Sexo nas montanhas (parte 2)

X de Sexo

Por Carmen

Acordamos sem horário. Nosso chalé ainda cheirava à lenha da noite anterior – e sexo. Pedimos um brunch no quarto, ainda preguiçosos. Meu namorado sorria mais que o habitual (eu também). Estávamos leves e conectados como nunca.

Sem agenda ou compromissos, tomei um banho demorado – adoro esta chuveirada depois do sexo amanhecido. Vesti um suéter dele, nada mais. O pedido chegou junto de um ramalhete de flores do campo. Falávamos pouco, enquanto nos servíamos trocando gentilezas. Tudo ali era presença: o sol de outono lá fora, o movimento delicado das árvores, o silêncio; aconchegante como um abraço.

Nesse estado de relaxamento, senti vontade de seguir improvisando. Sentindo o que meu corpo pedia. Assim, sem dizer nada, eu me ajoelhei para beijar o pau do meu namorado surpreso. Beijinhos, lambidas, chupadas. Ele suspirando. Fiquei horas ali, até que ele pedisse, num tom de quem guarda um segredo maroto, pra que eu me levantasse, de costas pra ele.

 

casal
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Senti aquelas florezinhas passeando pela minha cintura, depois a bunda e logo entre as pernas. Apoiei na mesinha entre sucos e pão quentinho. Meu namorado se levantou, chegou mais próximo do meu corpo, esfregando todo seu tesão pelas minhas costas. Nos beijamos assim mesmo, num contorcionismo, quando ele me segurou firme para me acomodar. Eu conhecia este gesto. E ali, já explodia de um desejo genuíno. Gozei assim que ele entrou em mim – ainda longe do desfecho daquela manhã tardia.

Transamos em todas as posições que conhecíamos, nos quatro cantos daquele chalé. De quatro, eu por cima dele deitado, eu por cima dele sentado, em pé (apoiada na parede), ajoelhados sobre o tapete, deitados de costas de volta à cama. Ora mais afoitos, ora mais demorados.

A fome aumentava com o entardecer. E sentíamos o friozinho típico de um fim de tarde na serra. Olhos nos olhos, exaustos de alegria, gozamos juntos da maneira mais trivial nesse nosso Kama Sutra… Um caprichado “papai e mamãe”, as minhas pernas entrelaçadas no quadril dele, que, dedicadíssimo, ainda me fez sentir fogos de artifício pelo corpo inteiro com sua língua experiente e macia.

Adormecemos os dois, cheios de planos para o dia da despedida. Caminhar pelo campo abraçados, ver o pôr do sol compartilhando uma caneca de chocolate quente, voltar para casa de mãos dadas (trocando massagens em pontos específicos durante a estrada). Cheios da esperança contida em cada porvir. (Fim)

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