X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Com você é especial https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/24/com-voce-e-especial/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/24/com-voce-e-especial/#respond Thu, 24 Sep 2020 23:57:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3028 Por Dolores

Quando isso tudo passar, e a gente finalmente puder se ver, eu quero que você me faça muitas coisas. Vou pedir coisas infinitas de você. Podemos começar, por exemplo, por marcarmos só uma semana depois que todos os encontros forem liberados. Sim, eu sei que a saudade é imensa, e que já esperamos tanto, mas quem espera tanto não espera um pouco mais?

Tenho vontade de criar suspense. Sim, ainda mais. Então, no dia, quando finalmente chegar este dia, você me escreve um email enorme, dizendo que sente minha ausência, e que quer muito me ver. Que manda esta mensagem para compensar a falta que você me faz. Daí eu respondo. Faço um pouco de cu doce. Mas aceito no final, você vai dizer que já sabia que eu aceitaria. Vamos rir. E sete dias se passam e eu apareço aí.

Vou tocar sua campainha, depois de subir três lances de escada deste seu predinho sem elevador que eu sempre achei um charme, e que se fecho os olhos aqui, nossa, de olho fechado parece que faz ainda mais tempo, eu fecho os olhos e sei exatamente o cheiro que o caminho vai ter.

A mulher do segundo andar fritando bife. A amônia do xixi de gato da vizinha do térreo. E a sua campainha tocando com som de geladeira velha só pra assustar seu cachorro esquisito. Eu nunca disse que não amo seu cachorro. Só acho ele esquisito. Você é esquisito, também, e olha o tanto que eu te adoro.

É bastante, garanto, que eu não coloco body de renda preta pra qualquer um. Vão acontecer outros encontros, quando tudo isso passar, e a gente finalmente puder se ver, encontros com outras gentes, eu digo, e pra nenhum eu vou botar body de renda preta. Com você é especial, sabia?

O que vai me dar pra beber? Eu quero que você me faça muitas coisas. Servir vinho branco meio gelado, por exemplo. Numa taça bonita daquelas que a gente quase não consegue segurar com uma mão só. Gorda. Me elogia. Mas ainda não me beija. Nem tenta, se puder, quero criar um clima de romance.

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Finge que está preparando alguma coisa bem gostosa pra gente comer. Pica uns queijos diferentes. Salpica umas ervas por cima. Diz que fica pronto já já e que espera que eu goste. Daí pergunta o que eu quero escutar, me ouve dizer que é Caetano, e vai lá e bota um Chico no lugar. Pra gente rir e criar um clima de tesão.

Aqueles queijos diferentes lá ninguém vai nem provar, né, você sabe. Porque vinho branco meio gelado é rápido de beber. E, quando a gente nem espera, já está meio bêbadozinho, vai pegando no muque enquanto dá risada de umas coisas bestas que você diz, você hoje está mais engraçado que nunca. É a saudade.

É a saudade? Você vai estragar meu body preto de renda de tanta pressa que vai ter pra desabotoar o fechinho que fica no meio das minhas pernas. Achou que era de pressão, eu avisei que era de encaixe. Só que sua língua é tão quente e molhada que, olha, tá tudo bem, eu compro um novo. Eu nem compro, e venho pelada da próxima vez. Pra facilitar de você lamber exatamente este lugarzinho que está lambendo agora.

Eu vou querer transar de novo. Você topa? Falei que ia pedir coisas infinitas de você. E, se der, vou querer terminar tudo dormindo meio encaixada em você. Não muito, que seus pelos me dão calor, mas quase. Você topa. E eu topo, também, se com o dia quase amanhecendo você botar o pau grande e bem pronto entre as minhas pernas, e quiser me comer mais uma vez.

Eu vou querer sair sem banho nem café. Você vai insistir. Eu vou achar que quase gosto de você a mais do que deveria, mas vou lembrar dos outros pra quem não chegava a usar body de renda preto, mas que gosto também que me lambam molhados, e vou decidir que um pedacinho do queijo de ontem eu até aceito, uma xícara de café com leite também ia bem.

Vou perguntar se você está de ressaca igual a mim. Te ameaçar de levar seu cachorro comigo, porque ele é fofo e tem barba. Do interfone na cozinha, você dispara o portão lá embaixo, eu desço com calma, o bife de ontem já se dissipou. Tem alguém fazendo pão na chapa.

Da janela do seu quarto, você vai me soprar um beijo pra calçada. Eu pego com a mão e finjo que aperto ele pra dentro do peito. A gente sabe que vai se ver de novo, e em breve. Ninguém me chupa assim. Se eu me apaixonar por você, te mato.

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Você nem era tão transante assim https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/14/voce-nem-era-tao-transante-assim/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/14/voce-nem-era-tao-transante-assim/#respond Thu, 14 May 2020 21:24:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2933 Por Dolores

As redes sociais se dividem hoje em dia entre postagens com fotos de incursões ao mundo antigo, os chamados TBTs, e memes que tiram onda da desgraça que é ficar sem transar por muito tempo. Porque ninguém duvida que esta seja uma das tragédias da nova ordem, a imposição da falta de sexo.

Mas, por mais lamentável que pareça não ter alguém com quem trocar fluidos, e que haja gente até mesmo furando o isolamento só pra visitar contatinhos, botando em risco toda uma rede de pessoas envolvidas nessa contravenção, eu venho aqui para trazer uma verdade: sossega esse drama, que você nem era tão transante assim.

Sim, eu sei que você se tem em alta conta, que aquela dezena de matches no Tinder te faz se sentir a estrela do pedaço, mas, então: não. Claro, claro, tem o fato de a liberdade sexual ser uma realidade, nunca ter sido tão fácil descolar quem queira um sexozinho sem compromisso quando a vontade bate, só que, putz, tá todo mundo ligado no seu rolê, e ele não é essa Sodoma e Gomorra toda que seu Instagram divulga.

Tesão a gente resolve gozando. Ou atiçando mais antes de gozar, pra ser mais divertido. Sendo assim, punhetas e siriricas são excelentes aliados de quem deu o azar de cair em quarentena sem um corpinho delícia junto. Veja fotos, assista vídeos, troque nudes, use o que for para conduzir a masturbação em casa. Você vai ver que o tesão passa.

O que está fazendo falta, na verdade, mas que não dá tanto ibope nem te coloca na posição midiática de o ser mais transante do pedaço, é encostar nos outros. Deitar em cima e embaixo deles. Abraçar, dar beijo, sentir cheiro. E isso nunca significou necessariamente desdobramento em sexo.

Eu lendo fanfic, É sabendo que aquilo nunca vai acontecer! | ARMY ...

Você está aí, em isolamento total, indo apenas ao supermercado e à farmácia, vendo o mundo ruir pela televisão, daí vai lá e posta que sua libido é um cavalo que, quando liberado, vai sair desenfreado pela cidade atropelando todo mundo. Conta outra.

Primeiro que você não transava tanto assim nem quando era permitido, que dirá daqui a pouco, quando a gente nem sabe como será a vida.

Segundo que – e nisso eu aposto um mamilo – na primeira transadinha que você der, com a primeira pessoa massa que se deitar na sua cama, você vai se empanturrar tanto de carinho, se fartar tanto no toque e no momento, que vai terminar a noite apaixonado.

Prontinho pra se enfiar em uma relação onde poderá finalmente exercer seu papel verdadeiro e cabível, o de um ser humano comum com desejos, e não o de um unicórnio tarado deus da volúpia e da excitação.

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No carro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/#respond Wed, 15 Apr 2020 01:19:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2907 Por Dolores

Ninguém mais leva bolsa, porque ninguém mais leva nada para colocar lá dentro, e nem mesmo o bolso da calça faz falta, mais, porque basta pegar um cartão de crédito e um frasco de álcool gel. Por isso, ela veste uma legging para sair de casa, sabe que ele gosta, e ainda fica confortável. Mais um dia inteiro dentro de casa, com uma breve fuga para ir ao mercado comprar comida.

Esquema de guerra entre os corredores, cada um com metade da lista, ela corre para as geladeiras, ele faz as frutas e legumes. Em pouco tempo, estão na fila do caixa mantendo a distância de um metro do cliente da frente que passa na esteira quilos e quilos de arroz e macarrão.

Ele pergunta se ela quer levar um vinho. Ela sorri por baixo da máscara, está querendo me embebedar, que eu sei. Se beijam como se não houvesse o pano. Com a mão espalmada na metade direita da bunda dela, ele escorrega dois dedos para entre as nádegas e dá uma forçadinha. A ponta do indicador entraria inteira no cu se, de novo, um tecido não cortasse o clima.

Foram de carro, porque a lei já permite que se prendam as pessoas que caminharem pela rua sem motivo. Encher a despensa até parece explicação suficiente, claro, mas a regra atual é que apenas uma pessoa de cada família saia de casa a cada vez, o que torna injustificável a presença do casal nas ladeiras do bairro.

No carro, estão menos óbvios. Por trás das janelas filmadas, podem fingir ser um só. Vêm calados o caminho inteiro, ela não faz ideia de que o silêncio dele tem como explicação um tesão repentino, maluco. Não transparece por trás do pouco que a máscara deixa ver do rosto, e da calça jeans, que amassa o pau duro preso na costura do zíper.

A vaga, num canto perto do portão do prédio, dá a bunda para duas paredes ornadas com câmeras de segurança que certamente enxergam o que se passa no entorno do sedan. Mas lá dentro, nos bancos, o segredo continua. E é porque sabe dele que, antes que ela agarre a maçaneta para abrir a porta e descer, ele redireciona a mão dela para o meio das pernas e pede que ela o chupe.

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As luzes de sensor se apagam na garagem. Resta só a luminosidade natural que entra pelos pequenos vitrôs que dão para a rua de baixo. Um feixe se projeta do ombro dela, e vai descendo pela escápula, costelas, cintura, até que passa a brilhar no quadril em movimento conforme ela rebola de excitação pela aventura, e se balança para frente e para trás para dar conta da tarefa de engolir e engolir de novo e de novo o pau dele em um ritmo que só aumenta.

Ele força com a mão a cabeça dela para baixo, e se força, com o apoio dos pés nos pedais, para dentro da boca dela com cada vez mais força e insistência. Vai gozar, ela sabe. Reconhece pela respiração e pela textura na língua, quando se enrijece e alisa. Ajuda com a mão direita em um vai e vem cheio de pressão, e que intromete no boquete um gosto de álcool gel esquisito.

Engole tudo, acostumada à assepsia necessária ao momento no mundo. Repõem as máscaras, pegam as sacolas das compras, e sobem para o apartamento, deixando os sapatos no hall do elevador, em frente à porta de serviço.

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Coração no meio das pernas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/17/coracao-no-meio-das-pernas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/02/17/coracao-no-meio-das-pernas/#respond Mon, 17 Feb 2020 20:02:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2860 Por Dolores

Prega o dito popular que é com a cabeça de baixo que pensam os homens. Sempre achei engraçado, isso de dar o nome de outra parte do corpo pra um lugar adicional. Tão engraçado quanto seria se a gente tivesse mais um pedaço chamado queixo, ou uma segunda bunda abaixo do joelho.

Mas, quando começo a rir do costume de chamar chapeleta de cabeça (sim, porque é esse o nome correto da anatomia, chapeleta, repita em voz alta e veja quanta musicalidade), eu lembro que, no meu corpo, cometo a heresia de dobrar órgãos além dos que já vêm em pares de fábrica.

Enquanto todo mundo tem rins, pulmões, ovários, amígdalas, eu sou aquela que tem dois corações. Um é do modelo clássico, bate no peito, acelera na ladeira, e o outro, mais raro, fica instalado lá no fundo da xoxota.

Um pouco menor, garantem as ressonâncias, algo como metade do tamanho do que é igual ao de todo mundo. Também pudera: enquanto o tradicional tem funções múltiplas, o extra serve apenas para complicar a minha vida.

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É por causa dele, o coração genital, que me apaixono por todo mundo com quem transo. Quando era só homem que me comia, eu achava que, de algum modo, a chapeleta (viu? nada de cabeça) roçava de levinho ou com força, e o estímulo contínuo acabava, feito lâmpada mágica, fazendo brotar de lá de dentro o amor em sua genialidade.

Mas, depois que passei a também gostar de pegar meninas, vi que não tinha necessariamente nada a ver com o toque, e que a proximidade bastava. Ter ali por perto, na xoxota, algo quentinho e delicioso, era o suficiente pra que o coração número dois batesse muito mais forte.

E é um problema cair de amores sempre que se vai pra cama. Primeiro porque tem gente que não merece o coração que come. Segundo porque, no caso de cruzar com alguém que é digno, volta aquele velho problema que já se enfrenta no caso do coração elementar: ter que, também com o adicional, reparti-lo em dezenas de pedaços.

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Sexo com amor <3 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/sexo-com-amor-3/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/sexo-com-amor-3/#respond Fri, 29 Jun 2018 00:56:03 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2421 Por Carmen

Recebi este depoimento de uma amiga, que me fez sorrir. Como romântica tarada — ou tarada romântica –, assino embaixo.

amor
Crédito da foto Pinterest

 

“Sexo é sexo. Sexo bom é sexo bom. Sexo ótimo é sexo ótimo. Sexo foda é sexo foda. E aí tem uma categoria que, convenhamos, consegue fazer a coisa crescer de forma exponencial (pelo menos, em grande parte das vezes…) Sexo quando você se percebe apaixonada.

Gozar é das melhores coisas do mundo,  mas e gozar cavalgando naquele cara que faz você derreter só com uma olhar?

Um par de horas suando, com metidas e chupadas que te fazem morrer, é mesmo sensacional. Mas e se depois disso os 20 minutos em que você continua grudada/do na outra pessoa, ofegante, te faz pensar que se desgrudar dele não faz o menor sentido?

Sim, eu sou adepta do sexo pela felicidade. Do sexo por ele se encerrar em si. Acredito do fundo do coração (e de todo o resto) que transar é das coisas que fazem a sanidade mental existir. E nada tira essa minha certeza.

Mas você, leitora e leitor, discorda que o sexo olhando no olho da pessoa que você ama ou por quem está apaixonada(do) te faz achar que o mundo pode acabar? Eu acho.

Me digam. O que é melhor que isso?!”

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Se nada foi real, pelo menos houve orgasmo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/08/14/se-nada-foi-real-pelo-menos-houve-orgasmo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/08/14/se-nada-foi-real-pelo-menos-houve-orgasmo/#respond Mon, 14 Aug 2017 21:37:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2127  

tatuagem
Crédito da foto Pinterest

 

“Se nada foi real, pelo menos houve orgasmos.

Muitos, múltiplos, variados, fartos, comedidos. Em camas redondas, quadradas, retangulares. No chão, na água, no banco de trás e no da frente também.

Se você nega as palavras, as promessas, o sentimento e a realidade, só não negue o prazer. Faça esse favor a si mesmo – e ao seu pau.

Bem ele, o sexo, que é tido como escapismo, veja a ironia. Dele você não poderá fugir quando encontrar boca e dentes que te machucam e um corpo menos apaixonado. Quando quiser aquele afago no meio da noite e se encontrar na pior das solidões: quando se está acompanhado.

Como aquele cara que cai na balada e no uísque de segunda a segunda e aquela moça que trabalha diariamente até a 1h da manhã, você pode negar, negar, negar. Se conformar com a jaula, mesmo tendo corrido livremente pela savana.

Mas quando a zona de conforto estiver desconfortável demais para suportar e você estiver sozinho entre lençóis, ainda pode se tocar e pensar na aparência, no cheiro, no gosto, na sensação do sexo de quem ousou te querer mais do que como válvula de escape.

E o prazer voltará, mesmo que momentaneamente, com um amargor  – infelizmente, um gosto bem diferente do que você sentia quando me chupava.

As suas tatuagens, o meu bairro boêmio, comida asiática e o portal de notícias que persiste em estar no ar talvez não tragam à tona as lembranças que você resolveu jogar no fundo do armário e nunca mais olhar. Mas as nossas transas estarão impregnadas em você, porque em você estão meus fluidos, minhas células, meu DNA, o meu prazer.

Assim como você está em mim. Isso, não há como negar.”

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A melhor passagem de ano da minha vida https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/01/02/a-melhor-passagem-de-ano-da-minha-vida/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/01/02/a-melhor-passagem-de-ano-da-minha-vida/#respond Mon, 02 Jan 2017 16:38:46 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1940 O lance aqui é sexo, mas começar o novo ano com um pouco de romantismo, sonho e carinho pode fazer muito bem a todos nós

Com vocês, as memórias de um Réveillon com muito amor e uma transadinha no carro, da nossa habitué Lavínia.

Feliz 2017, galera.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Éramos casados e passamos o Réveillon em uma pequena cidadezinha no Rio Grande do Sul às margens da Lagoa dos Patos, que é um mar de água doce, com praias diversas e que está inserida no meio de três cidades gaúchas.

Depois de ceiar cedo com a família do meu marido, na casa dos avós dele, eu e ele pegamos duas garrafas de espumante, entramos o carro e fomos para a praia. Roupa branca e pés na areia fresquinha, ficamos namorando, bebendo e aguardando o novo ano.

Por perto, havia só umas 30, 40 pessoas no máximo, também de branco e com os espíritos festivos – quase todos na cidade que curtiam romper o ano na praia iam para Pelotas, que tinha o Réveillon mais animado da região.

Já nós dois estávamos exatamente onde queríamos e como queríamos, principalmente eu, que sempre sonhei ter uma passagem de ano como aquela, na praia, mas com poucas pessoas, assistindo os exuberantes fogos ao longe, e bem acompanhada de um grande amor e de bebida geladinha.

À meia-noite éramos somente eu e meu amado juntinhos num canto mais afastado, fechando um ano e iniciando outro da melhor forma possível, com abraços calorosos, beijos apaixonados, parceria, amizade, olhares cúmplices e desejo sincero de um ano tão bom quanto os anteriores, e tudo isso num lugar paradisíaco, sob o céu estrelado, ouvindo o barulhinho bom do mar, sentindo a brisa fresca, com os pés na areia e brindando dividindo o mesmo gargalo do champanhe gelado.

Depois de curtir por um tempo aquele momento mágico, fomos pegar o carro e voltar pra casa. Ligamos numa rádio local que eu adorava. Justo àquela hora tocava a melhor e mais linda seleção de músicas perfeitas para embalar um romance, sem comerciais. Quando saímos da rua onde o carro estava estacionado, havia um pequeno congestionamento com todos querendo chegar na avenida principal e voltar para casa. Não tivemos dúvida, ele me olhou com olhos safados de quem teve uma ótima ideia, e logo entrou numa pequena rua e voltou pra praia, estacionando o carro entre um matagal já conhecido nosso das semanas em que estávamos naquela cidadezinha. Então, no nosso Corsinha envolvido pela mata e debaixo daquela noite estrelada, tomando a segunda garrafa de espumante e ouvindo músicas inspiradoras, fizemos amor bem gostoso pra receber da melhor forma possível o novo ano e deixar bem claro ao universo como queríamos passar os próximos dias!”

 

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Entre mim e ela, teve Copa e Olimpíada https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/09/23/entre-mim-e-ela-teve-copa-e-olimpiada/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/09/23/entre-mim-e-ela-teve-copa-e-olimpiada/#respond Fri, 23 Sep 2016 21:33:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1856 A nostalgia de um sexo maravilhoso é um tema sobre o qual adoro ler/escrever. Talvez porque eu seja de Câncer, reverencio as experiências do passado.

Uma das minhas histórias preferidas publicadas neste blog é a de uma mulher que narra a última transa com o melhor amante que já teve.

Esta tarde, recebi um texto bonito de um moço, o Eduardo, sobre um momento similar. Meu reply para ele foi um palavrão, seguido de um elogio. Vocês vão entender por quê.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Hoje faz quatro anos que transei com ela pela primeira vez. Entretanto, como Copa do Mundo e Olimpíada que mudam de sede a cada quatro anos, ela se mudou também.

E tinha gente que duvidava se teria Copa e Olimpíada? Teve e teve mais, teve de tudo: sexo rápido, demorado, safado, com descobertas, no chuveiro, com álcool, com amor, em quartos de hotéis e na casa da avó.

Houve insegurança também. Um dia ela me perguntou se eu achava seu corpo bonito, não entendi bem o questionamento, mas eu respondi que sim, e não foi só um apoio moral ou da boca pra fora. Apesar de ela dizer que seus peitos são um pouco caídos, que estava um pouco gordinha ou com a depilação atrasada, se existem corpos mais bonitos, pra mim nenhum será melhor que o dela.

Teve sexo pós-briga também, mas como esse texto não é o último episódio do filme ‘Relatos Selvagens’, os noivos não ficaram juntos no final. Lembro-me de um dia que discutimos porque ela bebeu demais, e eu a encontrei em casa tão descontrolada quanto a noiva do filme. Ela, então, me puxou para a cama, colocou a minha mão no meio de suas pernas e me perguntou se eu queria comê-la. Eu só sentia o calor do seu corpo e respondi que sim. Aí ela se virou e falou: ‘Então eu quero ver se você consegue gozar lá dentro’. Foi a primeira vez que eu fiz sexo anal.

É, com ela não tinha pudor mesmo. Durante um 69, ela por baixo e eu por cima, largou o meu pau e começou a lamber embaixo do meu saco, logo depois suas mãos subiram um pouco mais e ela estava abrindo a minha bunda e tentando enfiar a língua em mim. Estava gostoso e aí veio um dedo. Foi quando parei de chupá-la e me entreguei ao novo prazer que estávamos descobrindo ali.

Quase sempre transávamos em uma única posição, o famoso papai e mamãe, e eu não consegui descobrir porque ela sempre preferia assim, mas nunca era da mesma forma, porque se um dia ela queria mais rápido, no outro era mais devagar ou mais fundo, mais forte, mais intenso e quase sempre suas mãos estavam me abraçando e escorregando pra me acariciar. Sua voz era quase um gemido, me perguntando se eu estava gostando. Eu sempre dizia sim, de verdade.

Ela gostava também que eu a chupasse, era o que eu mais gostava de fazer. Uma vez, enquanto a gente se pegava na cama, eu enfiei a mão dentro da calcinha dela, que sussurrou que estava toda lisinha só para ficar mais gostoso para eu chupar. Como se não bastasse, aquela buceta tem o melhor gosto do universo e sentir ela gozando na minha boca, intercalando um gemido profundo com um ‘Ai, Duuu’, é a melhor sensação que eu já tive na vida.

Embora fosse tão bom, nem sempre ela achou que eu a desejasse. Mal sabe quantas vezes eu sonhei, acordei pensando nela, toquei punhetas para ela…

E acho que foram tantas, que foi isso que me levou a gostar tanto de tocá-la também. Os nossos corpos se encaixavam tão bem, que tocar aquela buceta era como se eu tivesse batendo uma punheta pra mim. A cena dela se contorcendo, toda molhada e eu ali no controle, fazendo isso acontecer, me dava mais tesão ainda.

Eu conseguia ver os bicos dos seus peitos ficando duros, sua barriga se curvando e os seus dedos se fechando de prazer. Ela diz que sempre gozou, ainda bem, porque muitas vezes só de ver essa cena, eu não precisava nem gozar.

Algumas fantasias não deram tempo de ser realizadas, queria ter visto ela se tocando na minha frente até gozar! Queria ter comido ela em pé, queria ter transado escondido pela rua numa cidadezinha do interior, queria ter ido ao swing com ela e ao sex shop também – ela dizia querer testar alguns lubrificantes.

Mas como toda Copa e Olimpíada tem seu fim, a gente também chegou lá, depois de quatro anos. E só sobrou a saudade, o desejo de quero mais, a imaginação do que não fizemos e um pacotinho de lubrificante que ficou na gaveta e não chegamos a experimentar.”

 

Quero saber, você também tem saudade de transas que não acontecem mais? Escreva para carmenfaladesexo@gmail.com

 

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A delação premiada salvou meu casamento https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/17/a-delacao-premiada-salvou-meu-casamento/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/17/a-delacao-premiada-salvou-meu-casamento/#respond Sun, 17 Jul 2016 22:13:47 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1770 Sexo no casamento, afinal, rende muitas histórias. Depois de publicar a aventura de uma colaboradora, Sexo bom no casamento é possível!, recebi um relato de como o sexo fora do casamento se tornou um ingrediente precioso para que o casal se reencontrasse na cama, reacendendo paixões que pareciam frias. A seguir, a história do colaborador que preferiu se chamar de Beija-Flor.

“Estou há quase 8 anos casado e nunca havia traído minha esposa. Comecei a dar aula em uma universidade para um curso cuja maioria dos estudantes (e corpo docente) é do sexo feminino. Batata! O casamento morno-esfriando e o assédio por parte das estudantes abriram uma brecha para a primeira, segunda, terceira… e quarta traição.

Coincidência ou não, cheguei em casa após uma transa no dia em que completamos o mítico sétimo ano. Não lembrei da data. Desfilei de toalha pela casa com arranhões nas costas e chupão no pescoço. Minha esposa, com sua tranquilidade de iogue, me convidou para uma conversa. Abri o jogo, falei tudo. Difícil pra mim, inclusive, estar compartilhando esta história dado o trauma do momento. Sim, traumático para mim. Para ela, nem se fala. Sempre tivemos uma relação de muita lealdade, cúmplices de momentos muito especiais na vida. A opinião dos amigos a quem havia compartilhado a minha “confissão total” era unânime: Você é louco!

Loucura ou não, acreditei que a verdade proporcionaria ao menos uma aproximação amistosa e ajudaria no convívio com os filhos, na iminência de uma separação.

Após o tal aniversário de sete anos de casados, logo minha esposa viajou com nossos filhos pequenos, não suportava sequer permanecer naquela cidade. Uma semana depois, também viajei para encontrá-los. Antes mesmo do reencontro, ela me advertiu: Por favor, não quero nem um abraço, preciso que respeite a minha dor.

Naquele mesmo dia, conversamos bastante, não a toquei. Eu estava arrependido, tinha me dado conta da enorme besteira que havia cometido. Todas as traições foram meras transas que não deixaram qualquer rastro de saudade.

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Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

Estava brincando com as crianças na sala do apartamento, até que resolvi dar uma passada no quarto. Lá estava ela, deitada na cama, como quem dormia. Não hesitei: deitei ao seu lado e fiz um carinho na sua nuca. Um gemido quase que inaudível escapou de sua boca. Naquela hora, foi como uma ponta de esperança, visto que toda conduta a mim direcionada era fria e sem conteúdo afetivo. Aproveitei a deixa e intensifiquei os carinhos. Derretida, ela se virou e nos beijamos lentamente. Coração disparado, transpiração, tesão incontrolável. Todas aquelas sensações confirmavam que o amor estava presente.

Ela estava usando um vestidinho leve de algodão e uma calcinha preta minúscula, que logo foi sentida quando a abracei por cima da roupa. O delicioso beijo era interminável, senti sua perna esquerda sobre meu quadril, meti a minha mão por dentro do seu vestido e a toquei. Os gemidos seguiam a cadência ritmada de nossos corpos, línguas e cheiros. Ela tirou minha bermuda e toda sua roupa, colocando a bunda na minha cara, emplacando um meia nove inesquecível. Chupei a sua boceta com tanto esmero e vontade que a fez gozar na minha língua. Em seguida, pulou em cima de mim numa cavalgada alucinante. Gozamos e permanecemos lá, sentindo o batimento acelerado dos corações.

Estamos juntos, mais unidos e fortalecidos como nunca. Temos uma história e uma família linda que não merecia ser desfeita. Só me resta agradecê-la por sua coragem em transcender a enorme dor da traição.

Em tempos de Lava Jato, a delação premiada também salvou meu casamento.”

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Sexo bom no casamento é possível! https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/08/sexo-bom-no-casamento-e-possivel/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/08/sexo-bom-no-casamento-e-possivel/#respond Fri, 08 Jul 2016 18:54:47 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1758 Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Recebo muitas histórias de traição. Homens e mulheres casados que vivem relacionamentos desgastados, mornos e resolvem criar ou aproveitar oportunidades para sentir novamente o frio na barriga da sedução, a descoberta de um novo prazer. A história da Kariny me chamou a atenção porque faz exatamente o oposto, descreve um sexo quente dentro do casamento. Achei especialmente interessante a maneira como ela repete “meu marido” o tempo todo, com orgulho, em seu relato.

Como ter uma vida sexual excitante dentro de uma relação de muitos anos sem recorrer ao swing, ménage ou casamento aberto? Essa é uma questão que me intriga e adoraria ouvir a opinião de vocês.

Enquanto isso, vamos à transa doméstica e cotidiana, mas nem por isso sem graça, da nossa colaboradora. Ali estão o humor, algumas piadas internas, o clima, o vinho, os beijos longos, os elogios e o conhecimento do outro que podem ser bons aliados na guerra contra o marasmo sexual entre casais de longa data.

“Estávamos em casa, meu marido e eu, cozinhando um jantar em uma sexta-feira chuvosa. Nós dois estávamos tentando relaxar após uma semana cheia de estresses rotineiros causados pelo trabalho. Eu contava para ele fatos que haviam acontecido comigo, e vice-versa. Em determinado momento, meu marido pegou uma garrafa de vinho nas mãos e leu o rótulo. Com humor irônico, disse que estava lendo que o vinho era afrodisíaco e despertava o desejo sexual de mulheres bonitas. Completou, com um cínico sorriso na boca, se gabando que naquele dia iria se dar bem, porque eu era linda e o vinho iria me acender.

Naquele momento comecei a pensar em sexo. Refleti em silêncio se aquele pensamento erótico era do efeito do vinho ou se era meu tesão natural por ele. Claro que o vinho ajudou, mas minha vontade era mesmo pelo meu marido e seu jeito de me amar. Depois da segunda taça de vinho, eu já estava envolvida pelo desejo louco de comer meu marido. Havia uma semana que não transávamos e eu estava em meu período fértil, o que aumentou mais ainda minha tara.

Em um dado momento, me coloquei de frente ao balcão para preparar alguma coisa e então ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço. Eu me arrepiei e fiquei em silêncio esperando que ele me beijasse mais. Senti meu desejo aumentar e perguntei se ele estava mal intencionado. Ele segurou minha cintura e beijou minhas costas dizendo que estava na verdade era bem intencionado. Eu me virei, dei um beijo em sua boca e disse para ele se segurar enquanto terminávamos o jantar.

Continuamos conversando e nos acariciando com as mãos dadas sobre a mesa. Após o jantar, nos jogamos no sofá para ver TV. Mas logo ele se aproximou de mim, me abraçou e beijou meu rosto. Aos poucos buscou minha boca, me abracei a ele e nos beijamos longamente.

Não temos o costume de transar no sofá, mas dessa vez eu deixei me levar para fazermos nossas preliminares ali mesmo. Meu marido tirou minha blusa e, como eu estava sem sutiã, ele acariciou meus peitos com muita suavidade, enquanto eu tirava sua camiseta.  Eu estava com muito tesão e me encostei na almofada. Meu corpo ficou todo sobre o sofá, o que permitiu que meu marido colocasse uma perna de cada lado de meu corpo, e se sentasse sobre meu quadril. Nessa posição ele beijou minha boca e em seguida chupou meus peitos. Ele já conhece o jeito, a intensidade, a força como eu gosto de ser chupada. Ele alterna lambidas com chupadas e às vezes enche a boca com meu peito e suga fortemente, mas sem me machucar. Enquanto suga, ele passa a língua nos mamilos, e isso me deixa muito excitada a ponto de gozar se ficarmos assim por muito tempo.

Ele então se moveu para baixo e tirou meu shortinho. Ele estava ajoelhado no chão e na altura certa para me fazer um oral. Não hesitou em abrir e levantar minhas pernas para me lamber inteira. Nesse momento, eu fazia carinho em seus cabelos. Assim como os peitos, meu marido já achou o jeito certo de me fazer oral. Ele consegue chupar e lamber meu clitóris ao mesmo tempo, o que me deixa em um estado de êxtase.

Quando ele faz dessa maneira, com parte dos lábios vaginais dentro de sua boca sendo chupados, ele usa a ponta de sua língua para lamber e massagear meu clitóris. Meu tesão atinge um estágio máximo.

Ele disse que queria me penetrar um pouco e fomos para a cama. Então assumi o comando e disse que queria que ele me comesse em uma posição que nós dois chamamos de Dragonfly, nome que demos após ver uma foto de duas libélulas transando.

Meu marido colocou os travesseiros nas costas da cama e se sentou com as pernas abertas. Eu me deitei de costas em sua frente, e coloquei minhas pernas abertas sobre as dele. Nesse momento seu pau duro ficou de frente para minha vagina, e ele então me penetrou, colocou tudo dentro de mim. Eu senti todo o pau dele e tive uma sensação muito gostosa quando a ponta de seu pênis me tocou o fundo.

Nosso Dragonfly, além de ser uma posição que dá muita sensibilidade dentro da vagina, permite que meu marido me acaricie o clitóris com seus dedos. Gozei e quando acabei ainda pude sentir as últimas contrações de seu pênis gozando. Ficamos mais um tempo assim, ele com seu pênis dentro de mim, porém já relaxando. E eu ainda curti mais um pouquinho daquele pênis gostoso antes de encerrar o dia.”

 

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