas vezes não é a mais sensual ou aquela que o blogueiro recomendou no Tumblr -, uma velocidade específica, uma profundidade que pode até mesmo variar de dia para dia, ainda que o parceiro seja o mesmo. Desencano sobre a possibilidade de o moço se deparar com algo que não queira lá dentro ou na saída e, juro, entro numa viagem astral deliciosa. Quer dizer, isso nos dias bons, né? Porque, quando alguma coisa não encaixa, dói, dá vontade de chorar e eu mando parar com tudo.

Sexo anal é sexo, gente. Igual a qualquer outro. Não é outra categoria, não é mais nem menos que o resto, não é vestibular para ver se alguém gradua ou se bomba. Passou da hora de a gente parar não só de criar tabu por trás (ui) do assunto, mas também de meter glamour onde não existe. Quem quer dar o cu dá, quem não quer não dá. E, se ainda assim sobrar dúvida, consulte, sim, os tutoriais para dar risada, mas marque, também, uma visita ao seu médico de confiança e pergunte a ele tudo que precisar. Boas trepadas, e seja feliz.

 

 

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Sexo anal e outras incoerências https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/08/17/sexo-anal-e-outras-incoerencias/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/08/17/sexo-anal-e-outras-incoerencias/#respond Wed, 17 Aug 2016 22:19:17 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1817 Eu tenho uma amiga que é uma exploradora da gastronomia paulistana, adora provar pratos diferentes, conhecer restaurantes novos. Mas tem uma contradição: não come sushi. Passa longe de peixe cru e suas variáveis.

Joguei na mesa de um almoço tardio de quarta-feira uma pergunta sobre incoerências em outra esfera, a sexual. “O que você gosta, ou não, no sexo que pode parecer improvável pela sua personalidade, para quem te conhece fora dos lençóis?”, questionei.

A mesma amiga confessou que ninguém diria, ao observar seu jeito agressivo de colocar as opiniões e seu espírito de liderança, que ela adora ser dominada na cama.

Com a fala mansa que lhe é característica, em um tom mais baixo do que o esperado na balburdia do restaurante, o amigo ao meu lado, moço gentil de ideias progressistas, contou que gosta mesmo é de foder com força.

O caçula do grupo, de 30 anos, que costuma se vangloriar de nunca ter namorado e ser um pegador, acabou admitindo que “uma noite e nada mais” não faz seu gênero. Suas amizades de foda duram de uma Olimpíada a outra, pelo menos.

E nessa toada de revelações destoantes, resolvi escrever do que é meu tabu em desconstrução: o sexo anal.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Eu sou liberal e ponto. Acredito que, consensualmente, tudo vale no prazer. Falo, escrevo e faço sexo abertamente. Não me conformava em ser uma mulher que não fazia sexo anal. Não ornava, sabe?

A verdade é que eu vivia bem sem. Variando muito, gozando sempre. E não é que a zona erógena traseira não fosse das minhas preferidas. Um dedo ali acelera mesmo meu orgasmo. Beijos e lambidas são muito bem-vindas. E quer saber? A possível dor da penetração nem me assustava tanto. Já passei por crise renal e depilação com cera fria – nenhuma delas envolve nem um tico de prazer. Ser comida por trás, num momento hot, deveria ser bom.

Mas eu tinha uma questão com o “dar a bunda” que me deixava até tímida de falar do assunto. Eu, envergonhada na cama, veja só.  Meu problema era com o aspecto higiênico da coisa. Morria de medo de uma situação escatológica. Lia na internet maneiras de evitar isso, mas o receio me deixava tensa. E tensão no sexo é acabar com o clima, com a lubrificação, com tudo.

Coloquei na minha cabeça que não queria ser uma mulher que nunca experimentou o sexo anal, assim como não queria ser uma pessoa que não vai em montanhas-russas. E com o cara certo, no dia certo, com o mindset certo, rolou fácil: sem programação, sem dor, sem constrangimentos e com muito prazer.

Claro que ser contraditório não é um problema. Para mim, foi uma questão de superação. Para outros, talvez seja de aceitação. Se tem um lugar onde podemos ser quem quisermos e devemos respeitar nossa natureza e nossos gostos, é no sexo.

Conta pra mim sua incoerência sexual? Meu e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com

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Menu de fetiches: o número 1 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/05/22/menu-de-fetiches-o-numero-1/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/05/22/menu-de-fetiches-o-numero-1/#respond Sun, 22 May 2016 17:38:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1695 A Melissa ficou entusiasmada ao ver sua história de masturbação mútua numa noite fria relatada no blog e quis contar outra experiência safada, que aconteceu pouco tempo depois do primeiro relato.

Havia uns dois meses, ela trocava e-mails provocantes com um colega de trabalho. Aos 20 e poucos anos, finalmente tinha desviado o foco dos insossos garotos de rostinhos bonitos. Estava nutrindo com muita siririca uma intensa paixão platônica por esse cara de 35 anos, anos-luz mais vivido, inteligente e sexy de um jeito nada óbvio.

Sexo aparecia nas conversas deles de um modo discreto e sedutor. Até que ela cometeu o erro (ou acerto!) de mencionar, de passagem, a palavra fetiche em uma mensagem. Eis a resposta que recebeu – e que a deixou sem ar:

 

sexoanal3
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Fetiches, com certeza os nossos serão diferentes.
Afinal, somos de sexo, idades, experiências distintas, não?
Mas também não dizem: viva a diferença?

No fundo, gosto de sexo simples e prazeroso,
mas tenho um lado fantasioso, às vezes até mesmo hard, que não está disponível todo dia.
Diria que até raramente.
Mas vou em frente, te provocando, te testando.
Seria melhor menos sinceridade?

Meu primeiro fetiche é o velho e a mocinha, eu e você!
Sem rodeios: sexo anal, a fêmea sendo comida pelo macho.
Você na cama, nua, nádegas pra cima. A pele jovem, a bunda pequena.
Minha mão percorrendo tuas coxas, virilhas, os lábios do teu sexo molhado escorregadios. Fricção!
O polegar da outra mão força teu ânus, penetra, sai.
A língua desce, lubrifica.
Aproximo meu pênis, forço de novo, recolho teu gemido, um primor de momento!
Alargo tua carne, te amacio, soco, acaricio.

Não te deixo sofrer muito, só o que desejas, ou melhor, o que teu corpo deseja.
Avanço na tua nuca, orelhas. Lá embaixo te castigo.
Você já está aberta, arrombada, toda relaxada, entregue.
Te gozo, te encho de porra! Na minha mão, tu gozas.
E te olho nos olhos, toda aberta.”

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